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VAMOS VOTAR EM MULHERES
Num outro post, eu falei da importância que é a gente ter muito mais mulheres na política. Só pra lembrar, o Brasil ostenta a vergonhosa 141a posição num ranking de 188 países no quesito mulheres no poder. Domingo que vem iremos às urnas, e vamos fazer um esforço para votar em candidatas de esquerda que representem a nossa luta. Hoje publico dois textos de candidatas.
É com muita satisfação que compartilhamos com as leitoras do blog feminista Escreva, Lola, Escreva as propostas da nossa candidata Silvia Ferraro, do Partido Socialista dos Trabalhadores Unificado (PSTU), para a prefeitura da cidade de Campinas, em SP. Silvia é a única candidata mulher às eleições municipais: uma candidata trabalhadora, feminista e socialista. Em Campinas, as trabalhadoras enfrentam inúmeras dificuldades. A falta de creches é um exemplo: estima-se que Campinas possui hoje 80 mil crianças em idade de educação infantil. Porém, apenas 30 mil estão matriculadas em creches, sendo a maioria destas viabilizadas por meio de Parcerias Público-Privadas, as chamadas “Naves-Mães”, que são de baixa qualidade e não asseguram o direito das trabalhadoras à vaga nessas unidades.Além disso, mesmo nestas creches ativas na cidade, existe uma fila de espera de 6.400 crianças. Outro exemplo dramático: em uma cidade com uma população de mais de 1 milhão de habitantes majoritariamente feminina, as mulheres que sofrem violência de todos os tipos contam apenas com uma Delegacia da Mulher. No ano de 2011, foram registrados inúmeros casos de estupros, o que fez com que muitas campineiras saíssem às ruas na Marcha das Vadias. O que o governo local fez? Nada. Na contramão disso, em seu programa Silvia tem destacado a importância de ampliar o sistema de proteção à mulher (como as casas abrigo), bem como punir efetivamente os agressores. Diante disso, o PSTU participa ativamente dessas iniciativas de luta das mulheres na cidade. O governo dos poderosos e corruptos incentiva a violência contra a mulher e contribui para a morte de centenas de mulheres todos os anos em virtude de abortos clandestinos (essa já está entre 2º e 3º lugar como causa das mortes maternas). Sobre isso, no primeiro semestre de 2012 teve repercussão na mídia de Campinas uma carta do Arcebispo Metropolitano aos fiéis católicos em que recomendava o voto naqueles candidatos que “defendem a vida”, o que, na concepção da Igreja, quer dizer: naqueles que não são favoráveis à descriminalização do aborto. Silvia se pronunciou:“É impressionante como a hipocrisia impera entre os candidatos. Fui a única candidata a defender a descriminalização do aborto como uma questão fundamental de saúde pública! No Brasil, são estimados 1 milhão e 400 mil abortos feitos por ano. Uma em cada mil mulheres morre em consequência das condições inadequadas. Das que sobrevivem, milhares ficam com sequelas. As mulheres que morrem são as pobres que não têm condições de pagar caríssimo em clínicas clandestinas. Devemos defender a vida das mulheres que continuam morrendo e a Igreja deve parar de ser hipócrita ao proibir o uso de preservativos e de anti-concepcionais. Devemos defender a educação sexual nas escolas, o acesso a todos os métodos contraceptivos. Anticoncepcionais para não engravidar e aborto legal e seguro para não morrer! Esta é a única posição de quem defende a vida sem hipocrisia!”O programa feminista e socialista de Silvia inclui também a luta contra a opressão aos LGBTs. Por isso, defende a criminalização da homofobia; e a distribuição de um kit anti-homofobia para combater a violência contra lésbicas, gays, bissexuais, transexuais e travestis nas escolas.O PSTU acredita que a pauta das mulheres é parte fundamental de qualquer programa que pretende enfrentar radicalmente o atual sistema, capitalista, em que a exploração de centenas de milhares de trabalhadoras alimenta todos os dias o lucro de poucos. Para nós, não é secundário falar dos temas que afligem a vida das mulheres, ao contrário, acreditamos que cada passo que se avança na luta por seus direitos é uma conquista de valor incalculável para a classe trabalhadora em geral. Uma nova sociedade não poderá surgir sem que nela as mulheres possam viver livremente, amar livremente, sonhar livremente. Aqui em Fortaleza os conservadores também estão fazendo campanha para que a população não vote em quem defende a criminalização do aborto (que é um código para valores que não ficam só nisso). Aqui eu já decidi: pra vereadora, votarei em Sonia Braga (não a que vocês estão pensando), do PT-CE (13222). Acho que mudei de ideia (vejam o PS abaixo). Em Curitiba, uma ótima opção para vereadora, além da Xênia Mello (PSOL-PR, 50069) é a Juliana (PT-PR). Ela me enviou a apresentação da fanpage dela no Facebook: "Juliana Souza, 24 anos, é assessora da Secretaria de Formação Sindical da CUT, formada em Artes Cênicas pela Faculdade de Artes do Paraná. Integrou a companhia SUBJÉTIL como atriz e produtora e sempre participou dos movimentos sociais, foi representante discente no Colegiado da faculdade, participa da direção da Juventude do Partido dos Trabalhadores no Paraná e atua nos movimentos de mulheres e LGBT. Na CUT trabalhou no projeto Formação para Formadoras, na divulgação da Lei Maria da Penha e no combate à violência contra a mulher. Atualmente desenvolve cursos de formação sindical, que resgata a história de luta e conquistas da classe trabalhadora. É locutora da Rádio Parada Lésbica nas segundas à noite, blogueira e militante das causas das Mulheres, LGBT, Cultura e Juventude".
Ela também me mandou algumas artes que faz junto com sua esposa. Tudo é feito por elas, já que "a campanha é jovem, feminista, LGBT e sem verbas". Ela também tem um blog. E vocês, já têm suas candidatas? P.S.: Que horror, gente! Estava falando com uma leitora no twitter e ela me disse que foi a um site tentar encontrar uma candidata com seu perfil, e o site recomendou Isabel Carneiro (PSOL-CE, 50555). A leitora me perguntou se eu já tinha ouvido falar nela, e eu respondi que o nome me soava familiar. Dã! É claro que o nome é familiar! Eu a conheci ontem, no debate sobre aborto! Ela é bem novinha, totalmente feminista, e fala super bem. Não sabia que ela era candidata. Meu voto pra vereadora é dela.
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