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MATADOURO: ALGO TERÁ DE SAIR DO PAPEL
É só o Ministério Público puxar a orelha que ações se concretizam de verdade. Há anos engavetado, o projeto de construção do novo matadouro municipal terá de alguma maneira sair da tinta que lhe reservava no papel para dar lugar a um ambiente adequado à matança de animais bem como afastado da zona urbana. Pensando nessa problemática comum a vários municípios, a Secretaria de Estado da Saúde (SES), por meio da Diretoria de Vigilância Sanitária (Divisa), reuniu na manhã desta terça-feira, 20, as Secretarias de Estado da Agricultura e Desenvolvimento Rural (Seagri) e do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Semarh), juntamente com alguns prefeitos e o Ministério Público Federal (MPF), para debater a questão dos matadouros existentes no estado. O prefeito municipal, Antônio Dória, não podia ficar de fora. Foi à reunião e ouviu do diretor de Vigilância Sanitária da SES, Antônio de Pádua Pombo, que ?o abate de forma incorreta é um problema grave de saúde pública. Apesar da competência da vigilância em fiscalizar o comércio atacado e varejista, nós nos sentimos na obrigação em cumprir nosso dever maior, que é a proteção da saúde do cidadão?, afirmou Pádua.
Embora a indignação e a vontade de melhorar estejam em pauta na mesa do poder público, fica a incerteza de que realmente algo será feito a curto prazo. Em Poço Verde, por exemplo, comerciantes e população têm de pagar o alto custo de manter um serviço fora do nosso perímetro enquanto aguardam uma resolução de fato. Em nota à imprensa por meio de e-mail, o Secretário municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, M. Ambiente e R. Hídricos, Clérison Santana, informou que:
?1 - O matadouro não foi fechado pelo ministério público. Ele teve alguns setores interditados pela DELEGACIA REGIONAL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO por não atender algumas questões referente saúde e segurança dos trabalhadores. Como por exemplo, a proximidade da caldeira em relação ao local de abate (pelo fato de ser uma construção antiga), o fato não se controlar a entrada e saída de pessoas na área, pelo fato de não haver muro em toda sua a extensão, a forma de puxar os animais abatidos, também por ser uma construção antiga, entre outros.
2 - O fato do abate passar a ser realizado em Simão Dias foi uma solicitação da administração local, através do Prefeito Antônio Dória, que pediu ao prefeito daquela cidade que permitisse o abate dos nossos animais, para que os marchantes locais não precisassem se deslocar para ainda mais longe ou, pior ainda, para evitar a disseminação do abate clandestino, que expõe o marchante as penalidades previstas em lei e a população ao consumo de carnes em condições inadequadas.
3 - No tocante ao custo do abate, a Prefeitura Municipal se responsabilizou em arcar com os custos do transporte dos animais vivos até Simão Dias e da carne até Poço Verde.
4 - Nessa mesma semana a DELEGACIA REGIONAL DO MINISTÉRIO DO TRABALHO realizou inspeção e interditou matadouros em diversos outros municípios sergipanos; e para conhecimento da população em Sergipe existe apenas um abatedouro em plena conformidade com as normas legais, e este é particular. Outros poucos matadouros ainda funcionam no estado, mas, apesar de apresentarem condições melhores que o nosso, também não atendem, totalmente, a legislação atual?. Foto: ascom Estado
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