Pouco mais de um mês após o escândalo de que a Volkswagen tinha programados seus carros para "mentir" nos testes de inspeção veicular sobre o quanto eles emitiam de poluentes na atmosfera, a empresa alemã informou que o problema é ainda mais amplo. Segundo a Volkswagen, uma investigação interna mostrou que os veículos também estão "mentindo" sobre a emissão de CO2 de seus carros.
Para quem não acompanhou o escândalo, um resumo. No dia 17 de setembro, a EPA (o equivalente ao Ibama dos Estados Unidos) descobriu que a VW estava vendendo carros com um algoritmo instalado no computador central do carro. Esse software consegue diferenciar quando o carro está andando normalmente ou quando ele está sendo testado em uma inspeção veicular. Assim, durante as inspeções, o sistema muda o desempenho do motor, fazendo ele mostrar para as autoridades que polui pouco. Em outras palavras, uma trapaça para que carros poluentes possam passar no controle de qualidade.
Os poluentes em questão nesses testes eram os óxidos de nitrogênio, que causam sérios problemas à saúde, especialmente pulmonares, e são responsáveis pela chuva ácida. Nos testes, os carros da Volkswagen mostravam um desempenho correto. Nas estradas, os carros emitiam entre 10 e 40 vezes mais poluentes. A empresa admitiu que esse sistema estava instalado em 11 milhões de carros. O escândalo fez as ações da empresa despencarem e levou à renúncia do CEO Martin Winterkorn.
Nesta quarta-feira (4), o escândalo piorou. A Volkswagen anunciou que encontrou "inconsistências" nas emissões de CO2 em 800 mil carros da empresa. A trapaça, que inicialmente envolvia apenas carros a diesel, agora se espalha também para carros a gasolina. "Durante o curso de investigações internas, inconsistências não explicadas foram encontradas nos níveis de CO2", disse a empresa, em nota.
A notícia de que 800 mil carros estavam mentindo sobre o quanto emitem de CO2 é um forte baque para os esforços mundiais na redução de emissões. O CO2 é um gás que absorve calor na atmosfera e, desta forma, amplifica os efeitos do aquecimento global. Além disso, é mais difícil de controlar. As emissão de óxidos de nitrogênio podem ser reduzidas com o uso de filtros. As de CO2 não. Toda essa fumaça vai diretamente para o ar que respiramos.
O novo escândalo também deve ter um forte impacto econômico para a empresa. As emissões de CO2 estão relacionadas com o consumo de combustível do veículo. Se ele emite mais, consome mais combustível. Logo, consumidores podem ter sido enganados sobre o desempenho e economia do carro. Além disso, diversos países baseiam as taxas sobre veículos de acordo com o consumo de combustível do motor. Ou seja, motoristas de carros da VW podem ser forçados a pagar mais imposto. A expectativa da empresa é de que o problema resulte em um prejuízo de 2 bilhões de euros.
Desde o início do escândalo, em setembro, a VW já perdeu um quarto de seu valor em ações na bolsa.
fonte:http://epoca.globo.com/colunas-e-blogs/blog-do-planeta/noticia/2015/11/volkswagen-admite-nova-fraude-nos-poluentes-de-seus-carros-agora-com-co2.html
A empresa alemã Volkswagen vai publicar nesta sexta-feira (25) uma lista dos veículos afetados pela manipulação de gases poluentes em motores a diesel, informou hoje (24) um porta-voz da empresa citado pela agência EFE. Até agora, a Volkswagen...
...
A Volkswagen confirmou que 17.057 picapes Amarok modelos 2011 e 2012 vendidas no Brasil estão equipadas com o software da unidade de comando do motor que frauda os resultados de emissões de poluentes dos veículos (especialmente...
Poucas empresas no mundo possuem uma reputação tão sólida quanto a Volkswagen. Desde que o primeiro Fusca foi lançado, as palavras robustez e eficiência sempre foram associadas aos carros fabricados pela empresa. A credibilidade ilibada ajudou...
Por Altamiro Borges No mundo inteiro, o escândalo envolvendo a multinacional alemã Volkswagen, que fraudou milhões de carros com falsos dispositivos antipoluentes, segue repercutindo na imprensa e gerando processos na Justiça. No Brasil, porém,...