Perspectivas para 2014 - LUCIANO NAKABASHI
Geral

Perspectivas para 2014 - LUCIANO NAKABASHI


GAZETA DO POVO - 03/01

No ano que terminou, os resultados econômicos não foram positivos: presenciamos uma elevação na dívida pública; considerável aumento nos déficits das contas externas; inflação próxima do teto da meta; retomada do ciclo de alta da taxa de juros; e, o pior, baixo crescimento econômico.

Este ano é eleitoral e, desse modo, é muito provável que o governo conserve a estratégia de estímulo aos gastos para ao menos manter baixa a taxa de desemprego. Esse é o último trunfo econômico que resta e seria um risco muito elevado para a estratégia de manutenção do Poder Executivo federal caso essa taxa começasse a subir.

Mesmo com os prováveis estímulos à demanda, a economia não apresentará um bom desempenho, pois os problemas que ela enfrenta são de oferta, como baixas taxas de produtividade e de investimento. Assim, teremos mais um ano de fraco desempenho econômico e com reduzido desemprego.

O problema é que estímulos à demanda irão se traduzir em maior dívida pública e manutenção dos juros elevados para manter a inflação dentro da meta, o que pressiona ainda mais as contas do governo, gerando instabilidade e reduzindo os investimentos. Cabe lembrar que, historicamente, a Previdência é um elemento adicional que vem pressionando o déficit orçamentário. Por outro lado, apesar da recente depreciação da taxa de câmbio, não há sinais de redução nos déficits nas contas externas brasileiras, o que também eleva a fragilidade macroeconômica pela dependência crescente de poupança externa.

Na ausência de reformas relevantes para controlar a dívida interna e aumentar a competitividade das empresas brasileiras, o que iremos presenciar é a piora nos fundamentos da economia ao longo de 2014, como já vem ocorrendo nos últimos anos, com impactos negativos nos próximos anos.

Já estamos pagando a conta da falta de uma agenda consistente e relevante de reformas desde o segundo mandato Lula até os dias atuais, sendo que o sinal mais claro é o baixo crescimento econômico dos últimos anos, que tem raízes muito mais em problemas internos que externos. Mesmo com uma possível melhora no cenário externo, a tendência de deterioração dos já fracos fundamentos da economia brasileira não permitirá uma retomada do crescimento nos próximos anos.

Seja quem for o presidente eleito em 2014 e qual a sua equipe econômica, em 2015 sentiremos com mais intensidade os efeitos dos erros cometidos. Adicionalmente, a necessidade de ajustes para colocar a economia novamente no rumo aumentará a tendência de desaceleração econômica. Assim, passaremos por momentos econômicos mais difíceis antes de uma possível melhora.

De qualquer forma, somos uma nação jovem que tem capacidade e talento para superar os obstáculos que estão surgindo. O principal fator para que isso ocorra é mudar o pensamento da sociedade para questões de longo prazo, como demanda por investimentos em educação de qualidade, por reformas não populares como a previdenciária e reforma tributária, além da redução do setor público para fomentar o investimento privado. Assim como no caso individual, a bonança vem após um período de grande esforço e frugalidade.




- Para Frente é Que Se Caminha - Luciano Nakabashi
#Aecio45PeloBrasil GAZETA DO POVO - PR - 25/10 Nesta semana, percebo um momento único em minha (não muito vasta) memória. Não me lembro de uma eleição tão disputada e com a população tão dividida entre PT e PSDB nas rodas de conversa, na imprensa...

- 2014, O Ano Que Não Será Novo - Paulo Paiva
O Estado de S.Paulo - 28/12 O fim de ano sempre traz um clima de otimismo. Seria de esperar o mesmo para a economia brasileira em 2014. Enfim, assim tem sido nos últimos anos, comparando as estimativas do relatório Focus das últimas semanas do ano...

- A Futilidade Do Controle De Preços - Samuel PessÔa
FOLHA DE SP - 08/09 O resultado da estratégia de controle de preços é que a inflação está firme e forte; e a taxa Selic sobe Ao longo dos oitos anos do governo de Lula, o crescimento foi relativamente elevado, com uma alta média do PIB de 4% anuais....

- Câmbio, Risco E Confiança - Henrique Meirelles
FOLHA DE SP - 25/08 Os fatos mais relevantes hoje na economia e nos mercados são a volatilidade cambial e a valorização do dólar diante de várias moedas, incluindo o real. Isso causa a elevação da expectativa de inflação, o que impacta as taxas...

- Desenvolvimentismo Sem Consistência - JosÉ Luiz Oreiro
Valor Econômico - 18/06 A performance macroeconômica durante os dois primeiros anos da presidente Dilma tem sido decepcionante. O crescimento econômico foi medíocre, ficando abaixo de 1,5% ao ano na média 2011-2012. A inflação permanece elevada...



Geral








.