Geral
MARIA CRISTINA FRIAS - MERCADO ABERTO
FOLHA DE SP - 11/09
Térmicas cobram preço melhor para usina a carvão
Depois do fracasso da inclusão de térmicas a carvão no último leilão de energia, realizado em agosto, o setor prepara uma lista de reivindicações para conseguir viabilizar as usinas no próximo certame, agendado para o mês de dezembro.
No leilão passado, o governo havia estabelecido como R$ 140 o preço máximo para o megawatt/hora das térmicas. A instalação das usinas só é possível a partir de um megawatt/hora de R$ 170, segundo o presidente da Associação Brasileira do Carvão Mineral, Fernando Zancan.
"O preço-teto é aquém do que temos condições de oferta. O governo sabia disso, mas quis testar o mercado. Faz parte do processo, mas não deu certo", diz.
A escalada do dólar também eleva o preço de implantação de uma termelétrica. "Cerca de 50% dos equipamentos, como caldeiras e turbinas, são importados."
Além de pressionar o Ministério de Minas e Energia para elevar o valor do mega-watt, o segmento demandará a criação de uma política para a indústria do carvão.
"Como foi feito com a eólica. Se soubermos de antemão o volume de energia de térmicas que será necessário nos próximos anos, fabricantes de peças poderão se interessar em produzir no país."
A entidade também tentará forçar um prolongamento do prazo de instalação das usinas, que, no edital passado, era até o início de 2018.
"Precisamos de 46 meses para construir uma. Qualquer atraso que tivermos, com entrega de máquinas, por exemplo, será multado", acrescenta Zancan.
A associação quer que as empresas tenham cinco anos, a partir do momento de assinatura do contrato, para concluir as obras.
Seguradoras buscam novos segmentos para crescer
A segmentação de seguros empresariais para áreas como bares, salões de beleza e pet shops tem impulsionado os contratos do setor.
"Com o crescimento das pequenas e médias empresas, aumentou a demanda para seguros com coberturas diferenciadas", afirma Luiz Macoto Sakamoto, vice-presidente da Yasuda Seguros.
As vendas de títulos empresariais da seguradora cresceram 32,9% no primeiro semestre de 2013. O desempenho foi superior ao nacional, de 19,2%, segundo dados da Susep (Superintendência de Seguros Privados).
A empresa investe, desde 2009, na criação de nichos para personalizar o atendimento. Até o final deste ano devem ser lançados mais dois, o de salões de beleza e o de pet shops.
Fatores isolados também contribuíram para a maior demanda por coberturas especializadas.
"Um bom exemplo foi a onda de arrastões em restaurantes", pontua Edson Frizzarim, da Porto Seguro.
A SulAmérica adota a segmentação desde 1997.
Com o atendimento a consultórios, escritórios, shoppings, hotéis e padarias, a expansão foi de 18% no primeiro semestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2012, diz o diretor Luis Alberto Mourão.
SEM SUBORNO
Nem todas as companhias verificam os antecedentes de seus parceiros comerciais e checam se eles já se envolveram em algum caso de corrupção, de acordo com pesquisa da EIU.
O levantamento mostra que as empresas de apenas metade dos executivos entrevistados adotam procedimentos para conhecer a reputação e o passado dos parceiros.
Cerca de 35% dos ouvidos, no entanto, afirmaram que suas companhias deverão aumentar o orçamento destinado a iniciativas contra corrupção no próximo ano.
A medida mais adotada no combate às irregularidades (por 64%) é a inclusão de cláusulas em documentos nos quais o contratado afirma que não pagará subornos em nome das empresas.
Pouco mais da metade das companhias (54%) têm diretores com a responsabilidade específica de evitar ações corruptas, ainda segundo a sondagem.
Foram entrevistados aproximadamente 300 executivos em todo o mundo --10,7% deles na América Latina.
BARBA E CABELO
A americana Wahl Clipper, que produz máquinas de cortar cabelo e aparadores de pelo, vai construir a partir de outubro sua primeira fábrica no Brasil, em Jacareí (SP).
Será a sétima operação da companhia no mundo.
Já no primeiro ano de atividade, em 2014, a unidade terá capacidade de produzir três vezes mais que o volume atualmente importado.
O grupo está no país desde 2006, mas apenas com um escritório de vendas.
Voo da Espanha O governo da Bahia anuncia hoje parceria com uma companhia aérea espanhola para a ampliação no número de voos entre Salvador e Madri. A rota já tem três operações semanais.
Negócio... A Schweitzer, empresa americana que desenvolve soluções para proteção e automação de sistemas elétricos, fechou R$ 60 milhões em negócios no Brasil nos últimos 12 meses.
Grife... O grupo carioca Reserva vai abrir a primeira loja da marca feminina Eva.
Propaganda na vaga A Estapar, administradora de estacionamentos, criou uma divisão de mídia para atrair publicidade para suas unidades. O grupo tem cerca de 900 garagens em 69 municípios.
...elétrico O valor é referente a nove contratos com grandes companhias dos segmentos industrial, de transmissão e distribuição de energia elétrica. Cinco negócios envolveram empresas públicas.
...em expansão A nova unidade será em Ipanema, no Rio de Janeiro.
SOB AS ASAS
A aeronave número mil da família de E-Jets da Embraer será entregue na próxima sexta-feira, em São José dos Campos. O E 175, de cerca de US$ 42 milhões, foi vendido para a Republic Airlines, dos EUA. Lançados em 1999, os aviões comerciais começaram a sair da fábrica em 2004.
Hoje 65 companhias aéreas em 45 países operam os E-Jets. A carteira de pedidos somou US$ 17,1 bilhões em junho.
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