NOTÍCIAS DE FORTALEZA
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NOTÍCIAS DE FORTALEZA


Queridas pessoas legais,
Boas notícias! Mas antes vou matar vocês de suspense, porque eu sou assim, cruel.
Então, minha vida não é fácil. Eu fui viajar na segunda cedo, pra chegar a Fortaleza às 13 horas e poder estudar e mais ou menos dormir cedo pro concurso, que começaria às 8 da matina ontem. Pois bem, o aeroporto de Navegantes estava fechado devido à neblina, e a Azul, por ser uma empresa nova (e muito boa, gostei, e fiquei sabendo que já alcançou a marca de um milhão de passageiros), só tem dois horários por dia de Campinas pra Fortaleza: pela manhã, que era o vôo que eu iria pegar, e... à noite! Eles me colocaram num bom hotel em Campinas, comi do bom e do melhor, mas nada compensa chegar numa cidade às duas da manhã pra fazer uma prova que exige enorme concentração poucas horas depois! Dormi pouco e mal, e como de domingo pra segunda já tinham sido menos de 4 horas de sono... bom, faz dois dias que durmo quase nada. Mas a adrenalina fala mais alto e acorda a gente nessas horas difíceis!
Aí ontem (terça), eu pensei, irresponsavalmente, que a pousada era perto da universidade, e peguei um táxi às 7:30. Péssima ideia, viu? Não façam isso. Cheguei faltando três minutos pra prova. Se eu chegasse depois, adeus concurso. E eu perguntando pra todo mundo no campus: “Aonde é o departamento de Línguas Estrangeiras?”. E claro que nessas horas ninguém sabe.
Mas aí tive a primeira boa notícia. Lembram que eu dizia que se caíssem dois pontos de Linguística e só um de Literatura, eu não teria a menor chance? Pois é. Mas, chegando lá, a banca disse que seriam sorteados um ponto de Linguística e dois de Literatura, aleluia! Achei justo porque, afinal, eles tiveram um concurso outro dia só pra Linguística.
Minha felicidade foi imensa. E os pontos sorteados ainda foram bons. De Linguística, qualquer um dos sete eu teria enormes dificuldades (to put it mildly; adoro essa expressão, como a traduzo pro português?), mas acho que o item sorteado foi o menos piorzinho. Foi o dois, from sentence to text, sobre a noção do que é texto. Eu tinha preparado o ponto usando uns dois artigos de Linguística Funcional Sistêmica (sei lá como é isso em português, em inglês é Systemic Funcional Linguistics) que eu achei bastante interessantes. Aí, pra Literatura, os pontos sorteados foram o onze, sobre o Movimento Literário Irlandês (não se sintam mal, eu também não sabia nada a respeito, mas me preparei), e como foi o último ponto de Literatura que estudei – ahn, no domingo –, estava bem fresquinho na minha mente. E o outro ponto foi o doze, que não poderia ser melhor, sobre contos (esse era o mais livre que tinha, porque cada candidato podia escolher um conto pra analisar e falar dele no contexto do gênero literário). Eu escrevi, escrevi, minhas mãos doeram, quase não acabei, não deu tempo pra revisar, mas... fui bem, foram treze páginas. Pelo menos eu me lembrei de tudo que queria lembrar. No almoço, depois da prova, liguei pro maridão pra avisar que fui bem. Ele, minha mãe e os gatinhos devem estar pulando de felicidade até agora (os gatinhos, imagino, porque devem ter sido jogados pra cima no meio da euforia).
Aí à tarde foi a hora da leitura das provas, em sessão pública. É legal ouvir o que seus “concorrentes” escreveram. Quer dizer, legal em termos. Eu estava muito mais confiante antes de ouvir os outros textos. Que bom que eu não sou da banca, porque eu passaria quase todos os doze candidatos que apareceram. Claro, teve um ou outro que visivelmente não se preparou e escreveu qualquer abobrinha pra encher linguiça. Dava pra notar. Mas a maior parte fez um excelente trabalho. Eu calculo que, pra próxima fase, a da prova didática, devem passar pelo menos a metade. Espero que eu seja uma das seis. Um dos candidatos, que é professor da Universidade de Roraima faz tempo, claramente se destacou. Esse vai passar fácil, com a maior nota, não tenho dúvida. E duvido que ele não passe na prova didática, porque o cara é fera.
Como eu havia dito antes, há três doutores (uma delas, moizinha), três doutorandos, e o resto é mestre. Na prática, não sei se isso significa grande coisa. Mas se espera que os três doutores, por terem estudado quatro anos a mais que os mestres, saibam mais sobre um determinado assunto, e possam dar melhores aulas (lógico, nem tudo é tão simples, há exceções, mas a princípio é isso). Assim como se espera que um doutor com vasta experiência em sala de aula, como é o caso do carinha de Roraima, esteja muito melhor preparado que uma recém-doutora. No caso dele, realmente deu pra ver a diferença. No meu caso e no do outro doutor, não tenho tanta certeza. Mas eu gostei que o outro doutor veio me dizer que minha prova estava muito boa (por coincidência, os três doutores são da UFSC, mas eu não os conhecia).
Ficarei extremamente decepcionada se eu não passar pra próxima etapa. Acho que passo. Aí o meu medo é que, pra prova didática, sorteiem um ponto de Linguística. Porque como dar uma hora de aula sobre um tema que, até o mês passado, eu nem sabia do que se tratava? E é nisso que entra a segunda excelente notícia do dia: a banca me disse que o candidato pode escolher se quer ter o ponto sorteado em Linguística ou Literatura! Claro que dei pulos de felicidade, né? Devo ter batido com a cabeça no teto. Agora tem que esperar até quinta de manhã pra saber o resultado. Ah, e uma coisa meio estranha, que pra mim é novidade (já que este é meu primeiro concurso): na quinta, às oito da manhã (se chegar atrasado tá fora; logicamente que vou sair do hotel com uma hora de antecedência), logo após o resultado, é feito um sorteio entre as pessoas que passaram pra segunda fase. Pra ver quem vai ser sorteado primeiro, segundo, terceiro etc. Eu pensei que iam sortear pra todo mundo na mesma hora, mas não é assim. Como neste concurso sorteia-se um ponto por candidato (não o mesmo ponto pra todos, como já vi em outros editais), e é necessário que haja igualdade de condições (ou seja, que todos tenham igualmente 24 horas pra preparar a aula), vão sortear um ponto pro primeiro candidato às 9 horas, um pro segundo às 10 horas, e assim por diante. Ou seja, se eu passar, e se eu for a última a ser sorteada, vou ficar um tempão na faculade na quinta, esperando. Mas vamos ver o que acontece. Por enquanto tá indo tudo muito bem. Não posso nem dar minha reclamadinha básica como de costume. Humpf!
E aí, minhas queridas leitoras de Fortaleza? Vamos nos encontrar? Realmente não posso na quinta, porque, se eu passar pra prova didática, estarei preparando a aula feito uma louca bem na quinta à noite. Tudo indica, toc toc, que eu vá passar, e que ficarei aqui em Fortaleza até terça de manhãzinha pra esperar o resultado final (que sai na segunda, no final da tarde). Portanto, se pra vocês for melhor se encontrar no final de semana, estou às ordens. Não sei nem o que vou ficar fazendo na cidade durante o final de semana, sans maridão (meu francês é excelente, como vocês podem ver; eu devia ter feito doutorado em Literatura em Língua Francesa). Então, uma leitora recomendou que a gente se encontrasse no Dragão do Mar. Eu não sei onde é, mas vamos lá, vamos tentar marcar alguma coisa. Conto com a iniciativa de vocês.
E assim que eu souber se eu passei e quando será a minha prova didática, que é aberta ao público, eu aviso pra vocês.
Abração, obrigada pela torcida, e vamuquivamu!




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