Reservatórios polivalentes - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE
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Reservatórios polivalentes - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE


CORREIO BRAZILIENSE - 07/08
Nos últimos anos, os períodos de estiagem têm se repetido, alguns bem extensos, causando preocupação ao governo quanto à capacidade dos reservatórios para a geração de energia. Por isso, o Comitê Brasileiro de Barragens (CBDB) quer estimular debate técnico sobre a importância do uso múltiplo dos estoques de água das usinas hidrelétricas. O presidente do organismo, Erton Carvalho, defende o uso do sistema de regularização de reservatórios com capacidade para estocagem de água nas fases chuvosas visando à utilização durante a seca.
Os reservatórios das usinas brasileiras têm sido usados também para projetos de irrigação, como ocorre na Bacia do São Francisco, que permitiu, por exemplo, o desenvolvimento da produção de frutas na região de Petrolina (PE) e Juazeiro (BA). Nas cabeceiras do Velho Chico há manutenção de uma vazão mínima para melhorar as condições de navegação. "No momento em que há água armazenada, há energia acumulada. Água que pode atender outras finalidades, como o abastecimento à população", observa Carvalho.

Depois de 2007, com o surgimento de exigências ambientais mais rigorosas, não estão sendo feitas mais no Brasil usinas hidrelétricas com reservatórios de regularização. Em outras palavras: as usinas que fazem barragens para gerar energia estão trabalhando condicionadas ao tempo. Como a barragem não acumula água, a hidrelétrica gera à medida que o rio contribui - na cheia, gera mais; na seca, gera muito pouco, porque não há reserva hídrica.

O comitê considera que a política imposta pelas restrições ambientais deve ser reavaliada. A poluição é outro problema. Segundo os técnicos, o impacto ambiental é muito mais severo nas térmicas que utilizam combustíveis fósseis porque emitem gases de efeito estufa em quantidades consideráveis. Eles recomendam à sociedade que discuta o tema com profundidade. A energia eólica (gerada pelos ventos) é importante para a matriz energética brasileira e não deve ser descartada. Porém, não entra na base do sistema porque a produção não é constante, sendo apenas complemento à energia hidráulica.

O setor elétrico brasileiro tem um dos maiores sistemas interligados do mundo, com 12 mil quilômetros de linhas de alta tensão, acima de 230 quilovolts (kV), que interliga o sistema e permite o uso otimizado dos reservatórios de todo o país. O comitê barragens defende que isso só pode ser feito com o uso dos reservatórios que "estocam água, isto é, estocam energia", permitindo que ela possa ser transportada pelo sistema. Portanto, urge um debate técnico amplo sobre a importância do uso múltiplo dos reservatórios das usinas hidrelétricas do país. Afinal, os períodos de estiagem estão cada vez mais longos e preocupantes.




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