Chimpanzés ? Sofrimento Humano na Consciência da Morte
O Chimfunshi Wildlife Orphanage é um famoso orfanato e
santuário para Chimpanzés, a única instituição do tipo no
mundo, localizado na Copperbelt province, no Zâmbia ? África.
ZAMBIA, Africa ? No orfanato e santuário de chimpanzés de Chimfunshi, cientistas do Max Plank Institute for Psycholinguistics (sediado na Holanda) e da Gonzaga University, de Whashington (USA) comprovaram que chimpanzés não somente têm consciência da morte de seus semelhantes como, também, possuem uma cultura, um padrão comportamental diante da finitude da vida em relação a seus entes queridos falecidos. Os pesquisadores, Drª Katherine Cronin, Edwin Leeuwen, Mark Bodamer e Innocent Chitalu Mulenga, conseguiram registrar os procedimentosde luto dos animais em uma sequência de vídeo.
Resultado de longo tempo de observação, é uma descoberta surpreendente porque uma das características sempre apontadas como distintiva, peculiar aos seres humanos é, o sentimento da perda diante da morte, o luto, a cultura. As mães chimpanzés têm um longo tempo, em termos de vida animal, para estabelecer laços íntimos com seus filhos. Amamentam-nos até os dois anos e acompanham seu desenvolvimento até os seis. Mas a relação afetiva se estabelece bem cedo.
A sequência filmada pelos cientistas que trabalham no santuário de Chimfunshi, um registro inédito, mostra uma chimpanzé em pleno processo ou experiência de luto por seu bebê, morto com apenas 16 meses de idade.
Em um primeiro momento, a fêmea demora a se convencer que o bebê morreu. Ela o carrega por mais de 24 horas até que, enfim, resolve colocá-lo no chão. Ela faz isso com ternura. Mas ainda não está certa da morte do filho e permanece cercando o corpo, tocando-lhe o rosto e o pescoço com os dedos para certificar-se da verdade: tudo indica que não há mais vida no macaquinho.
Porém, ela ainda duvida e leva o corpo para outros chimpazés da comunidade ou bando. Ela parece querer uma segunda opinião e demora-se, ainda um tanto, para aceitar o fato. Somente no dia seguinte o corpo foi, finalmente, abandonado. Aparentemente, aquela fêmea havia, naquela situação, aprendido sua primeira e definitiva lição sobre a vida: a irremediável morte e seu mais freqüente companheiro, o sofrimento dos vivos.
Por quê a mãe carraga o filho morto por dias ou semanas? Primeiro, ela jamais abandonaria um filhote vivo. Ela precisa ter certeza de que não há mais vida naquele ser. A fêmea somente abandona o filhote quando certifica-se de que a vivacidade não retorna àquele corpo mesmo com o passar de até muitos dias.
Ela sabe que o filhote, de algum modo, ainda que imcompreensível, não está mais ali. Finalmente a chimpanzé se convence de algo mudou e não mais confunde o morto com o vivo; não mais reconhece a presença da cria na massa inerte. E assim os chimps aprendem e sentem o quê é a morte.
Drª Katherine Cronin comenta a pesquisa: Os vídeos são extremamente valiosos porque questionam a verdadeira dimensão da mentalidade desses primatas e fornecem indicações do que (realmente) se passa na mente deles. Relatórios anteriores documentaram mães que carregaram seus filhotes mortos durante dias ou mesmo semanas, mostrando a força do vínculo entre a mãe e filho.
A pesquisa reafirma um estreita proximidade entre os humanos e determinadas espécies de macacos. Os chimpanzés alguns dos mais próximos parentes do homo sapiens. Eles são capazes de produzir uma resignificação de objetos, diferentes materiais, como fragmentos de madeira, pedras, conchas, cabaças etc., que escolhem e passam a usar como ferramentas no dia-a-dia; também conseguem organizar-se em grupos de caça e executar ações planejadas com antecedência. Além disso, o chimpanzé é um dos poucos animais da fauna terrena capaz de reconhecer a si mesmo em um espelho e, ainda, tendo consciência de que a imagem contemplada é apenas um reflexo
FONTE: A mother's grief: The startling images which show how chimpanzees mourn their dead just like humans. IN DAILY MAIL, UK - publicado em 31/01/2011 [http://www.dailymail.co.uk/sciencetech/article-1352119/Chimpanzees-mourn-dead-children-just-like-humans.html].
- Santino - Pedras E Telas, O Chimpanzé Pensador
Santino no YOUTUBE, postado em 13/03/2009. [http://youtu.be/dL5SGe7zSIc] MUNDO ANIMAL/SUÉCIA. Em um zoológico da Suécia, o Furuvik Park - zoólogos locais fizeram uma descoberta: um chimpanzé-macho chamado Santino (34 anos em 2012, nascido...
- A Inteligência Dos Animais & A Ignorância Da Raça Humana
Ele foi - aparentemente, abandonado pela mãe. Tinha doze semanas de idade. Ele vivia em um Santuário de Animais, na China - a Ilha Meilinding, província de Goangdong. Foi resgatado por biólogos que o levaram para um hospital de animais. Mas o macaquinho...
- Ashes & Cinder ? Macacos Pelados
Ashes, da Índia. ÍNDIA ? No Mysore Zoo ou Shri Chamarajendra Zoological Gardens, um dos zoológicos mais populares do sul da Índia, localizado em Mysore, a segunda maior cidade do estado de Karnataka, um chimpanzé chamado Ashes [Cinzas, em português]...
- Macaco Também Pensa No Futuro
Orangotango de Sumatra, Indonésia, no zoológico em Medan, junho de 2008. Os orangotangos são uma espécie ameaçada de extinção. Em todo o mundo, sua população é inferior a sete mil indivíduos. AP Photo/Binsar Bakkara Chimpazés e orangotangos...
- Chimpanzé No Tribunal Reivindica Ser Pessoa
Matthew, 26, olhando através do vidro de sua cela no santuário para animais, em Viena, Áustria maio de 2007. FOTO: AP Lilli Strauss. Na Corte Européia de Direitos Humanos, em Strasbourg, França, Matthew Hiasl Pan, um chimpanzé de 26 anos [2008],...