GM ameaça demitir 1.500 metalúrgicos
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GM ameaça demitir 1.500 metalúrgicos


 Foto: Flávio Pereira
Por Altamiro Borges

Na quinta-feira passada, cerca de 4 mil metalúrgicos de São José dos Campos, no interior paulista, realizaram um protesto em frente ao portão da GM. Com a manifestação, o sindicato da categoria deu início à jornada denominada “Janeiro Vermelho”, contra as demissões anunciadas pela multinacional estadunidense. Também houve uma passeata até a sede da prefeitura, na qual os presentes cobraram uma intervenção mais direta do novo prefeito, Carlinhos de Almeida (PT), que derrotou o longo reinado tucano no município.

Uma comissão de trabalhadores foi recebida pelo prefeito petista e também pela presidenta da Câmara Municipal, Amélia Naomi. Na audiência, ela cobrou que Carlinhos de Almeida intervenha junto à montadora, bem como busque ações junto ao governo federal para preservar os postos de trabalho. “Acreditamos que, neste momento, um pronunciamento contundente do prefeito contra os cortes seria um importante apoio político na defesa dos empregos”, afirmou o presidente do sindicato, Antônio Ferreira de Barros, o Macapá.

Carlinhos de Almeida expressou preocupação quanto às demissões e disse que vai “procurar mediar as negociações entre a montadora e o sindicato”. O prefeito deve se reunir com a direção da multinacional na próxima semana para discutir o assunto. Também ficou acertada a realização de uma audiência pública na Câmara Municipal para debater a questão dos empregos. A vereadora Amélia Naomi comprometeu-se a convocar representantes do sindicato e da empresa para expor seus argumentos à sociedade.

O clima entre os trabalhadores é de apreensão, mas há também muita disposição para enfrentar a empresa. Em novembro passado, a direção da GM reafirmou sua intenção de fechar o MVA (Montagem de Veículos Automotores, um dos principais setores da fábrica) e, como consequência, demitir mais de 1500 trabalhadores da planta de São José. Em 26 de janeiro se encerra o prazo do acordo firmado entre a empresa e o sindicato, que colocou 940 trabalhadores em lay-off (suspensão temporária do acordo de trabalho).

Este acordo só foi conquistado após intensas mobilizações. Os metalúrgicos deflagraram várias greves e realizaram inúmeros protestos na cidade, inclusive com a ocupação da Rodovia Presidente Dutra. Após a sua assinatura, o sindicato manteve o estado de alerta, com assembleias na fábrica e caravanas a Brasília. Em novembro, também ocorreu o Encontro Internacional dos Trabalhadores da GM, que reuniu operários de cinco países e aprovou um manifesto de apoio à luta dos metalúrgicos da GM de São José.

Os trabalhadores têm exigido uma postura mais contundente da presidente Dilma em defesa dos empregos. Argumentam que o governo já bancou vários subsídios, como a redução do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), para as montadoras de automóveis e que elas não têm qualquer compromisso com a sociedade. A luta dos metalúrgicos da GM de São José dos Campos exige a ativa solidariedade do conjunto do sindicalismo brasileiro. O sectarismo, uma praga que contagia algumas tendências sindicais, deve ser superado nesta hora!




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