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"Apesar de você"
Como eu estou completamente fudida no prazo de entrega dessa infindavel monografia e não ando com tempo nem de me coçar, vou enrolar descaradamente vocês, meus queridos leitores, com um post feito em um oooutro blog que mantenho oculto.
O tema é o meu preferido: Camilo. O contexto: Luci depois do fim de um namoro longo resolve sair no sabado. Afinal, sabado à noite tudo pode mudar. Ou não?
Eh um. Eh dois. Eh um, dois, três e...
Como foi? Foi assim... Anh? Certo, em detalhes. Pra você se lembrar no futuro exatamente como foi, Luci. Caso a tua fraca memória resolva, você sabe... te abandonar de vez. Ela tem ameaçado, não?
A horrível sexta-feira 13 tinha passado. Eu queria morrer e os meus pensamentos insistiam nisso. É noite. Eu enxugo as lágrimas e começo a me arrumar - depois de uns amigos terem me adotado. Me sinto como uma personagem gorda, feia e loser de um filme americano e recomeço o choro. Olho pra roupa e choro, olho pro rosto e choro, sento na cama e choro, enxugo as lágrimas e saio.
Lá, sento numa mesa com Toni. Ansiosa e estranha, converso. Eliza já vem e trará dois amigos: Osvaldo e Camila. Quando chegam, descubro que Camila é homem e que é aquele francês, aquele que Monique tanto falava, do Hospitality Club... Sei sei. Porra de francês!
Eu bebo, falo, rio e faço rir. Conversamos a noite inteira. Camilo me observa mudo, com um sorrisinho indecifrável. Eu amuo. Ele vai conversar com o que parece ser uma nova amiga. Ele chupa o que parece ser a língua dela. Oh... Eu amuo. Nem sei porque. Acho que é o costume...
- Quer dormir lá em casa?
- Quero...
Em 20 minutos estamos na casa de Eliza. O francês, que estava se hospedando na casa dela, chegaria mais tarde. A noite deve ter sido boa. Mas eu não pensei sobre, eu estava egoistamente infeliz naquela noite pra perceber isso.
Acordei ainda mais feia, mas menos triste. Procuro e acho Eliza na cozinha. E, ao me voltar, me deparo com o francês que começa a ter nome. "Oi, Camilo". E me impressiono com minha impressão sobre ele. Esse menino fica mais bonito de manhã! Interessante...
O constrangimento confina a nós dois naquela minúscula sala, mas só eu percebo isso. Procuro um CD mágico que possa quebrar o clima e acho um de Django. (...) Django é como uma vida nova dentro de mim, mesmo quando eu estou menstruadíssima. Django é não sentir a menor vergonha dessa minha última frase. Django me leva à vida que eu queria ter. E aquele Django, oh, meu deus, era do fr... Camilo. Ponto pra ele!
Eu sento no sofá verde, ele senta na mesinha azul, assim, desavergonhadamente de frente pra mim. Eu costumo me surpreender quando percebo que há pessoas que simplesmente não se importam. Eu falo de timidez. Elas não são! É estranho... Porque pra mim parece óbvio, mas... deixa pra lá.
De alguma forma ele já estava tentando me convencer de que estávamos no fim do bairro, quando eu nunca havia dado importância a isso. Ele pega o mapa e senta do meu lado. Eu suo levemente. Ah, eu também disse que, quando o inverno chegasse... "Mas é inverno". Ah, claro, eu sei. É verdade. Meu nervosismo fazia as estações mudarem. Fantástico!
E ali ficamos. Ele, com aquele sotaque inspirador de masturbações, e eu, com aquela angústia que paria lágrimas. Antes do almoço, Eliza comenta em particular que notou tudo, hein! No sofá, sua safada! E eu rio mais de nervoso do que de vergonha. E acho engraçado como um comentário poderia exercer tanto poder sobre mim, porque, a partir dali, tive certeza de que queria aquele maldito menino. E adivinha só!
Tá bom, pode ir fazer xixi (...)
A tarde era o tempo reservado para uma reunião entre amigos universitários que iriam discutir... assuntos universitários. Fomos todos juntos e felizes à casa de um tal de Bigode. Juntos e felizes começamos uma bebedeira que terminou em três mortos e uma ferida. A minha, no caso. No meio da noite, a amiga de língua grande que mostrou a Camilo no outro dia o quanto somos hospitaleiros, o chamou pra outro lugar e, como bom cavalheiro, ele foi. Filho da puta.
Horas entediantes se passaram até a hora de voltar pra casa (de Eliza). Encontramos o francês de cueca no meio da casa se preparando pra dormir. Era quase meia-noite, mas ainda jogamos uma partidinha chata de cartas. Eliza vai dormir, um amigo que viera praquela noite, também. Eu decido fumar um cigarro no sofá verde, sabendo que aquela era a chance de ver um possível interesse de Camilo em... fumar.
Fumamos. E conversamos sobre nossos cachorros e sobre a política educacional do Brasil. Que chatice. E chegamos a uma hora da manhã. E depois passamos das duas. E fumávamos e conversávamos, mas às três horas o sono queria ser mais forte.
Camilo encostou a cabeça no sofá e fechou os olhos. Não! Eu fui encostando minha cabeça, mas tirei e... voltei a tentar encostar, mas... tirei e, mesmo com a garganta querendo expulsar o coração, eu consegui encostar a minha cabeça no ombro dele. E experimentei os séculos silenciosos que se passaram naqueles segundos e, mesmo sabendo que o estômago era frágil, acariciei o braço dele. E já não sabia o que fazer, quando ele se voltou pra mim decidido e... adivinha só! No domingo fazemos oito meses de namoro. Com direito a planos pro futuro e tudo mais. Tá bonito.
Não imaginava onde iriam dar esses "planos pro futuro". Mas agora, atualizando: em dez dias, dois anos. So não continua bonito... agora é lindo! Lindo!
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