Geral
Pacote é presente de grego - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE
CORREIO BRAZILIENSE - 05/05
A presidente Dilma Rousseff não teve o menor constrangimento de usar a véspera do Dia do Trabalho para, numa mensagem transmitida em rede nacional obrigatória de tevê, agir como candidata à reeleição, muito mais do que como chefe do Estado. Fez críticas a seus adversários políticos e anunciou medidas embrulhadas num pacote que ela entregou como sendo de bondades.
As medidas, na verdade, se resumem à antecipação de duas providências que já se faziam necessárias, o que não quer dizer que havia necessidade de anunciá-las agora, a não ser pelo calendário eleitoral e os resultados da últimas pesquisas de intenção de voto.
A inflação tem andado a galope e os preços dos alimentos já começam a incomodar as pessoas de menor poder aquisitivo. Para essa extensa camada da população, o peso da feira e do supermercado costuma passar de 30% do orçamento doméstico.
Para o assalariado, não resta alternativa senão a de economizar até o próximo acordo salarial da categoria ou o aumento do salário mínimo, se for o caso. Mas, para quem depende de programas sociais, como o Bolsa Família, a elevação do custo de vida só pode ser enfrentada com mais benesses oficiais. Foi nessa direção que a presidente anunciou aumento de 10% nas mesadas desse programa a partir de 1º de junho. Beneficiários do Bolsa Família não são exatamente trabalhadores, mas a pressa em anunciar bondades fez o 1º de Maio parecer estratégico.
Na mesma data e com o mesmo propósito, era preciso anunciar algo do agrado de milhões de trabalhadores das classes média e média baixa. A saída foi antecipar o percentual do reajuste da tabela do Imposto de Renda da Pessoa Física para 2015. Será de 4,5%.
Há pelo menos dois aspectos desse "pacote" que não devem passar despercebidos da cidadania. O primeiro é que, entre gastos diretos do Tesouro e receitas que deixarão de ser recolhidas, as duas medidas retiram R$ 8,9 bilhões do Orçamento do ano que vem.
O pior é que elas não estão sozinhas. Vão se juntar às trapalhadas do governo no campo energético: a demagogia de baixar as tarifas na marra gerou um buraco de cerca de R$ 30 bilhões, a ser coberto em parte pelos consumidores (uma fração foi jogada para 2015 e outra bateu recentemente na conta de luz e vai gerar mais inflação) e pelo menos R$ 11 bilhões saíram do Tesouro com destino às distribuidoras de eletricidade. Tudo somado, já são mais de R$ 40 bilhões na contramão da promessa de cumprir as metas de superavit fiscal de 2014 e 2015, sujando mais um pouco nosso cadastro junto dos agentes do mercado internacional.
O segundo é mais um avanço do governo no bolso do contribuinte, disfarçado de benesse. Trata-se do velho truque de corrigir a tabela do IR em percentual abaixo da inflação. Há ações na Justiça reclamando da distorção acumulada de 66% que essa manobra tem provocado desde o Plano Real. É simples: se o trabalhador tiver no ano que vem um aumento de salário que reponha a inflação de 2014 (em torno de 6%), ele vai pagar mais IR em 2015, e alguns, que hoje são isentos, sofrerão a mordida no contracheque. Ou seja, o governo fez foi tirar mais uma pedaço do salário do trabalhador. Um verdadeiro presente de grego.
-
Salário Mínimo Passará De R$ 724 Para R$ 788
Foi publicado nesta terça-feira (30) no "Diário Oficial da União" decreto presidencial que reajusta o salário mínimo para R$ 788 a partir do dia 1º de janeiro de 2015. O novo valor representa reajuste de 8,8% sobre o salário mínimo atual, de R$...
-
Discurso Eleitoreiro - Editorial Gazeta Do Povo - Pr
GAZETA DO POVO - PR - 06/05 Em campanha na busca do segundo mandato, pronunciamento de Dilma Rousseff alusivo ao Dia do Trabalho não teve surpresas Cumprindo a praxe, a presidente Dilma Rousseff falou em cadeia nacional de rádio e televisão na véspera...
-
Perna Curta - Eliane CantanhÊde
FOLHA DE S.P - 02/05 BRASÍLIA - O pronunciamento de Dilma Rousseff para o Primeiro de Maio, a dois dias da convenção de dilmistas e lulistas, que ocorre hoje em São Paulo, foi um risco político com requintes de crueldade. A mesma Dilma que aumentou...
-
Aumenta A Mordida Do Leão - Editorial Correio Braziliense
CORREIO BRAZILIENSE - 29/12Ingênuos o bastante para entender como benefício e até comemorar a devolução de parte do Imposto de Renda cobrada inexplicavelmente acima do devido, muitos contribuintes não percebem que a fúria arrecadadora do governo...
-
Bolsa Família Sofrerá Um Corte De R$ 800 Milhões Já Esta Chegando O Final
Principal programa social de Dilma sofrerá um corte de R$ 800 milhões, contrariando projeção de aumento feita pelo governo. Dados estão no levantamento da comissão de orçamento obtido por ISTO É O governo garantiu...
Geral