O coro
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O coro


É evidente, a todas as luzes, que o volume de corte no défice orçamental para cumprir a meta da consolidação orçamental para o próximo ano (cerca de 4500 milhões de euros) nunca poderia ser conseguida por nenhum governo só com redução da despesa pública, sob pena de cortes brutais nas despesas de saúde e de protecção social e de ruptura dos serviços públicos em geral. Por isso, além de uma forte contracção da despesa, aliás prevista, onde é possível, é mais do que razoável contar também com o aumento da receita fiscal, tal como previsto nos compromissos de estabilidade orçamental apresentados a Bruxelas, todos com apoio do PSD, incluindo nomeadamente a redução da despesa fiscal com deduções no IRS.
Por isso só pode estranhar-se o coro dos jornais económicos e dos editorialistas em geral no seu alinhamento com o fundamentalismo de Passos Coelho, na sua nova cruzada para asfixiar o Estado social por via dos cortes impossíveis na despesa pública. Era de esperar uma imprensa mais equilibrada e mais pluralista nos seus juízos...




- Prudência
Aumentar significativamente a despesa pública e descer a receita pública (impostos e contribuições para a segurança social) não é o caminho mais óbvio para reduzir o défice orçamental e respeitar as metas de consolidação orçamental a que...

- Bipolarismo
Os jornais andaram meses a clamar por cortes a sério na despesa pública, a fazer coro com Passos Coelho. Agora que o novo programa de austeridade veio a público, apesar de não consistir só em corte da despesa, os mesmos jornais enchem-se de denúncias...

- Não Existe Uma Receita única Para A Consolidação Orçamental
O Prof Avelino de Jesus entendeu seleccionar-me como exemplo da "esquerda convertida" às virtudes disciplina orçamental. Erra, porém, o alvo. Em matéria de disciplina orçamental e de controlo da despesa pública não sou propriamente um recém-converso....

- O Coro (2)
A propósito do imprescindível aumento da receita fiscal para cumprir o programa de consolidação orçamental no próximo ano, aliás como previsto no programa de medidas apresentado a Bruxelas, vai por aí uma enorme gritaria contra o aumento de impostos,...

- Desonestidade
É evidente que não era necessário subir impostos para alcançar uma redução do défice orçamental para 8,3% no corrente ano, como estava previsto no Programa de Estabilidade e Crescimento. Provavelmente, até era possível ir um pouco além dessa...



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