Por Altamiro BorgesO fascistóide Jair Bolsonaro (PP-RJ) adora provocar. Mas desta vez ele pode ter se exagerado, o que finalmente possibilitaria a sua punição por quebra de decoro parlamentar. Segundo a Agência Brasil, nesta quarta-feira (4), o deputado tentou impedir a realização da primeira audiência da subcomissão de Direitos Humanos da Câmara Federal e ainda ofendeu um servidor do Legislativo.
Agressão e ameaças aos depoentesDiante das agressões, deputados da Comissão de Direitos Humanos e da Subcomissão da Verdade protocolaram na presidência da Câmara representação contra o parlamentar, que é oficial da reserva do Exército e o principal porta-voz dos saudosos da ditadura militar. Para o deputado Domingos Dutra (PT-MA), presidente da comissão, Jair Bolsonaro abusou das suas prerrogativas:
“O deputado Bolsonaro, que está acostumado a agredir as pessoas e tentar obstruir os trabalhos do Legislativo e, apesar de não fazer parte da subcomissão, tentou obstruir a sessão. Agrediu um servidor, o secretário Marcio Araujo, ameaçou os depoentes, tentou paralisar as atividades da comissão. Como não conseguiu, ele ficou no corredor aos berros ameaçando todo mundo”.
Folclore para satisfazer nicho fascistaNa audiência foram ouvidos dois camponeses e dois militares que participaram da Guerrilha do Araguaia. Jair Bolsonaro, segundo Dutra, tumultuou a sessão e tirou fotos dos depoentes para tentar constrangê-los. Para o Chico Alencar (PSOL-RJ), o fascistóide não só prejudicou o trabalho da subcomissão, como atentou contra o próprio Código de Ética da Câmara Federal.
“Ele ofendeu um servidor. Isso não pode ficar apenas no folclore do Bolsonaro para satisfazer o nicho fascista dele”, argumentou o líder do PSOL. Diante do risco da punição, o deputado provocador – o valentão que sempre foge da briga – tentou se justificar. “Todos os deputados tomaram as dores do servidor. Mas não houve xingamento, mas uma discussão pesada”.
Deu com os burros n'águaPara ele, o pedido de abertura de processo de investigação por quebra de decoro parlamentar é uma tentativa de intimidá-lo por suas críticas à Comissão da Verdade, criada pelo governo Dilma Rousseff. “Essa é uma comissão da mentira. Eles estão revoltados porque eu falei que vou participar de toda e qualquer sessão da comissão que for dentro da Câmara. Eles querem que eu não adentre a subcomissão, mas se essa for a intenção deles, vão dar com os burros n'água”, provocou Bolsonaro.
O pedido de punição do deputado fascista foi entregue ao presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS). Ele deverá encaminhá-lo à Corregedoria da Casa. O corregedor, deputado Eduardo da Fonte (PP-PE), terá prazo de 45 dias para apresentar parecer sobre o caso. Caso considere que houve quebra de decoro, ele enviará o documento à Comissão de Ética para abertura de processo, que pode resultar na cassação de Bolsonaro. Mas o fascistóide não merece apenas ser cassado. Ele devia estar preso!
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