PETARDOS CONTRA O PETA
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PETARDOS CONTRA O PETA


Depois de ver um documentário chamado I Am an Animal (que está passando na TV a cabo no Brasil com o título Em Defesa dos Animais, mas também poderia ser Eu sou um Animal: A História de Ingrid Newkirk e o PETA), decidi que a presidenta do PETA (People for the Ethical Treatment of Animals, Pessoas pelo Tratamento Ético dos Animais) virou minha ídola. Sempre gostei do PETA, que deve ser a organização de defesa dos animais mais conhecida e radical no mundo. Gostava quando, no final da década de 80, os ativistas jogavam tinta em quem usava casaco de pele. E lembro até hoje de um dos comerciais mais impactantes que já vi, de um desfile de moda. As modelos desfilavam os casacos de pele, e de repente começava a sair sangue deles. O sangue espirrava no público, e a modelo saía da passarela deixando um rastro vermelho atrás dela.
Muito mais tarde, um aluno de inglês meu fez uma apresentação pra classe sobre ser vegan, e trouxe vários folhetos (terríveis) do PETA. Ser vegan é mais difícil que ser vegetariano. O vegan não come nada que venha de animais, incluindo leite, ovos, e, naturalmente, carne. Eu sou a favor, porque não acho que os animais estão na Terra para nos servir. Porém, se eu fosse vegan morreria de fome em pouco tempo. Não estou acostumada a comer só legumes, vegetais, frutas e grãos. Posso ficar um tempo sem carne, mas ser vegan significaria abrir mão de chocolate (chocolate com leite de soja? Não, obrigada!) e queijo. Além do mais, uma coisa é ser vegan na Califórnia, onde há grande abundância de produtos assim. Outra é ser vegan no Brasil, ou mesmo no resto dos EUA, onde esses alimentos alternativos são escassos e caros. É só pra elite mesmo.
O problema, pra mim, é que os vegans não conseguem resolver um impasse. Se os humanos não comessem vacas, elas seriam extintas, como fazemos com todos os grandes animais. Não damos espaço a eles. E uma vaca consome muitos grãos e pastos inteiros. Até parece que deixaríamos que as vacas ocupassem tanto espaço se não fosse por interesse próprio. Portanto, pregar o fim da exploração das vacas não seria igual a defender a sua extinção, realisticamente falando?
O PETA tem mais inimigos que amigos, e é altamente criticado por fazer campanhas de mau gosto, como, por exemplo, promover anúncios de estrelas de cinema seminuas que viraram vegetarianas, o que também equivale a vender carne. Afinal, movimentos de defesa dos animais não deveriam usar a propaganda machista das grandes corporações pra se divulgar. Muita gente condena o PETA por entregar panfletos chocantes pra crianças na porta de escolas, e por algumas táticas de guerrilha um tanto exageradas. Uma vez manifestantes jogaram uma raposa morta no prato da editora da Vogue (aquela megera que foi retratada em O Diabo Veste Prada). E a campanha que o PETA fez comparando animais em jaulas com judeus nos campos de concentração levantou muita polêmica. O slogan dizia: “Pros animais, todo humano é um nazista”. Mas só assim o PETA consegue espaço na mídia. E só conseguindo esse espaço dá pra reverter algumas atrocidades. Se não fosse o PETA e outras associações, as companhias automobilísticas ainda estariam usando animais nos seus testes de impacto (a GM usou animais nos crash tests até metade da década de 80!). O PETA tem o costume de infiltrar voluntários em matadouros, laboratórios e circos e filmar os abusos cometidos contra os bichinhos indefesos. É incrível como pessoas em posição de poder podem ser tão cruéis. Essa gente não se contenta apenas em matar animais. Precisa torturá-los antes.
Outra coisa que o PETA faz seria muito bem-vinda na minha vizinhança em Joinville: ele vai a várias casas que têm cães e tenta falar com os donos sobre bichos subnutridos, presos em correntes, sem chances de locomoção, sofrendo maus-tratos... Francamente, não entendo por que algumas pessoas têm animais de estimação, se é pra tratá-los mal ou ignorá-los. Parece que nos EUA entre 3 e 4 milhões de cães e gatos são mortos todo ano. A culpa é obviamente dos humanos, que não castram seus bichos (e tem que castrar levando ao veterinário! Não vale castrar com “curandeiros”, sem anestesia, como já vi meus vizinhos fazerem), os deixam soltos pelas ruas, não cuidam direito deles. E isso que cães e gatos são animais privilegiados, se comparados aos outros. Esses são considerados nossos amigos. Sabemos bem o que fazemos com os menos queridos...
Pra mim também é duro compreender como as pessoas continuam comprando cães e gatos em criadores e pet shops ao invés de adotar um bichinho carente. É só por status mesmo? Mas sabe uma das críticas que o PETA mais recebe? É aquela antiga: “Como vocês podem se preocupar com animais quando há tantas crianças sofrendo?”. Essa crítica pode ser usada pra tudo. É só substituir “animais” por outro item. Dá pra substituir o “crianças sofrendo” por qualquer outra causa que o interlocutor julgar mais nobre. E o legal é que quem faz essas críticas geralmente não move uma palha pelas crianças. Apenas é contra alguém querer ajudar os bichinhos.




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