Senhor do Universo
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Rodrigo Constantino, para o Instituto Liberal

Sexta-feira, dia de discurso de Ben Bernanke em Jackson Hole. O mundo todo aguarda ansiosamente o que o presidente do Fed irá dizer. Há cerca de um ano, foi neste mesmo evento, lá onde Judas perdeu as botas, que o barbudinho sinalizou sua segunda rodada de estímulos monetários. Os mercados vibraram eufóricos, jogando o preço dos ativos para a Lua. As bolsas dispararam, assim como as commodities. Todos ficaram felizes.

É verdade que, passado algum tempo, a espuma cedeu e quase toda a alta foi revertida. A injeção de liquidez serviu apenas para aumentar a inflação e criar uma bolha no ouro, ativo cuja oferta não depende do bel prazer de um homem. Mas isso não importa: muitos querem uma terceira rodada de liquidez, o QE3. “No longo prazo estaremos todos mortos”, ensinou Keynes. Carpe diem! É preciso fazer a roda girar. O rabo tem que balançar o cachorro.

O prêmio Nobel Paul Krugman quer até gastos contra a hipotética invasão alienígena para aquecer a economia e gerar empregos. Um terremoto talvez não seja má idéia, pois a reconstrução cria empregos. E tudo isso, claro, alimentado pelas novas notas de dólar criadas do nada pelas fantásticas impressoras do Fed. Bernanke é o homem que controla o botão da impressora. Ele é o Todo-Poderoso num mundo dominado pela mentalidade hedonista, que confunde papel-moeda com riqueza.

E assim chegamos ao ponto máximo de insanidade, em que todos abandonam suas tarefas para acompanhar a decisão de um acadêmico que jamais trabalhou na economia real. Alguns o enxergam como uma espécie de He-Man, o senhor do universo com poderes mágicos e força hercúlea para nos livrar do perigo. Já eu, em linha com meus colegas “austríacos”, vejo-o apenas como um fornecedor de drogas para viciados, que está destruindo o organismo destes de forma fatal. É este o herói do mundo moderno? Então pare o mundo que eu quero descer!




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