NADA DE CHAMATIVO NAS ESTRÉIAS DA SEMANA
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NADA DE CHAMATIVO NAS ESTRÉIAS DA SEMANA


Será que vou ao cinema neste final de semana? Não tá fácil. Apenas três estréias nacionais aqui em Detroit, e nenhuma parece muito convidativa: Drillbit Taylor (que tá marcada pra chegar ao Brasil 18 de abril, com o título Meu Nome é Taylor, Drillbit Taylor), Shutter (que acho que é um dos Espíritos da vida – em todo o caso, mais um remake americano de terror asiático), e Tyler Perry's Meet the Browns (ainda preciso ver Why Did I Get Married antes de decidir se gosto do humor-feito-pra-comédia-romântica do Tyler).

Aliás, o negócio é tão segregado por aqui que alguns filmes realmente são produzidos apenas para atrair o público negro (Tyler Perry é um diretor e produtor negro de grande sucesso). Qualquer comédia com ator negro é vendida principalmente pra essa platéia. Duvida? Toda semana a Netflix traz uma lista dos DVDs mais pedidos em Detroit, que tem mais de 80% de negros. Todos os primeiros 25 filmes da lista são seriados de TV com um all black cast, shows de stand up comedians negros, filmes de ação com astros negros. Nada contra, mas é esquisito. Quero dizer, entendo que as minorias não se sintam representadas por Hollywood, e com total razão. Só que soa estranho pra mim que sejam feitos filmes pensados pra um nicho de mercado que não seja baseado em sexo ou faixa etária, e sim em raça. Você consegue imaginar alguém no Brasil indo ver O Homem que Copiava, por exemplo, porque o Lázaro Ramos é negro? Claro que muita gente vai ver um filme por causa dele, um ator fantástico, mas acho que a cor dele não é levada em consideração. Aqui nos EUA, é a primeira característica a ser notada. Às vezes a única. Se o Obama ganhar a eleição em novembro isso muda? (em compensação, essa reserva de mercado permite que vários negros sejam chamarizes de bilheteria. Certamente há muito mais ator negro trabalhando nos EUA – onde menos de 13% da população total é negra – que no Brasil, que é o país com maior população negra no mundo fora da África).

Enfim. As estréias desta sexta no Brasil são de doer. Vou ficar devendo uma crítica, porque não vi nenhum dos filmes. As Crônicas de Spiderwick não faz meu gênero, por ser uma fantasia infanto-juvenil. Se eu fugi de Senhor dos Anéis, por que iria ver imitações? Um Amor de Tesouro (Fool's Gold)soa como plágio de Tudo por uma Esmeralda, só que com atores piores como o Matthew McConaughey e a Kate Hudson em lugar do Michael Douglas e Kathleen Turner. Um Sonho Dentro de um Sonho é a estréia do Anthony Hopkins na direção, e eu até devia me esforçar pra vê-lo em DVD, mas é tudo surreal demais pro meu gosto. E Não Estou Lá, bom, tenho certeza que o pessoal do circuito de arte vai babar. Eu não. Vi metade do filme, logo a parte mais elogiada, com a Cate Blanchett (e o Heath Ledger) imitando o Bob Dylan, mas me perdoe, sei que mereço ser queimada numa fogueira por isso - eu prefiro filme com algo que lembre vagamente uma história. Nunca fui muito chegada a videoclips, e é isso que Não Estou Lá parece, um videoclip de arte.

Pra semana que vem, falarei mal de Jumper e talvez, muito talvez, de Paixão Proibida (Silk), que eu teria que ver em DVD. Esse filme de época foi meio que arrasado pela crítica. A única coisa que me faria vê-lo seria a presença do Michael Pitt, que brilha em Funny Games. Quero escrever sobre A Família Savage, mas o DVD só chega às locadoras em meados de abril. Preciso esperar até lá. No entanto, tô vendo tanta coisa aqui em casa que um assunto que não vai faltar é filme pra discutir. Já já eu observo alguns que vi recentemente.





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