Febre chikungunya deixa Pará em alerta
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Febre chikungunya deixa Pará em alerta


Um caso de febre chikungunya deixou as autoridades médicas do Pará em estado de alerta. O doente era um turista de 37 anos, natural de Saint-Rose; Ilha de Guadalupe, território francês no Caribe, que veio da Guiana Francesa, país onde a doença é comum, com a esposa e a filha de férias para Belém e também passou por Santarém. Durante cerca de cinco dias, a Sesma acompanhou o quadro clínico do paciente. Ele permaneceu em tratamento até o dia 23 de agosto, quando a viagem com destino a Santarém, já com um quadro estabilizado. Por conta desse caso, a Secretaria de Saúde Pública do Pará (Sespa) realizará entre 30 de setembro e 02 de outubro, um treinamento sobre a febre chikungunya, que será direcionado aos profissionais de saúde que atuam nas vigilâncias epidemiológicas dos municípios paraenses. A capacitação faz parte de uma agenda do Ministério da Saúde (MS), que tem enviado aos Estados equipes compostas por médico infectologista e técnicos de vigilância epidemiológica e controle vetorial para ministrarem treinamentos com as informações mais atuais sobre o Plano de Contingência.

Na prática, a intenção é fazer com que médicos, enfermeiros, técnicos de enfermagem e demais profissionais estejam informados o suficiente para ter agilidade no atendimento a pacientes com sintomas suspeitos, tal como ocorreu em agosto, quando o único caso até agora registrado no Pará, mesmo importado, contou com o pronto atendimento e assistência da equipe de Vigilância Epidemiológica da Secretaria de Saúde de Belém (Sesma) e retaguarda laboratorial do Instituto Evandro Chagas (IEC).

O treinamento faz parte de um procedimento de rotina da Secretaria de Vigilância em Saúde do MS já acordado com as secretarias estaduais de Saúde, que têm a função de estimular a participação dos técnicos das secretarias municipais em função do risco real de introdução e transmissão da febre chikungunya no país, já que o mosquito transmissor da doença é o mesmo vetor da dengue.

Para tanto, a Diretoria de Vigilância em Saúde da Sespa já emitiu informes às secretarias de saúde municipais para que destaquem técnicos para participar do treinamento. “É importante que eles venham para a capacitação, pois é a forma ideal para nos adiantarmos sobre o assunto e assistirmos a população da melhor maneira”, recomenda Agostinho Limeira, coordenador estadual do Programa de Controle da Dengue.


Com a chegada da doença na região das Américas, no final de 2013, quando foi confirmada a transmissão autóctone no Caribe, o Ministério da Saúde elaborou um plano nacional de contingência da doença, que tem como metas a intensificação das atividades de vigilância, a preparação de resposta da rede de saúde, o treinamento de profissionais, a divulgação de medidas às secretarias de saúde e a preparação de laboratórios de referência para o diagnóstico da doença.

Em termos práticos, o Ministério emite alertas técnicos às secretarias estaduais, que por sua vez orientam as municipais a fazerem a busca ativa de pacientes suspeitos. Na mesma linha de conduta, médicos e laboratórios recebem orientações sob a melhor forma de agir diante da nova doença.

De todo modo, o mais importante é evitar os criadouros dos mosquitos que podem transmitir a doença. Isso previne tanto a ocorrência de surtos de dengue como da febre chikungunya. Quando há notificação de caso suspeito, as secretarias municipais de saúde devem adotar ações de eliminação de focos do mosquito nas áreas próximas à residência, ao local de atendimento dos pacientes e nos aeroportos internacionais da cidade em que aqueles residam.

Sintomas - A febre chikungunya é causada por um vírus do gênero Alphavirus, transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti e o Aedes albopictus, que também podem transmitir a dengue, os principais vetores. Embora os vírus da febre chikungunya e os da dengue tenham características distintas, os sintomas das duas doenças são semelhantes.

Na fase aguda da chikungunya a febre é alta, aparece de repente e vem acompanhada de dor de cabeça, dor muscular, erupção na pele, conjuntivite e o sintoma mais característico: dor forte nas articulações, que pode perdurar por meses e, em certos casos, converter-se em uma dor crônica incapacitante para algumas pessoas, segundo cita a nota informativa do MS.

O tratamento da doença consiste somente no alívio dos sintomas, que costumam durar de três a 10 dias. A terapia utilizada é composta de analgésicos – como o paracetamol -, hidratação e repouso. A exemplo da dengue, ainda não há vacina disponível para combater a chikungunya.

Atualmente, o laboratório de referência para realizar o diagnóstico laboratorial da chikungunya é o Instituto Evandro Chagas, do Ministério da Saúde, localizado no Pará. Outros laboratórios de saúde pública estão em fase de treinamento para adotar o exame de detecção do vírus CHIKV.

Fonte: Agência Pará




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