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Juliana vai à Chateaubriant
Pela primeira vez na vida, eu entendi o real sentido da palavra
férias. No Brasil,
férias somente era a prolongação da vida cretina que eu ja levava normalmente (casa - mesa de bar - faculdade - mesa de bar - casa)*. Nossas férias duraram apenas 11 dias, mas foi o suficiente pra um pequeno tour na França (vide mapa).
Passamos o Natal na casa dos pais de Camilo, em Loire-Atlantique (norte), na pequena commune de Chateaubriant. Eu queria não fazer a cretinice de comparar a pequena Chateau de 12 mil habitantes a qualquer pequena cidade brasileira, mas é impossivel
não se surpreender. Ou fazer comentarios matutosos. Por exemplo, não importa onde você va, que rua ou estrada pegue, por qual vale ou montanha ande, ou o quão pequena seja a cidade, todas as ruas francesas são asfaltadas. Não "calçadas", asfaltadas. E se ela não for asfaltada, é na intenção de conservar o pavimento historico sob nossos pés. Louvavel.
Quando Camilo me falava sobre a cidade, eu imaginava que iria encontrar as casas separadas por quilômetros, uma pequena venda perdida em alguma rua e as
cabras pastando entre as casas. Mas a pequena Chateaubriant tem, além de um castelo (chateau = castelo), ruas asfaltadas, ladeadas de flores. Tem um cinema de porte médio (dez filmes por semana), um teatro abrigado por um prédio de vidro, conservatorio de musica, dança e arte dramatica, mediateca, biblioteca, boliche, piscina olimpica etc. Os bares tampouco aparentam fazer parte da estrutura de uma pequena cidade: estilo pub inglês, com decoração estilosa e barman tatuado dos pés a cabeça. Eh, não lembra muito Cajazeiras...
Chegamos exaustos e ja nos sentamos à mesa pra Ceia de Natal. Comer na França é uma coisa quase cansativa. Uma refeição festiva aqui pode durar facilmente cinco horas. Francês é um povo que come muito e come bem. As porções de passarinho no prato tem uma explicação: você começa pelos aperitivos, passa pra entrada, vai ao prato principal (pode ter um, dois...), depois vem a salada, os queijos e, por fim, a sobremesa. Ao final, meu amigo, você estara seguramente farto. Quer dizer, satisfeito.
No dia 27, fomos ao almoço de familia organizado pela voh assassina de Camilo. O troço começou depois do meio-dia e terminou no começo da noite. Eu começo a entender porque Camilo tem me chamado de gordinha. Antes do almoço, passei duas horas tentando relembrar o nome de todas as tias e primos e maridos de sei la quem pra que, ao final, eu fosse chamada de Juliana pela tia de Camilo. So não a sacrifiquei porque minha ira foi aplacada por uma caixa de chocolate que ela nos ofertou. Humana!
*"Mesa de bar" pode ser trocado por "cinema" e "casa" pode ser trocado por "casa dos outros"
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