Por Altamiro BorgesOs paulistanos viveram mais uma noite infernal nesta sexta-feira (7). Ao retornarem às suas casas após cansativas jornadas de trabalho, eles tiveram que enfrentar nova pane no sistema de transporte de São Paulo. Duas falhas simultâneas na CPTM (Companhia Paulista de Trens Metropolitanos) e no Metrô superlotaram as estações e geraram protestos dos usuários.
Falhas simultâneas e filas gigantescasSegundo informa o UOL, “na linha 12-safira da CPTM, o defeito ocorreu às 17h50, quando o trem estava entre as estações Brás e Tatuapé. Como o trem demorou a funcionar, muitos passageiros se irritaram e decidiram caminhar ao longo da via férrea até a estação Tatuapé... No Metrô, o problema ocorreu na estação Barra Funda, na linha 3-vermelha” e afetou todo o sistema.
Os trens e as estações, que já vivem superlotados, pareciam depósitos de seres humanos, conforme denunciaram vários usuários pelo twitter. Na estação do Metrô do Anhangabaú, no centro da capital, as filas chegaram até a rua. Para piorar o quadro, ainda ocorreu uma terceira falha na linha 9-esmeralda da CPTM, quando um trem parou na estação Berrini, na zona sul.
Panes no sistema já viraram rotinaO caos no sistema de transporte já virou rotina em São Paulo. No início desta semana, duas panes atingiram a linha 4-amarela do Metrô, provocando superlotação, atrasos e longas filas. No meio da semana, na quarta-feira, um trem parou na estação Paulista e causou novos transtornos. A empresa “privada” que administra a linha, a Via Quatro, paralisou o sistema, “temendo tumultos”.
O temor da concessionária é justificável. O clima de bronca é visível nos rostos dos usuários, tratados como gado – uma fagulha pode desencadear explosões de revolta popular. O maior culpado pelo caos no sistema, que dificulta a mobilidade urbana, é dos governos tucanos. O PSDB hegemoniza o estado há quase 20 anos e nunca tratou o transporte público como questão estratégica.
Publicidade e explosão da revoltaA ausência de planejamento e investimentos no setor é reconhecida até por técnicos e integrantes do próprio governo. De nada vai adiantar a bilionária campanha publicitária sobre o “paraíso” dos transportes em São Paulo quando a galera resolver chutar o pau da barraca. A paciência dos paulistanos está se esgotando!
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