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Visão da Semana
Teórica Investimentos
Visão da Semana (de 20 de maio a 27 de maio).
Enfatizamos novamente nosso viés otimista com a economia mundial e, consequentemente, com os ativos de risco. Em especial, vale destacar nossa visão positiva para os ativos de renda variável no Brasil, que parecem ter boa assimetria favorável, dado o excesso de pessimismo. Não se constitui um cenário de curto prazo, mas acreditamos que o mercado acionário brasileiro se apresenta com bom potencial de valorização e boa relação entre risco e retorno.
Como temos repetido, a economia mundial pode surpreender positivamente o consenso pessimista atual dos participantes de mercado. Resumidamente, acreditamos que os três principais vetores de crescimento da economia mundial, EUA, Europa e China podem surpreender positivamente, mostrando algum crescimento melhor do que o esperado pelos participantes do mercado. A Europa pode deixar de ser uma draga para o crescimento global. O setor privado norte-americano vem mostrando elevado grau de resistência, alta capacidade de investimento e gordura de caixa para entrar num período de maior tomada de risco. O ajuste fiscal do setor público também vem surpreendendo positivamente. Uma queda mais rápida do déficit, acelerando o processo de desalavancagem, pode abrir espaço para o setor privado se antecipar e buscar novas oportunidades de crescimento. Na China, apesar de não acreditarmos em surpresas excessivamente positivas, temos uma visão muito saudável sobre o processo de reequilíbrio da economia. Acreditamos que a mudança de perfil do crescimento chinês está sendo bem administrada pelo governo. As reformas estruturais e a desaceleração dos investimentos em infraestrutura estão acontecendo, o que será positivo para o crescimento da China e do mundo no médio e longo prazo, apesar de um crescimento menos vigoroso no curto prazo.
Apesar dos dados sobre os fundamentos econômicos começarem a mostrar um ambiente mais saudável, as taxas de inflação ao redor do mundo permanecem abaixo dos objetivos dos bancos centrais, justificando a manutenção das políticas monetárias em modo expansionistas. Nesse ambiente de recuperação e continuidade da liquidez e juros baixos, os investimentos nas economias emergentes, em especial nos BRICs, que passam por um momento de questionamento sobre a relação entre risco e retorno, podem voltar ao foco de interesse dos tomadores de risco. Todavia, apesar do nosso maior otimismo sobre a economia global, o lado doméstico continua sendo o ponto mais desanimador do nosso ambiente de investimento.
O ambiente de liquidez global abundante conseguiu evitar eventos de cauda e comprar tempo para o desenrolar do processo de desalavancagem global. Acreditamos que importantes reformas e relevante diminuição de endividamento estão acontecendo. Numa velocidade mais lenta do que gostaríamos, mas é inegável que elas estão acontecendo. Os fundamentos da economia mundial estão mais sólidos hoje apesar dos preços dos ativos domésticos não precificarem essa melhora.
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