Por Altamiro BorgesOs grupelhos golpistas que organizaram quatro marchas pelo impeachment de Dilma no ano passado iludiram muita gente com o discurso da negação dos partidos e da política. Os inocentes inúteis - os tais midiotas - acreditaram nesta demagogia barata. Com a proximidade das eleições municipais, porém, a fantasia dos apartidários vai sendo rasgada. O Movimento Brasil Livre (MBL), organização liderada pelo fascista mirim Kim Kataguiri - também batizado de Kimta Katiguria - já anunciou que pretende lançar mais de duzentos candidatos à vereança. Os partidos escolhidos para registrar as candidaturas são os mais "éticos" possíveis - o PSDB da "privataria tucana" e da fraude da merenda escolar e o DEM do ex-senador Demóstenes Torres e do ex-governador José Roberto Arruda. Haja honestidade!
Na capital paulista, o MBL já aprovou, "democraticamente", a pré-candidatura de Fernando Holiday, um dos mais estridentes oradores das marchas golpistas. Segundo reportagem da Folha tucana, que dá guarita a estas seitas fascistas, "os movimentos sociais [sic] que se notabilizaram pela militância anti-Dilma terão um de seus líderes como candidato em outubro. Fernando Silva, conhecido como Fernando Holiday, um dos coordenadores do MBL, tentará se eleger vereador de São Paulo na disputa deste ano. O ativista completará 20 anos de idade em setembro, um mês antes do pleito, e está negociando sua entrada em diversos partidos de oposição. As conversas estão mais adiantadas com o DEM, mas também há possibilidade de filiação a outras siglas, como PSDB ou PSC".
"O DEM é o partido que mais tem se aberto para essa nova política e o que mais se abriu para que eu possa defender livremente as ideias liberais do MBL", justifica o fedelho no maior cinismo. Ele até fez críticas à sigla, que não realiza "uma oposição muito contundente" ao prefeito Fernando Haddad (PT) em São Paulo. Mas sinalizou que será um "novo" demo! "A única forma de chegar às Câmaras e às Assembleias é utilizando esses partidos, infelizmente", argumentou. Ainda segundo a reportagem, "o MBL pretende levar às urnas mais de 200 candidatos em 15 Estados do Brasil. Eles estarão pulverizados em diversas siglas de oposição ao PT e, caso eleitos, formarão uma bancada liberal suprapartidária. Nas campanhas, o selo do movimento será enfatizado no lugar do logo partidário".
Até hoje o MBL não teve qualquer transparência para explicar a origem dos recursos financeiros que viabilizaram os seus atos golpistas, com caminhões de som, viagens e outros gastos. Há quem afirme que o grupo ultraliberal recebe dinheiro do exterior. Mesmo assim, a Folha tenta apresentar a seita como sendo formada por santos. "A campanha aceitará doações de pessoas físicas e divulgará as contas na internet. A intenção é fazer uma campanha barata e prioritariamente on-line", descreve a "inocente" reportagem. "Não pretendo ficar comprando santinhos e cartazes, sujando a cidade, poluindo o ambiente, isso é coisa do passado", garante o jovem "santinho" e "apartidário" do MBL.
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