O cabo Leda Júnior e os soldados Anderson Araújo e Regídio, ambos do 1º Batalhão de Choque da Polícia Militar, foram presos em Itacoatiara na madrugada desta sexta-feira (4), após atirarem contra uma guarnição do 2º Batalhão da PM no município. Segundo testemunhas, o trio estava bêbado e causando confusão em um bar. Eles tinham ido à cidade para trabalhar na Operação Fecani 2015.
O comandante da operação, tenente-coronel José Neto, explicou que houve dificuldade para deter os policiais. ?Foi necessário uma ação enérgica com eles porque eles não queriam deixar o bar. Foi preciso algemá-los?, contou, revelando que eles vão ser investigados por tentativa de homicídio e desacato a militar, respectivamente.
Um cinegrafista amador filmou o momento em que a viatura chegou ao local e abordou um homem. No vídeo, pouco tempo depois, é possível ouvir 11 tiros. Segundo testemunhas, os disparos foram feitos pelo cabo contra a equipe de policiais que estava de serviço.
A informação foi confirmada pela comandante da operação. ?Isso não é aceitável dentro da corporação. Não compactuamos com isso e por esse motivo, os três policiais foram presos em flagrante e vão responder pelo crime militar, pois houve um desvio de conduta?, disse.
Felizmente, ninguém ficou ferido, houve apenas danos na viatura, que ficou com os vidros quebrados. Os policiais vão ser transferidos para o Batalhão de Guarda, em Manaus. No presídio eles ficarão à disposição da Justiça Militar, além de responder a um Procedimento Administrativo Disciplinar interno na Instituição. Outro procedimento administrativo também deve ser aberto pela Corregedoria-Geral da Secretaria de Segurança Pública.
Em nota, o Comando-Geral da PM informou que os PMs do 1º Batalhão de Choque envolvidos na ocorrência foram autuados em flagrante pela Diretoria de Justiça e Disciplina da Policia Militar (DJD) no município e serão recolhidos ao Núcleo de Presídio Militar, em Manaus.
Para o Comandante-Geral da PM, o comportamento do cabo e dos soldados não representa o pensamento da PM e considerou o episódio como atípico. ?É um caso atípico dentro da corporação e eles vão ser responsabilizados administrativamente por isso?, ressaltou Gouvêa.
Ainda segundo ele, os policias envolvidos na ocorrência não possuem um histórico de má conduta. ?Pelo contrário, eles têm uma conduta reta nas suas funções?, finalizou o comandante.