ALGUNS ESCLARECIMENTOS DA GROSSA AQUI
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ALGUNS ESCLARECIMENTOS DA GROSSA AQUI


Ai, ai, gente, alguns comentários me cansam... Eu posso falar isso no meu blog ou a democracia e liberdade de expressão só valem pra quem discorda de mim? Isso ia ser um mero comentário, mas ficou tão grande que virou post.
Acho incrível que eu tenha que explicar uma coisa tão simples, mas tentem reparar como acontece uma interação: 1) eu escrevo alguma coisa, assim como outros blogueiros escrevem outras coisas. É o meu blog, então escrevo o que tenho vontade. Não gosto de ser pautada. Inúmeras vezes atendo a pedidos de leitoras, mas eu não sou burra, apenas ingênua. Sei diferenciar quem vem aqui e comenta frequentemente e quem discorda educadamente (e são um monte os que discordam), de quem aparece aqui só de vez em quando, sempre com a mesma agenda (que é discordar de mim em qualquer coisa que eu falo), sempre bem agressivo (e quanto mais anônimo, mais agressivo. Por que será?). Se o assunto me parece relevante, eu escrevo sobre ele. No post que gerou este enorme comentário, uma leitora fofa, carinhosa, pediu pra que eu visse um vídeo funk chamado Surra de Bunda, e sugeriu que eu talvez escrevesse sobre ele. Putz, não dá. Não tenho a menor gana de escrever sobre o vídeo. Já foi uma tortura ver metade do vídeo. O que eu escreveria seria óbvio demais. Não teria nada a acrescentar: acho lamentável, só isso. Mas volta e meia aparecem leitores exigindo que eu escreva sobre coisas ocorridas quatro, cinco anos atrás. Eu já escrevi sobre o mensalão (dica: digite o que você procura na busca lá em cima, à esquerda. Costuma dar certo). O mensalão certamente não é meu assunto preferido. Deve ser o do Tio Rei. Não é o de gente que pensa que o PT tem a melhor proposta de governo. Assim como, imagino, tucano não deve escrever com muita frequência sobre o Apagão ou a compra de votos pra reeleição ou a cratera do metrô...
2) Então, eu escrevo algo. Alguém decide comentar alguma coisa nos comentários. Quando eu e você abrimos a boca para dar nossa opinião, estamos sujeitos a críticas. Tem gente que concorda com o que escrevemos, tem gente que discorda. Simples assim. A minha caixa de comentários está aberta a todos, ao contrário de caixas de comentários de blogs de direita, que deletam comentários discordantes. Aqui eu deletei no começo uns cinco comentários que achei agressivos demais de um escroque (sinto-me à vontade para insultar trolls) como o Oliveira (coisas do nível “Pena que sua mãe não fez um aborto quando estava grávida"). Ele foi o único que já deletei. Com o tempo, desisti. Ninguém o leva a sério mesmo. Dá mais trabalho deletar um comentário do que ignorá-lo. Mas voltando, tem gente que pode querer comentar o seu comentário, ok? E se essa pessoa discorda do que você escreveu, ela não está necessariamente sendo agressiva. Eu até gostaria de responder cada comentário (como fiz no primeiro ano e meio do blog), mas é impossível, não tenho tempo. Felizmente, rolam uns excelentes debates por aqui, mesmo sem a minha presença (ou talvez por causa da minha ausência).
3) Alguém comenta o seu comentário. Pode concordar, dizendo “É isso aí!”; pode discordar, apontando contradições, pode apenas acrescentar algo que julga importante. Se você considera a resposta ao seu comentário agressiva, deixe um outro comentário, ué. Mas não fique se fazendo de vítima, dizendo “eu fui agredido(a) ao discordar da Lola”. Sinceramente, eu estou me fazendo de vítima agora? Não que eu saiba. Estou explicando, com o máximo de paciência, como funciona uma interação.
E acho estranho que comentaristas agressivos, como a Marciane, creiam ser o máximo em matéria de educação. A Marciane vem aqui com frequência, bate em quem quiser, e quando alguém lhe responde mais rispidamente (digamos, no mesmo tom de voz), ela se queixa da falta de educação alheia.
Claro, podem dizer o mesmo de mim. Mas eu realmente gostaria de saber como eu insulto, ofendo, e xingo (eu, xingar! Eu que não falo palavrão!), principalmente já que respondo tão poucos comentários. Tipo, o penúltimo post. Quem eu chamei de troll? O Oliveira! O Oliveira não é um troll? Sério mesmo? Repito pela milésima vez: troll, pra mim, é quem é mal-educado, agressivo, quem comenta coisas que não têm nada a ver com o post, e que faz tudo isso insistentemente. É a frequência que define um troll. Portanto, eu repito sempre que, até agora, em quase dois anos e meio de bloguinho, eu tive a infelicidade de ter apenas três trolls. Talvez 3,5. Teve uma leitora, esqueci o nome, que apareceu por essas bandas pra trollar, mas não ficou tanto tempo. Não considero a Marciane, por exemplo, uma troll. Nem o Renato, nem o Daniel (são esses os nomes? Nem lembro d'eles terem comentado antes, apesar d'eles adotarem um discurso de que já foram maltratadíssimos por essas bandas), muito menos a Mirella, que até guest post já publicou aqui.
Não, troll é diferente. Troll é gente com muito tempo livre, como o Oliveira. É gente com uma só missão: te calar. Fazer com que vc fique tão chateado(a) que pare de escrever. É uma coisa até meio contraditória, porque se eu parasse de escrever, o que o Oliveira faria da vida? Mas é uma relação de amor e ódio que os trolls têm pelos seus alvos de ataque. E praticamente todo santo blog um pouquinho maior tem sua cota de trolls. Eu até acho que tenho sorte, porque só tive três, e graças às boas deusas, não ao mesmo tempo. E insisto: por coincidência, todos os três trolls eram de direita, machistas, racistas, homofóbicos, elitistas — a escória mesmo. Não por discordarem de mim, mas por serem machistas, racistas, homofóbicos e elitistas. E, não à toa, de direita.
Um adendo: não conheço, nem conheci, meus três trolls pessoalmente. Provavelmente os nomes que usa(ra)m nem são de verdade. Como sei que eles são a escória? Por tudo que escreveram aqui. Lógico que, pra quem acha que o feminismo é uma praga que não deveria existir, ou que só é pobre quem merece, ou que gays são aberrações, esses trolls não são machistas, classistas ou homofóbicos. São heróis. Mas aqui eles não serão bem recebidos. Por isso que eu sempre r
ecomendo cuidado com quem está do seu lado. E do lado de quem você está. O Oliveira, meu troll atual, nunca escreveu algo com que eu pudesse concordar. Ele só fala besteiras, como dizer que mulher é propriedade privada do marido. Pode ser que haja um montão de gente que pensa assim e que vota no PT. Mas, na minha experiência pessoal, o mais comum é gente assim ser de direita. O que não quer dizer que, se vc não vota no PT, vc é necessariamente de direita. Ou que todo o pessoal de direita é preconceituoso. Preciso continuar? Tem gente que confunde as coisas.
E por falar em confundir as coisas... Desculpe, mas no meu blog, quem é mais importante? Um troll ou eu? Se eu parar de escrever, o blog acaba. Se o Oliveira parar de comentar, o blog só fica mais limpinho e cheiroso (homenagem às “massas cheirosas” da convenção tucana). O que eu quero dizer é que não estamos em pé de igualdade. Mas o Oliveira tem todo o direito de começar um blog próprio, e assim escrever sobre o que quiser, ao invés de simplesmente ofender quem não escreve o que ele quer ouvir. Eu não escrevo pensando no meu troll ou nos vários desafetos que tenho por aí. Escrevo pra quem eu gosto sobre o que eu quero escrever. Por que deveria escrever pra quem me odeia sobre algo que não tenho vontade de escrever? Sou assalariada de troll, por acaso?
Também considero bastante infantil dizer: ah, você nunca concorda com nada do que eu digo! Ué, perdão, acho que perdi alguma parte: eu tenho que concordar? Eu tenho que mudar de opinião só porque vc comentou? Assim como vc não tem que concordar comigo nem mudar de opinião. Agora, se chamar alguém de “de direita” e “reaça” é ofender, é porque o complexo de inferioridade é grande mesmo. Se alguém me chama de “de esquerda”, juro que não me ofendo!
No entanto, pra alguns comentaristas, parece que é assim: se dizem que sou intolerante, fanática, cega, burra etc etc, é só a opinião deles, e viva a liberdade de expressão. Se eu ou outro comentarista diz que quem não tá vendo é quem nos chamou de fanáticos e burros, é censura! É não querer acatar a opinião dos outros. Ah sim, há uma outra distinção recorrente que costumo ouvir: se um comentarista aparece pra concordar comigo, é um alienado, é puxa-saco, é claque, é cego pelo ídolo (eu, ídola de alguém!), é massa de manobra, não sabe pensar por si próprio. Se um comentarista aparece pra discordar, é um pensador independente, inteligente, e - tcharan! - SEM IDEOLOGIA! Ideologia só eu que tenho, entende? Os outros têm apenas opinião própria.
Enfim, dá muita preguiça explicar a mesma coisa cinquenta vezes. O que alguns comentaristas não se dão conta é que dá pra concordar em alguns pontos, mesmo sem concordar em tudo (e o mesmo vale pra discordar). Por exemplo, essa campanha dos 45 anos da Globo é tão óbvia que precisa de muito esforço pra não ver. Aí surgem algumas pessoas pra falar mal do Lula e do PT. Putz, mas era isso que tava em pauta? A questão ambiental no governo Lula? O mensalão? Eu pensei que o post fosse sobre a parcialidade da mídia (da Globo, em particular). Entendo que, em ano eleitoral, isso vai acontecer com cada vez mais frequência. O que não quer dizer que eu tenha de gostar.
Outro dia comentei alguma coisa sobre o golpe de estado na Venezuela em 2002, e já veio alguém dizer que eu AMO o Chavez e quero ter filhinhos com ele. Hmm... Houve um golpe de estado na Venezuela? Houve. O golpe foi do Chavez ou contra o Chavez? Contra o Chavez: ele foi preso e deposto (por poucos dias; o golpe fracassou). Quem esteve por trás do golpe? A mídia venezuelana e o governo americano (recomendo muito este documentário da BBC, A Revolução Não Será Televisionada). Olha, tenho um segredo pra te contar: vc pode não gostar do Chavez e da mídia venezuelana ao mesmo tempo! Que o Chavez seja um populista se perpetuando no poder não salva a cara da mídia venezuelana ou do governo americano, que volta e mexe patrocina golpes no seu quintal. Ou salva?
Entender que a nossa mídia se inspira na mídia venezuelana e tenta, a todo custo, eleger seus candidatos, de acordo com seus interesses, não quer dizer que o governo Lula seja perfeito. Ou que eu adore tudo que Lula fez e faz. Mas pra mim não resta dúvida que seu governo (principalmente o segundo mandato) trouxe enormes conquistas pro Brasil. Eu quero que esse governo continue, e tenho memória pra poder compará-lo com o governo anterior. Por isso, vou votar na Dilma. Posso? Obrigada.
E quer saber? Às vezes eu acho que sou paciente e tolerante demais. E aí reflito se só não mando o pessoal ver se eu tô na esquina porque eu sou mulher, e fui condicionada a acatar tudo caladinha. Mas putz grila, até no meu espaço eu tenho que ser tão cordial? Acho que não. Portanto, tucanitos tendo faniquitos, vão catar coquitos!




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