Por José Reinaldo Carvalho, no site Vermelho:O presidente da Síria Bashar al-Assad venceu as eleições com quase 90% dos votos. Um resultado contundente.
O Portal Vermelho, coerente com seu internacionalismo, anti-imperialismo e postura solidária com os povos e nações que lutam para consolidar sua independência e autodeterminação - componentes essenciais da linha editorial - brindou os seus leitores com informações e opiniões sobre os acontecimentos no país levantino. Algumas informações foram exclusivas, porquanto nos valemos da colaboração de dois brasileiros que lá se encontram como membros da delegação de observadores internacionais – a ex-deputada federal Socorro Gomes, presidenta do Conselho Mundial da Paz, e Marcos Tenório, diretor do Cebrapaz.
O simples fato de a eleição presidencial ter sido realizada, a participação maciça e o resultado contundente constituem uma rotunda derrota das potências imperialistas ocidentais, principalmente Estados Unidos, França e Reino Unido, do Estado sionista israelense, da Turquia, das monarquias reacionárias regionais e das forças internas que desencadearam o conflito há três anos, no qual perderam a vida centena e meia de milhar de pessoas e o país sofreu enormes danos materiais.
A derrota dessas forças sobressai ainda mais, porquanto não reconhecem a legitimidade do processo eleitoral – contrariando toda a lógica e a força inexorável dos fatos. As potências imperialistas agiram não apenas contra a realização das eleições, mas contra todas as legítimas démarches diplomáticas do governo sírio, sabotando a solução do conflito no âmbito da Conferência de Genebra 2.
Por óbvio, num país dilacerado por um conflito interno fabricado a partir do intervencionismo de potências internacionais, não poderia ser absolutamente normal o processo eleitoral. Existem áreas controladas militarmente por grupos armados, e tiros de morteiros e metralhadoras podiam ser ouvidos do centro de Damasco no dia da votação. Mas ao contrário do ponto de vista difundido pelos inimigos da Síria pelos meios de comunicação, isto valoriza ainda mais a vitória do povo resistente e do governo legítimo. Como atestou a delegação de observadores internacionais, foram eleições livres e democráticas, transparentes e plurais.
Malgrado a decisão do imperialismo de derrocar o governo do presidente Assad, a eleição presidencial da última terça-feira (3) inaugura uma nova etapa na história da Síria. O país começa um novo ciclo político, uma caminhada para restabelecer a segurança, a reconstrução e promover a reconciliação nacional.
Orgulho nacional e dignidade são os sentimentos prevalecentes na Síria a partir da divulgação dos resultados. Sentimento de vitória da Resistência nacional. Visto em seu conjunto, o processo político de que fez parte a eleição presidencial mostra a persistência do povo sírio, sua capacidade para enfrentar o terrorismo e a intervenção estrangeira, renovar a esperança e pôr em movimento a reserva de força e energia que possui para a normalização da vida e a reconstrução nacional.
O povo sírio enviou uma mensagem a todo o mundo de que tem instituições credíveis e influência internacional, ao mobilizar aliados e apoios, malgrado a ação deletéria das potências imperialistas. Tornou-se evidente que não aceita que seu futuro seja estabelecido e condicionado pelos interesses hegemônicos de domínio geopolítico, mas a partir dos seus próprios critérios nacionais, em que a soberania e a autodeterminação são valores inegociáveis.
O povo sírio envia também ao mundo a mensagem de que está disposto a resistir e lutar, terreno em que alcançou insofismáveis vitórias. O êxito militar das ações do Exército Árabe Sírio na guerra contra o terrorismo, somado às vitórias no plano diplomático, contribuíram diretamente para o êxito das eleições.
A realização da eleição presidencial na Síria e a reeleição do presidente Assad são recebidas com sentimento de júbilo pelos verdadeiros amigos do povo sírio no mundo. É um triunfo da Resistência sobre o imperialismo.
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Enquanto isso, em Bruxelas, onde têm sede a União Europeia e a Otan, as potências decadentes do chamado G-7 se reúnem nesta quarta-feira (4), para debater sobre a crise na Ucrânia e as medidas a adotar contra a Rússia.
Os fatos se encarregam de mostrar quem defende e pratica a democracia e a paz e quem fabrica cenários propícios ao terrorismo e à guerra.
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