VEM TRABALHAR AQUI COMIGO
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VEM TRABALHAR AQUI COMIGO


Talvez este post não interesse a muita gente, se bem que pode ser legal pra leitor@s mais recentes, que não sabem que, dois anos atrás, eu tava fazendo concurso pra Universidade Federal do Ceará. Pois é, olha como o tempo voa: a professora hiper querida que foi a presidente da banca de seleção do meu concurso se aposentou este ano, e abrimos um novo concurso para preencher a vaga. Como se deve — é regra entre as federais —, o concurso era pra vaga de professor-adjunto, ou seja, só pra quem tem doutorado. Isso foi em junho, e eu nem cheguei a mencionar aqui. Mandei emails pra alguns amig@s e colegas de SC e foi só. Infelizmente, só três pessoas se inscreveram (ninguém que eu conhecesse), e dessas três, só uma apareceu, fez a primeira prova, e não passou. Então agora saiu o edital pro novo concurso. As inscrições vão só até o dia 19 de setembro, e a exigência é de mestrado (em Letras-Inglês). A pessoa aprovada dará aulas principalmente de Literatura em Língua Inglesa, mas também pegará disciplinas só de inglês.
Eu não estou na banca de seleção nem nada. Até gostaria de estar, mas tem que ter anos de experiência docente pra fazer parte. E, considerando que sempre vem candidato da UFSC, e que fiz meu mestrado e doutorado lá há pouco tempo e ainda tenho amizade com bastante gente, é bom que eu não faça parte mesmo, pra que não haja nenhum tipo de favorecimento. Mas ó só que demais: eu já passei por esse mesmo concurso (com os mesmos quinze pontos!) em agosto de 2009. E narrei tudo no blog. É um super guia das minhas dúvidas, de como me preparei, de como funciona o concurso... Então comento agora os posts que escrevi naqueles tempos, porque sei que quem digitar no Google Irish Literary Movement: Celtic Twilight, por exemplo, fatalmente será mandado pra cá (aconteceu no concurso de dois anos atrás -- todos os candidatos me conheciam pelo blog).
Em janeiro de 09, seis meses antes de defender minha tese de doutorado, eu já sabia bem o que queria. Ok, este post não tem muito a ver com o concurso em si, mas é uma amostra de que tudo deu certo. Mais certo que isso, só se eu não tivesse tanto trabalho e pudesse descansar nos fins de semana e feriados! (tem certeza que quer ser professor@ de universidade pública?).
Este post aqui logo depois que eu defendi a tese, e fala, entre outras coisas, de como minha inscrição foi indeferida! Antes disso, em dezembro de 2008, mencionei um concurso em São João Del Rei, MG. Cheguei a me inscrever e levei de Floripa a Joinville, de ônibus, 25 livros que peguei em bibliotecas da UFSC pra estudar, mas não fiz o concurso (e nem preciso dizer que não me preparei nadinha). Não fiz porque, naquela época, eu ainda era mestre e, embora o concurso aceitasse inscrições de mestres e doutores, os mestres só fariam as provas caso algum doutor não passasse. Não tem jeito, cada lugar é diferente mesmo...
Lembro que dois outros concursos que eu podia fazer abriram na mesma época. Mas havia chance das datas das provas coincidirem, e era tudo ponto diferente. Se eu fizesse os três, no total teria que preparar absurdos 33 pontos em menos de dois meses. Impossível! Fiz muito bem em escolher o concurso da UFC, que escolhi mais pelo lugar mesmo. Eu queria morar em Fortaleza mais que em Curitiba (que adoro, mas é frio pra caramba) ou em Maringá (que não conheço, mas todo mundo diz que é uma bela cidade).
Quando minha inscrição foi finalmente aprovada na UFC, aí eu decidi começar a estudar. Ou pelo menos eu anunciei pro mundo que começaria urgentemente a estudar (aí acho que demorei mais uns dez dias pras vias de fato).
Neste post, eu estava começando a me preparar, as datas do concurso já tinham sido divulgadas, eu já havia comprado as passagens pra Fortaleza, mas ainda estava cheia de dúvidas sobre o edital (adoro a imagem e legenda que usei: “tudo nos trilhos pro concurso”, com a foto de uma modelo prestes a ser decapitada por um trem). Mas só pra esclarecer (volto a falar nisso nos posts seguintes), meu concurso foi assim, e tudo indica que este também será: são três pontos os sorteados na prova didática. Um obrigatoriamente entre os sete primeiros pontos (de Linguística), e dois entre os oito restantes (de Literatura). Daí você precisa escrever três ensaios curtos, um sobre cada ponto, no período de quatro horas. Sem consulta, claro. E sem tempo pra dar uma olhada no que você preparou pra cada ponto. Ou seja, tem mesmo que vir com todos os quinze pontos na memória.
Aqui tem um post divertido sobre como um blogueiro americano, o Nate (faz tempo que não falo com ele! O blog dele, infelizmente, é um daqueles que falava mais sobre política, e que caem muito em tempos não-eleitorais; no caso dele, após as eleições presidenciais americanas de 08), me "ajudou" na preparação pro concurso.
O legal de ter tudo anotado é que descubro que, faltando uma semana pro concurso, eu só tinha oito dos quinze pontos preparados. Faltava metade! E, pra decorar os que eu já tinha preparado, valia até grudar a papelada na parede do banheiro!
Bom, este post é do dia que eu estava viajando de Joinville pra Fortaleza. E, pelo jeito, preparei quatro pontos em três dias. Crianças, não tentem fazer isso em casa.
Neste post eu já escrevo de Fortaleza, após a primeira prova. Fica uma importante lição inicial: pra quem vem de longe, cuidado com as passagens aéreas. Quero dizer, não confie muito nos horários das conexões. Deixem uma boa folga. No dia em que viajei, o aeroporto de Navegantes – SC, estava fechado. Neblina demais. Eu tinha comprado passagem com a esperança de chegar em Fortaleza às 13 horas de segunda (a prova era no dia seguinte, às 8 da manhã). Por causa desses problemas, passei segunda inteira num hotel em Campinas (estudando, claro), e só aterrisei em Fortaleza às duas da manhã de terça! Se precisasse de mais alguma conexão, teria perdido a prova. Segunda lição: chegue ao local do concurso meia hora antes. Eu achava que meu hotel era perto da UFC (e era!), mas o trânsito estava horrível, e eu cheguei lá em cima da hora. Três minutos depois e eu teria perdido o concurso. E aí imagine a decepção: você estuda um monte, gasta um monte pra ir de uma região a outra do país, e não pode nem fazer o concurso?!
Eu lembro da sensação de ter ido bem no primeiro teste. Lembro de ligar pro maridão depois da prova escrita pra dizer que achava que tinha passado naquela fase. Falo de tudo isso no post, e ainda da leitura das provas, o que acho um ótimo procedimento de transparência. E pretendo estar lá no dia da leitura das provas deste concurso agora pra poder ver quem são @s candidat@s e o que el@s escreveram.
O post seguinte é sobre minha alegria ao saber que tinha passado na primeira prova (dos doze candidatos que fizeram a prova, só quatro foram aprovados pra outra etapa), e o sorteio do ponto pra prova didática. Tá tudo lá, explicadinho.
Neste eu conto como minha prova didática não foi bem porque eu me enrolei no tempo. Mas tem boas dicas de como fazer o recorte do tema, já que é só uma aula de 50 minutos, e você não vai querer falar de toda a história do Harlem Renaissance, por exemplo, em menos de uma hora. Eu inventei que tínhamos começado a falar sobre o tema em outra aula, antes de um feriado, e que precisávamos recapitular (isso precisa estar no plano de aula). E depois entrei numa análise do final de um romance.
O último post é o do resultado, e de como esse resultado foi comunicado. E da minha imensa surpresa em ter passado em primeiro lugar. Talvez eu lembre pra sempre do telefonema que fiz pro maridão. Sei que toda vez que passo por aquele orelhão na universidade (pois é, eu não tenho celular), eu penso no meu concurso. É uma boa sensação. Sem falar que ultimamente aquele orelhão vem sendo ocupado por um gatinho. Ele às vezes se aloja embaixo do orelhão e quem quiser ligar tem que fazer alguns contorcionismos pra desviar do dono do pedaço.
Há muitos outros posts, lógico, sobre a burocracia dos exames médicos, a espera angustiante pra ser chamada — levou meses! —, a mudança de SC pro Ceará, a posse, mas sobre o concurso mesmo, são só esses. ! Onde mais tem um roteiro tão completo sobre um concurso pra uma federal?
Não sei quando será a prova, mas deve ficar mais pro final de outubro. O tempo pra preparar os pontos é o de praxe nos concursos: de um a dois meses. Inscreva-se, capriche na preparação, e venha trabalhar no meu departamento!




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