Geral
Toma lá dá cá e Dilmalalá - DAVID FRIEDLANDER
FOLHA DE SP - 17/01
SÃO PAULO - Que tal dar um ministério de R$ 8,5 bilhões (Integração Nacional) ao PTB em troca de 39 segundos a mais na propaganda eleitoral de TV? Ou manter a pasta das Cidades (orçamento de R$ 24 bi) com o PP para ganhar um minuto e 18 segundos? O PMDB já tem cinco ministérios, mas quer mais um. Tem dois minutos e 18 segundos para oferecer. E, claro, ainda há o recém-criado Pros com seus importantíssimos 21 segundos no horário eleitoral.
Em essência, esse é o jogo na reforma ministerial que a presidente Dilma negocia com os políticos. Para amarrar o apoio dos partidos a seu projeto de reeleição, ela oferece parte das vagas abertas pelos ministros que vão disputar as eleições.
Tudo para ampliar o número de palanques nos Estados e, principalmente, garantir o maior tempo possível na propaganda eleitoral de rádio e TV. Os partidos, por sua vez, chantageiam porque querem verbas para liberar, usar a máquina pública a seu favor e o contato direto com fornecedores do governo, potenciais financiadores de campanha.
Melhorar a eficiência do governo ou competência para os cargos raramente entram nesse tipo de conversa. Deveriam. Uma das críticas ao trabalho de Dilma é que ela se cercou de gente que tem medo dela, diz "sim, presidenta" a tudo, e a ausência de contraponto teria contribuído para o fraco rendimento em algumas áreas.
Barganha política e loteamento de cargos são valores já arraigados na política brasileira. Apesar das provas de que essa prática explica boa parte da ineficiência e da corrupção no setor público, políticos de todos os partidos usam o toma lá dá cá para se reeleger ou fazer sucessores.
É uma pena, mas parece que pouca gente se espanta com isso. Na última campanha presidencial, vendeu-se a ideia de que Dilma era uma dessas pessoas: não gostava dos políticos, não tinha estômago para a barganha, era uma "gerentona" obcecada por gestão, cobrava resultados. Não é o que parece agora.
-
A Força Da Propaganda - Merval Pereira
O GLOBO - 12/07A maior força da campanha de reeleição da presidente Dilma acaba de ser transformada em números pelo Tribunal Superior Eleitoral(TSE), que definiu o tempo de televisão e rádio na propaganda eleitoral de cada um dos candidatos,...
-
O Vale-tudo Pelo Tempo De Tv - Editorial Zero Hora
ZERO HORA - 12/07 Com a divulgação pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) da estimativa de tempo de rádio e televisão para cada candidato à Presidência da República, fica escancarado para a população o principal motivo de alianças esdrúxulas...
-
Reforma Ministerial, Oportunidade Perdida - Editorial Gazeta Do Povo - Pr
GAZETA DO POVO - PR - 23/01 Mais uma vez, a reforma ministerial joga pela janela os critérios técnicos e obedece exclusivamente à lógica do jogo eleitoral, mantendo os tradicionais feudos partidários e trocando cargos por tempo de propaganda eleitoral...
-
Última Oportunidade - Valdo Cruz
FOLHA DE SP - 06/01 BRASÍLIA - Depois do descanso de final de ano, Dilma Rousseff volta hoje ao batente. Pela frente, toda montagem de acordos políticos para armar uma ampla aliança em torno de sua campanha pela reeleição. Entre seus aliados, muita...
-
A Aposta No “horário Eleitoral” Do Jn
Por Altamiro Borges Na disputa presidencial de 2014, as forças de oposição – a velha e a dissidente – saíram em desvantagem no horário eleitoral “gratuito” de rádio e tevê, que começa em 19 de agosto. Devido à costura de alianças mais...
Geral