A minha primeira vez
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A minha primeira vez


Continuando os posts das sensações dos ultimos tempos...

Essas semanas têm sido bem cheias pra mim. Antes, mesmo quando eu ainda escrevia a monografia, eu passava o dia inteiro na frente do computador, cheia de tédio. Agora tenho pensado no quanto minha vida mudou nesses ultimos tempos. Acordo cedo, almoço fora, e vou dormir pesadamente cansada. Pelos meus calculos ridiculos, devo pedalar mais de uma hora por dia, ja que minha nova casa fica beirando o mapa e ta quaaase fora da cidade. Mas as celulites ainda não entenderam que eu ando fazendo muito exercicio: continuam firmes e fortes, ao contrario das minhas carnes.

Pra completar, nos mudamos na ultima quarta-feira. E passei uns três dias trabalhando na mudança. Provavelmente eu ja disse isso neste blog, mas vou dizer de novo: a casa é o maximo! E ainda ganhamos o maior quarto da casa à base do "pedra, papel e tesoura". Papel pra mim, pedra pra Co. Foi emocionante. So não estou escrevendo com maior emoção por estar um pouco bêbada-cansada.

A pressa tem sido grande. Como a casa estah longe de tudo, tenho que pedalar muito pra chegar em qualquer lugar. Dessa forma, como o horario entre uma faxina e outra é apertado, meu horario de almoço dura 15 min, 20min, 30min. Essa pressa me fez cometer minha primeira infração em terras francesas. La estava eu, feliz da vida (apressada pra caralho) andando pela Saxe Gambetta (para os pessoenses, um tipo de Epitacio Pessoa). Um trafego do caralho, muita gente na rua, carros parados, hora do rush e eu la, cuidadosamente passando pelo sinal vermelho. Ando dois metros e um policial careca pula na minha frente. Faz sinal pra que eu encoste. "Merda".

"Sua identidade, por favor". Eu sabia que não tinha porra nenhuma comigo, mas eu tampouco sabia o que fazer, a não ser procurar pelo passaporte que, eu sabia, estava em casa. Enquanto isso, o policial explicava que eu passei pelo sinal vermelho. Uau, sério? Nem notei. Eh que, no Brasil, o sinal fechado fica azul, seu moço. Não? Ok. "Errr... Mon passeporte est chez moi..." Ai fudeu. Quando ele sacou que eu era estrangeira, começou com um "aqui na França se respeitam as leis". Pfff... Mas e eu la, escutando caladinha. Como eu não reagia, ele começou a dizer que eu teria que ir à "delegacia" pra fazer a verificação da minha identidade. Como eu não reagia, ele disse que eu passaria 4h la nesse processo. Ai eu reagi.

Gente, pra uma pessoa apressada como eu, o fato de passar 4h "presa" à burocracia babaca francesa era pior que a multa de 135€ que eu teria de pagar. Porque, na verdade, eu não consegui identificar em que tempo verbal ele me ameaçava. Não sei ainda se ele disse que eu tinha que pagar naquele momento a quantia, ou se eu iria ser multada numa segunda vez. De qualquer forma, até aquele momento, nossa conta bancaria ainda estava no vermelho e tudo o que eu não queria, era chegar pra Camilo e dizer que eu fui multada em mais de 100€. Então, lancei minha "tatica:" comecei a pedir pra ele falar mais calmamente (dando uma de doida, com o se eu não tivesse entendendo nada), interrompi o careca duas vezes pedindo pra ele repetir e fiz uma cara de choro (essa, sem precisar me esforçar). Eu esperava que, dessa forma, ele se cansasse de mim e tivesse vontade de mandar pastar essa porra de estrangeira nojenta que vem ao meu pais quebrar nossas leis. E foi isso que ele fez. Eu ainda disse que nunca mais iria fazer aquilo novamente e escutei, com muito odio no coração, ele dizer "é, eu sei que não". Fela!






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