FELIZ ANIVERSÁRIO, BLOGUINHO! 4 ANOS
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FELIZ ANIVERSÁRIO, BLOGUINHO! 4 ANOS


Lolinha de férias em Canoa Quebrada, duas semanas atrás

No começo da semana este humilde bloguinho que vos fala fez quatro anos de vida. Minha primeira postagem foi em 23 de janeiro de 2008 (os posts de antes desta data foram escritos antes do blog existir, por isso quase não têm comentários). De lá pra cá, um monte de coisa aconteceu. Na época em que comecei o blog eu fazia doutorado-sanduíche em Detroit. Depois voltei pro Brasil, escrevi a tese, defendi, estudei prum concurso, fiz e passei no concurso, e desde março de 2010 sou professora de Literatura em Língua Inglesa na Universidade Federal do Ceará (vai fazer dois anos já, incrível!). Outro dia estive pensando em como este blog vem sendo escrito por uma mesma pessoa (moizinha) em três lugares tão distantes: Detroit, Joinville, e Fortaleza.
Eu mudei muito também. Continuo com o mesmo maridão (que me acompanhou em todas essas cidades lindas), com o mesmo corpitcho redondo, com o mesmo gato amarelo deslumbrante. Continuo sendo de esquerda e contra preconceitos, como sempre fui, desde que me conheço por gente, mas eu não era tão feminista antes de começar este blog. Certo, me considero feminista desde criancinha, só que antes meu feminismo não era muito estruturado ou pensado. Tive que me autoanalisar e rever vários conceitos, adequar vocabulário (por exemplo, antes do blog eu não sabia que não se deve mais usar homossexualismo, e sim homossexualidade), aprender. E tem sido ótimo. Exaustivo, às vezes, porque post diário não é fácil. Mas ótimo mesmo assim.
De 2008 pra cá, o blog tem crescido muito, sempre. No início eu não fazia a menor ideia e perguntava se mil visitas em dez dias era um bom número. Hoje o blog tem, em média, mais de 5 mil visitas por dia, e umas 8,500 pageviews (até o começo de fevereiro chega a 5 milhões de pageviews no total). Em outubro de 2010 comemorei pelo blog ter chegado a um milhão de visitas; no final de agosto do ano passado, os 2 mi. Esta semana passou de 3 milhões. Tem também 2,450 posts (1,918 escritos de 2008 pra cá), e 80 mil comentários que, se dividos por 1918, dá uma média de 41 por post (fora aqueles que são deletados -- ano passado finalmente aprendi a apagar trolls). Agora o blog tem 3,429 seguidor@s (eram 1,155 no ano passado). E meu Twitter, 7,351 (eram 1,728 em janeiro de 2011).
Isso tudo faz com que eu costume dizer que este é um dos maiores blogs feministas do Brasil. O que não significa que seja o melhor, e muito menos o porta-voz do feminismo (nunca me coloquei como porta-voz de coisa alguma), apenas um dos mais visitados, mais comentados, e mais atualizados (no sentido de ter posts todo dia). Só.
Mas esses números todos me deixam feliz e orgulhosa, porque é um trabalhão fazer o blog, porque eu atraio pessoas altamente qualificadas (e loucos desvairados também, mas em proporção infinitamente menor), e porque eu sinto, a julgar pelos emails, tweets e mensagens que recebo, que influencio algumas pessoas, principalmente as jovens, e que ajudo a fazer pensar. O feedback é enorme e positivo, e é desse convívio que eu me alimento (fora um chocolatinho de vez em quando).
Na realidade, houve três momentos em que o blog realmente cresceu. Ele ficou um tempão (mais de um ano, entre 2009 e 10) oscilando entre as 35 mil e as 40 mil visitas por mês. E o salto pras mais de 60 mil se deu em setembro de 2010, quando finalmente entrei no Twitter (o Twitter realmente ajuda a divulgar um blog. Hoje, 12% das visitas chegam ao meu blog através do Twitter, não necesariamente do meu perfil no Tw. Mas quase 19% vem do Facebook, e olha que ainda não tomei coragem de entrar no FB!). Depois o blog ficou meio ano nas 80 mil visitas, até que foi a 95 mil, em maio do ano passado. E no mês seguinte, em junho, veio um recorde que dificilmente será batido, o de 327 mil visitas num mês. Isso por causa do Marcelo Tas, que ameaçou me processar. E, ok, por minha causa, que em vez de me acovardar e dizer “Sim senhor, vou já remover o post que te ofendeu”, decidi contar toda a história. Em julho, mês que eu e muita gente tirou férias, o número despencou (98 mil visitas), mas, de agosto pra cá tem se mantido numa média de 150 mil visitas por mês (com um pico estranho de 260 mil em outubro). O que eu vejo como um número formidável pra quem escreve sozinha, sobre assuntos que contrariam o senso comum, e sem receber dinheiro pra isso.
Pois é, dinheiro. Grana. Bufunfa. Ao contrário do que juram alguns detratores -- que sou filiada ao PT (não sou, nunca fui; sou eleitora do PT, assim como dezenas de milhões de brasileiros), ou que recebo dinheiro do governo (recebo pra lecionar numa universidade federal, como, aliás, milhares de professores, não pra escrever o blog; inclusive, duvido muito que o governo saiba da minha existência) --, posso dizer que blog não deixa ninguém rico. Em dezembro de 2009 instalei o único anúncio aqui no blog, que é este do Submarino ao lado. Daquela data até dezembro de 2010, recebi do Submarino R$ 1,034, uma média de 80 reais por mês. Funciona assim, pra quem não sabe: a pessoa compra qualquer produto pelo Submarino clicando aqui pelo blog, e uma porcentagem que varia entre 2% e 8% do valor vem pra minha conta, geralmente uns meses depois. Em 2011 vocês foram muito mais generos@s, e eu ganhei R$ 2,368 no ano (média de 197 por mês). Sou muitíssimo grata a vocês, e espero que continuem comprando por aqui, mas ainda não será desta vez que poderei me aposentar e viver do blog. Fora essa gaita (pedi um sinônimo de dinheiro pro maridão, e ele só podia me passar essa gíria jurássica, claro), também ganho alguns mimos adicionais, como os chocolates da Aiaiai, as assinaturas de revista da LisAnaHD, e um ou outro livro da mão das próprias autoras. Mas o principal mesmo é o carinho de vocês.
Carinho este que se manifesta nos muitos convites que tive para dar palestras em 2011. Entre palestras, mesas redondas e debates, foram dezesseis dos quais participei. Os pontos altos foram Mossoró (minha primeira palestra sobre feminismo na vida), UnB, USP e Unicamp. Sou doutora e tal, mas tenho ciência que fui chamada mais pelo alcance do blog que pela minha produção acadêmica. E em todos os lugares fui super bem tratada. Pra 2012 já tenho três atividades marcadas: 11 de fevereiro estarei em SP para o Campus Party, 6 de março na UFRJ para uma aula inaugural, e 12 de março para uma palestra na Faculdade de Direito de Franca (SP). Me chamem que eu vou (desde que as atividades não coincidam com minhas aulas na UFC, e desde que despesas com passagens e estadia sejam pagas). Também fica o convite para quem é de Fortaleza para participar do meu curso de extensão Análise dos Preconceitos na Mídia. É aberto a tod@s. Começa em março, na UFC.
Ah sim, não posso me esquecer jamais de falar dos guest posts. Adoro publicá-los, porque eles quase sempre trazem uma vivência diferente da minha. E vocês mandam textos com uma variedade gigantesca de temas -– autoaceitação, abuso infantil, aborto, a exaustão do automóvel, autismo, lesbianismo, liberdade, sistema de saúde, linguística, ativismo, câncer, racismo, massagem tântrica, educação, entre tantos outros (aí embaixo colocarei os posts mais comentados do ano passado, e vocês verão como vários guest posts estão entre eles). Em 2011 publiquei 82 guest posts, e já tenho mais vinte agendados. Minha admiração e gratidão por eles são imensas. Sei o quanto o blog perderia sem essas tantas vozes.
Por tudo isso é que o blog me dá prazer e vontade de prosseguir. É verdade que, com o aumento da popularidade, aumenta também o número de haters e trolls. É verdade também que não me lembro de antes na minha vida ter recebido ameaças de morte. E em 2011 foram várias. Mas é como me perguntou, assustada, uma colega e amiga: “Vale a pena?”. Eu respondi: “Valeria a pena desistir de escrever por conta de alguns malucos?” Então continuo, cada vez com mais garra.

Eis os posts mais populares do ano passado, em número de comentários:
Liberdade relativa: Marcelo Tas quer me processar - junho, 1065 comentários

CQC anti-amamentação, vai pra PQP - junho, 612 com.
Como não conquistar as mulheres - dezembro, 447 com.
Guest post: Relacionamento aberto, o amor fora do padrão - Dária, dezembro, 390 com.
Mascu jura que mulher só gosta de cafa - dezembro, 390 com.
Meu feminismo é meu pastor e nada me faltará - setembro, 352 com.
Padrões que se repetem sempre - agosto, 332 com.
Guest post: Ateofobia, negação da lógica ateísta e incitação à intolerância - Robson, out, 321 com.
Guest post: O parto que não pertence à mulher - Nanda, outubro, 318 com.
Blog de ódio divulgado e denunciado à exaustão - dezembro, 318 com.
Os pró-vida querem que os pró-escolha morram - setembro, 317 com.Guest post: Especismo deve ser tema de todas as lutas - Deborah e Patricia, julho, 313 com.
Rafinha se demite e já vai muito tarde - novembro, 313 com.
Rafinha suspenso do CQC por ofender gente que importa - outubro, 303 com.

Guest post: Fiz um aborto e não sofri - Walx, fevereiro, 294 com.
Qual a maior abominação? Ser gay ou comer moluscos? - outubro, 291 com.

Feio é o seu racismo - novembro, 287 com.
Masculinistas são frustrados. Palavra de mascus - agosto, 283 com.

Vamos tornar grosserias na rua inaceitáveis - janeiro, 280 com.
Sobre assédio e discriminação na sala de aula - outubro, 265 com.
As poses das superheroínas - dezembro, 261 com.
Ninguém mais acredita em evolucionismo - setembro, 254 com.

O pensamento vivo (modo de dizer) dos masculinistas - fev, 248 com.
Guest post: Quero ser uma gordinha bem resolvida - Marília, novembro, 246 com.
"Meu caso virou minha causa", diz Rhanna - outubro, 240 com.

Grosserias na rua? Ninguém merece - outubro, 228 com.
A eterna parada dos sem noção - junho, 224 com.
"O mundo é assim", diz colunista sobre caso de racismo - dez, 224 com.
Tá tudo dominado - outubro, 218 com.
A ciência explica os casais felizes para sempre - novembro, 215 com.
Como decidir se um filme é ou não feminista? - outubro, 212 com.

Mulher, esse ser irresponsável que só quer abortar - janeiro, 210 com.
Assim me diz a bíblia - abril, 205 com.
Homem, sua vez de lutar contra a violência - dezembro, 203 com.

Guest post: Não quero ser uma ativista limpinha e cheirosa - Deborah, junho, 202 com.
Tenho tanta inveja da Gisele quanto ela tem do meu doutorado - outubro, 195 com.
Politicamente incorreto não é transgressor, Rafinha - maio, 194 com.

Guest post: Engravidei duas vezes - Anônima, abril, 192 com.
Qual a diferença entre sanctos e outros mascus? - dezembro, 192 com.
Fantasia de halloween tamanho único - outubro, 191 com.
Respostas as minhas acusações mais frequentes - junho, 181 com.
Piadas de estupro podem ser engraçadas? - junho, 178 com.
Guest post: Violência sexual e falta de empatia - Anônima, março, 177 com.
Inveja da Gisele? Vergonha de quem se recusa a pensar - set, 176 com.

Guest post: Silêncio danoso em torno do vaginismo - Anônima, agosto, 174 com.
Guest post: Como o machismo limita a vida de um homem - Rubens, março, 173 com.
Não basta ser machista. Tem que ser racista também - setembro, 173 com.

A terrível história da líder de torcida estuprada - junho, 170 com.
Como a propaganda combate a Aids - dezembro, 170 com.
A lei Maria da Penha vs. os homens retrógrados - agosto, 169 com.
Homexplicanismo, merecimento, e pedestais desmoronando - novembro, 168 com.
Padrões que prejudicam atletas para popularizar o esporte - julho, 166 com.
Insultos politicamente corretos para usar contra as mulheres - dezembro, 165 com.
Culpado por atropelamento? Pedestre, claro - outubro, 162 com.
Entrevista com Dani, moça atacada na boate em boate em BH - outubro, 160 com.
Guest post: A PM na USP não protege as mulheres - Frente Feminista, novembro, 156 com.

Seja homem: explore sua masculinidade - outubro, 155 com.
Estado laico, quero um pra viver - agosto, 154 com.
Letícia e os machistas ridículos - setembro, 148 com.
Troll fest de lógica linear dos mascus - março, 150 com.
Guest post: Invadindo um espaço que não me pertence - Deborah, novembro, 150 com.
Estrangeiros notam que Brasil mudou. Avisem os brasileiros - setembro, 147 com.
Guest post: Eu sempre gostei de mulher - Susanna, setembro, 143 com.




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