NÃO ESTOU CÁ
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NÃO ESTOU CÁ


Desde ontem já nem chego perto de um computador (se bem que estou escrevendo essas linhas tortas na quarta). Minha defesa de doutorado é daqui a algumas horas, e eu espero estar mais confiante do que estou agora (quarta). Se alguém que mora em Floripa quiser ou puder ir, é na UFSC, prédio CCE B, sala Machado de Assis (4o andar), às 14:30, esta sexta. Eu sinto que minha cabecinha simplesmente não guarda informações. Realmente acho que estou em processo degenerativo, e que estava muito mais bem preparada pra minha defesa de mestrado. Claro que deixei pra reler a tese de doutorado nos últimos dias (ahn, horas?), e me surpreendi com o bando de coisa difícil que tem lá. Só espero que a banca não se concentre bem nesses pontos que parecem grego pra mim. Na realidade eu gostaria que a gente só se reunisse pra um bate-papo agradável sobre as cinco produções de Macbeth que analisei, e deixasse a teoria de lado, sabe? Algo me diz que defesas de doutorado não são bem assim...
Sei que vou passar, claro (glupt), porque nunca vi alguém ser reprovado. Já vi gente tirar nota 8, que é, pelo que sei, o mínimo pra passar raspando. Mas, se o cara chega até uma banca com defesa marcada, é porque ele escreveu uma tese, e seu orientador a considerou pelo menos passável. Com o meu orientador é diferente. Ele não permitiria que algo medíocre chegasse na frente de uma banca, até porque sua reputação estaria em jogo (e foi ótimo ter ido ao congresso da Abrapui - Associação Brasileira de Professores Universitários de Inglês, no início do mês, pra lembrar como o meu orientador é respeitado. Até por gente que não trabalha com Shakespeare. Eu falava quem era o meu orientador, e todo mundo só dizia “Oh” e "Uau").
Putz, eu queria ter falado mais do congresso em São José do Rio Preto. Agora meio que passou. Parece que faz um ano, e faz apenas duas semanas. Ou três? Foi tudo uma maravilha por lá. Ótimas apresentações, muitas ideias interessantes. Só vi uns dois trabalhos que me deixaram de cabelo em pé. Melhor nem falar, porque esse mundinho é pequeno (mas foi legal pra ver a diferença de qualidade gritante entre universidades públicas e privadas. Estou generalizando, mas pô, não tem comparação).
Foi também muito divertido conversar com minhas coleguinhas da UFSC Andrea, Silvia e Claudia. Ri um monte. Não sei se coloco aqui pra vocês a coreografia do ursinho da Claudia pro clipe “What what in the butt”, que elas me forçaram a assistir. Aproveitem, meninas. Porque já já eu serei doutora e vocês terão que me tratar com o devido respeito. Será Doutora Lolinha pra vocês. Espero que as três, e mais o urso, estejam presentes na defesa hoje. Espero também não olhar pra vocês, lembrar do ursinho, e cair na gargalhada no meio de alguma pergunta importante da banca.
Quando eu tava voltando de São José do Rio Preto (só frequentei mesmo o hotel e a rodoviária), conheci a Micaela, que é professora da UFRJ. Altas coincidências, porque o primeiro concurso que ela fez foi um na Universidade Federal do Ceará. E agora há outro, e eu vou tentar. Na realidade já me inscrevi, mas não aceitaram minha inscrição! Olha só se não parece o concurso dos meus sonhos: não exigem graduação em Letras, é pra Literatura em Língua Inglesa, são quatro vagas (!), e é pro campus de Fortaleza. Se piorar estraga. Pra minha tristeza, a inscrição venceu no dia 9 de junho e exigia título de doutor. E doutora eu só vou ser hoje. Por causa de dez dias não aceitaram minha inscrição! Bom, tava no edital, e mesmo assim eu decidi arriscar. Mas a boa notícia é que não houve doutores suficientes que se inscreveram pra concorrer às quatro vagas, então até a semana que vem eles abriram a inscrição pra professor assistente, não adjunto, e pedem só mestrado. Lá vou eu, rumo ao meu primeiro concurso. Vou precisar de julho inteiro pra me preparar minimamente, porque são quinze pontos. Quinze pontos é sacanagem. Depois eu falo quais são.
Portanto, minha vida tá assim, essa correria sem fim. Acho que nunca mais vou ter férias. Como dizia o Chico, o sol nunca mais vai se por.
Tá, mas um passo de cada vez. Torçam por mim hoje, que vou precisar de muita, muita torcida. Na volta eu conto tudinho, todos os detalhes sórdidos e picantes.
Opa, acho que tive um bom presságio. Após escrever este texto, saí. E um gato preto se jogou diante do meu carro. Felizmente, consegui frear a tempo. Se eu tivesse atropelado o pobre gato, creio que nem iria defender a tese. Porque deve dar uns sete anos de azar, né?




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