Por José Dirceu, em seu blog:Uma manobra deflagrada na Assembléia Legislativa de São Paulo, onde o PT tem a maior bancada (24 deputados), mas o governo tucano do Estado dispõe de ampla maioria entre os 94 deputados com sua base aliada, poupou o deputado Bruno Covas (PSDB) de depor sobre sua denúncia de que recebeu proposta de propina e orientou o prefeito ofertante a doar o dinheiro a uma santa casa.
Bruno Covas é, também, secretário de Meio Ambiente do Estado e o pré-candidato preferido do governador Geraldo Alckmin (PSDB) à prefeitura da capital nas eleições do ano que vem. Convocado, ele deveria prestar depoimento na Comissão de Meio Ambiente da Assembléia.
Mas o presidente da comissão, deputado Beto Trícoli (PV), cancelou o depoimento com o argumento de que houve desvirtuamento. Sua justificativa é de que Bruno deveria comparecer para depor sobre meio ambiente e a oposição pretendia inquiri-lo sobre sua confissão relativa a propina.
E assim...la nave va...O rolo compressor montado pela maioria governista na Assembléia paulista possibilita aos governos tucanos continuarem a impedir quaisquer investigações de irregularidade levantadas contra eles. Já foram derrubados mais de 60 pedidos de CPIs nos últimos 20 anos em que o poder no Estado é comandado pelos tucanos.
Nesse episódio do depoimento que não houve do deputado Bruno Covas, temos apenas mais uma demonstração da hipocrisia dos tucanos. Em Brasília posam e são Catões, os virtuosos; aqui, no Estado de São Paulo, escondem seu deputado para não depor. O que ele tem a esconder? O que eles temem? Por que o tucanato tem medo do depoimento do deputado-secretário Bruno Covas?
Enquanto isso, ao mesmo tempo em que eles adotam o comportamento de avestruz diante de acusações que os atingem, as denúncias crescem e a situação política, de descalabro e escárnio, se agrava no Estado.
Deputado chama vendedores de emendas de "camelôs"Vide o outro deputado da base governistas, Roque Barbieri (PTB), que denunciou que pelo menos 30% dos deputados paulistas vendem emendas parlamentares. Em novas entrevistas, publicadas hoje, Barbiere compara seus colegas a "camelôs" vendedores de emendas.
O que salva o tucanato paulista e o governo Alckmin é o relativo silêncio da mídia. Ou melhor, sua cumplicidade, dando notícias sobre o tema de forma diferente, sem fazer as campanhas - particularmente as promovidas pelas TVs - que há apenas algumas semanas moveram contra o governo Dilma, quando de denúncias contra os ministros dos Transportes, Agricultura e Turismo.
Fica claro, repito, a total falta de pudor de nossa mídia. E, a despeito do seu esforço em poupá-los e em esconder ou minimizar seus mal feitos, quem são, de fato, os tucanos.
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