O preço de adiar soluções - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE
Geral

O preço de adiar soluções - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE


CORREIO BRAZILIENSE - 18/10

O pleno funcionamento das instituições democráticas no Brasil é garantia de que o Estado de direito não apenas vigora como paira sobre a gravidade da crise política e econômica que domina o país. Mas é também dessas instituições que se esperam decisões que ajudem a sociedade e seus representantes a encontrar, com a urgência possível, as soluções para estancar a caminhada ladeira abaixo da atividade produtiva, do emprego e da renda dos brasileiros.

É nesse contexto que não se pode negar ao homem comum a frustração de ver mais uma semana perdida na busca de soluções para o impasse político que contamina todo o resto e impede que se destravem os negócios, a disposição de investimento dos empresários e de consumo do cidadão. Foi o que provocaram as decisões dos ministros Teori Zavascki e Rosa Weber ao definir limites à Presidência da Câmara dos Deputados no estabelecimento do rito para eventual processo de impeachment da presidente da República.

Controversas - tanto que serão contestadas em recurso do presidente da Câmara, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), que, aliás, continua tendo o poder de aceitar ou não pedido de impeachment -, as liminares sustaram muito mais do que a agenda do impedimento de Dilma Rousseff. Tiveram o efeito de ampliar a paralisação das votações de medidas que contam para o ajuste fiscal, como os vetos a projetos que criam despesas e medidas complementares de corte de gastos propostas pelo governo.

Como não há saída para a retomada da economia que não passe por acerto no campo político - pelo qual o governo recupere o diálogo com o parlamento -, a perda de uma ou mais semanas pode representar meses de atraso na retomada da confiança e da normalidade da atividade econômica. Não foi por outro motivo que mais uma agência internacional de risco, a Fitch Ratings, rebaixou a nota de crédito do país.

Pior do que o rebaixamento foi o viés de baixa adotado pela agência, sinalizando que os analistas perceberam que o país não só não avançou na reversão do grave desequilíbrio fiscal e consequente aumento do endividamento, como também não emite sinais confiáveis de que caminha para alcançar esse objetivo. Pelo contrário, na sexta-feira, o governo sinalizou ao Congresso que enviará, nesta semana, emenda à proposta de Orçamento trocando a meta de um modesto superavit para assumir que vai fechar o segundo ano seguido com deficit primário.

Isso, certamente, levará o país à perda do grau de investimento por mais de uma agência internacional, com evidente aumento das dificuldades do governo e das empresas brasileiras de obter financiamento para os investimentos e crédito para seus negócios. Mais recessão e desemprego à vista. Ou seja, o Brasil, por meio de suas instituições - todas elas - não pode continuar adiando soluções que não dependem da situação internacional, como muitos tentam fazer crer, mas tão somente do próprio bom senso e boa governança.






- O Valor Da Credibilidade - Editorial Correio Braziliense
CORREIO BRAZILIENSE - 20/10 Não seria razoável esperar que a presidente da República, em visita oficial à Suécia, onde pretendia convidar investidores a aplicar dinheiro no Brasil, declarasse que o país governado por ela e seu partido há quase...

- Contagem Regressiva Para Definição Sobre Ajuste - Editorial O Globo
O GLOBO - 17/10 Governo e Congresso precisam se entender sobre várias medidas até o final de dezembro, mas o Planalto não quer afrontar aliados, e cresce o risco de agravamento da crise Como a velocidade da evolução da crise política não atende...

- A Caminho De Nova Perda Do Grau De Investimento - Editorial Valor EconÔmico
VALOR ECONÔMICO - 16/10 O Brasil caminha em linha reta rumo à perda de grau de investimento pela Fitch. O rebaixamento do país pela empresa de classificação de risco ontem, para o último degrau antes do grau de "especulativo" ou "junk" veio acompanhado...

- Em Busca Da Credibilidade Perdida - Editorial Correio Braziliense
CORREIO BRAZILIENSE - 21/02Depois do quase vexame de 2013, quando só não fechou o ano fiscal no vermelho graças a receitas extraordinárias, o governo emitiu, ontem, o mais esperado sinal de que estaria empenhado em recuperar a confiança perdida no...

- Ministros Do Stf Indicados Por Dilma Deferiu Liminar Contra O Rito De Impeachment
A ministra Rosa Weber, do STFA ministra do STF (Supremo Tribunal Federal) Rosa Weber nesta terça-feira (13) a reclamação do deputado Paulo Teixeira (PT-SP), na qual ele questionava o rito de impeachment definido pelo presidente da Câmara, Eduardo...



Geral








.