Geral
O crescimento dez anos depois
Por João Sicsú, na revista CartaCapital:Foi pífio o crescimento econômico durante o período que o presidente Fernando Henrique Cardoso governou o Brasil (1995-2002). Em média, durante oito anos, a economia cresceu 2,3% ao ano. A economia não podia crescer. A valorização do salário mínimo era modesta. O crédito era um privilégio das altas classes de renda, dos ricos e das grandes empresas. O investimento público era cadente e as estatais, que restaram após as privatizações, tinham planos de investimentos limitados.
Fonte: SCN/IBGENo primeiro mandato do presidente Lula (2003-2006), a economia iniciou um processo de recuperação. Cresceu, em média, 3,5% ao ano. Este primeiro aumento do PIB foi impulsionado pelo início da política de valorização do salário mínimo e pela ampliação do crédito para as famílias e as empresas.
No segundo mandato (2007-2010), além dos elementos que já estavam em curso, a política de investimentos públicos e das estatais, que estimulou o investimento privado, foi o elemento-chave. Por exemplo, a Petrobras aumentou seus investimentos de forma significativa e houve os lançamentos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) e do Minha Casa, Minha Vida. Em média, a economia passou a crescer 4,6% ao ano, apesar da aguda crise financeira americana que atingiu o Brasil em 2009.
A presidenta Dilma Rousseff enfrentou problemas nos dois primeiros anos de seu governo. Em 2011, houve pressões inflacionárias que impuseram ao governo a necessidade de desacelerar o crescimento. Mas, principalmente, a economia brasileira mostrou que existiam gargalos de infraestrutura e que o ritmo de 2010 (crescimento de 7,5%) não era sustentável. Houve desaceleração conduzida pelo governo de 2010 para 2011.
SCN/IBGE, Censo/IBGE, PNAD/IBGE, CCN/FGVEm 2012, o desempenho piorou: a economia iniciou o ano ainda com o freio de mão puxado. E a crise europeia chegou e contaminou o cenário, gerando no Brasil e no mundo expectativas empresariais de apreensão e receio em relação ao futuro. Sob estas condições, a economia atravessou o ano. Um ano em que o governo e empresários não realizaram planos de investimentos que pudessem garantir um crescimento satisfatório.
A presidenta adotou medidas estruturantes da economia que podem garantir a retomada do crescimento. As tarifas de energia elétrica foram reduzidas, os bancos públicos entraram na concorrência via redução de taxas de juros e as desonerações fiscais implementadas aumentaram a capacidade de investimento do setor privado empresarial. E, além disso, o Banco Central se tornou muito mais “inteligente”: não utiliza a taxa de juros como remédio único (e em doses cavalares) para manter a estabilidade monetária. Mas a lição já foi aprendida: o elemento-chave do crescimento é o investimento público e das estatais.
O crescimento médio durante o governo Dilma (1,8%) fez o sinal vermelho da economia piscar. Os últimos dois anos de governos do PT fizeram a economia desviar da série de bons resultados dos governos Lula.
Apesar do modestíssimo crescimento durante o primeiro biênio de Dilma, a taxa de desemprego se manteve baixa, os rendimentos dos trabalhadores continuaram aumentando e a renda per capita cresceu em relação ao período dos governos do presidente Lula. A conclusão é que os percalços da economia não contaminaram a trajetória social benigna do decênio petista no governo federal.
-
Ajuste Fiscal E De Ideias
Por João Sicsú, na revista CartaCapital: O governo Dilma faz em 2015 um ajuste fiscal, conhecido também pelo rótulo “programa de austeridade”. A semente foi lançada em 2011. Os resultados daquele período foram pífios. Em 2010, a economia crescia...
-
Lula, Dilma E O Pib Brasileiro
Por João Sicsú, no sítio Vermelho: O Produto Interno Bruto é a soma de todos os bens e serviços produzidos em um determinado espaço territorial e temporal. Por exemplo, o PIB do Brasil em 2011 foi de 4,1 trilhões de reais. O PIB é um número essencial...
-
Quanto O Brasil Vai Crescer Em 2012?
Por Nivaldo Santana, em seu blog: "Especialistas" ligados ao setor financeiro afirmam que a economia brasileira tem um teto para crescer. Esse teto chama-se PIB potencial, média móvel ponderada obtida a partir da 1) taxa de emprego da força de trabalho,...
-
Era Uma Vez, Um Pib...
Por João Sicsu, no sítio Carta Maior: O PIB brasileiro crescia na Era Lula 2 (2006 a 2010), em média por ano, 4,5%. Em 2010, cresceu 7,5%. No início de 2011, o governo tomou uma decisão correta: desacelerar o ritmo de crescimento econômico. O objetivo...
-
Boas E Más Notícias Sobre O Desemprego
Por Altamiro Borges Pesquisa do IBGE revelou nesta semana que o desemprego em outubro passado foi o menor desde 2002, primeiro ano deste tipo de levantamento. Este é lado bom da moeda, que merece ser festejado. O ruim é que a pesquisa também apontou...
Geral