Geral
CRÍTICA: AMEAÇA INVISÍVEL / A última do país mais bélico do mundo
Deu cinco minutos de “Ameaça Invisível – Stealth” e eu já tava chorando, puxando o braço do maridão e querendo deixar o cinema. Não sabia do que se tratava aquela gosma, ou senão não teria entrado, mas pensei, no alto da minha ingenuidade, que houvesse algo parecido com uma história. Não há. É um mero comercial dos fuzileiros navais americanos, nossos bravos guerreiros. Tem um quê de “Top Gun”, mais bastante de “2001: Odisséia no Espaço” – eles praticamente plagiam o Hal, meu computador de cabeceira –, e mais um tantinho de “Dr. Fantástico”. A trama, se é que posso usar esse termo, é mais ou menos nesse nível: americano explode cinco caminhões seguidos com um só míssil super potente. Americano vibra e grita: “Na mosca! Bingo! Iupi! Eu sou o bom!”. A ameaça, que de invisível não tem nada, fala inglês, é musculosa e dotada dos melhores brinquedinhos de guerra que o dinheiro pode fabricar. São dois caras e uma mulher, pilotos de elite, e mais um avião que voa sozinho. O mundo é o playground desses americanos, e eles se divertem pra valer explodindo coisas em vários pontos do planeta. Por onde passam deixam um rastro de destruição em nome da liberdade. Não tem erro: há ogivas nucleares em toda santa tendinha no meio do deserto. Parece que ninguém tem mais nada pra fazer a não ser planejar ataques terroristas ao solo ianque. Então nossos heróis jogam armas químicas em solos alheios, e é óbvio que eles não estão cometendo atos terroristas. No caso deles é patriotismo.
Quando eu não tava vertendo lágrimas, pude me concentrar em diversas partes hilárias. Por exemplo, um aviador diz ser contra o avião auto-pilotante porque aí a guerra se transformaria num jogo de videogame. Hã, só aí?! O que esse pessoal anda fumando antes de explodir povos que não comem hambúrguer? Também é uma gracinha quando nossos heróis bombardeiam um país e se preocupam que a radiação vai causar alguns danos colaterais (eufemismo pra vítimas). A pilota pede pra que os EUA mandem socorro médico imediatamente. Esses americanos têm um coração do tamanho do mundo! O mais engraçado ocorre quando um piloto tem o mapa-múndi inteiro pra desabar em cima, e cai logo na... Coréia do Sul! Isso proporciona ao filme a oportunidade de reviver a década de 70 e matar alguns malditos vietcongues.
O avião que voa sozinho tem desvarios de poder mas no fundo é um cara legal. Só um americano é malvado, um que alardeia fumar charutos “embrulhados nas coxas de mulatas” (nessa hora eu passei mal, confesso). Não entendo bem essa lógica bélica. Digamos que um americano armado invada a minha terrinha e atire em quem vê pela frente. Como que a terrinha vira a vilã da história? Olha, que a CIA não me leia, mas esse tipo de filme faz aumentar muito o meu anti-americanismo. Mais uma lavagem cerebral dessas e eu passo a achar o Osama o homem da minha vida.
-
Ataques De 11 De Setembro De 2001
Os ataques terroristas de 11 de setembro, chamados também de atentados de 11 de setembro, foram uma série de ataques suicidas, coordenados pela Al-Qaeda contra alvos civis nos Estados Unidos da América em 11 de Setembro de 2001. Na manhã deste dia,...
-
CrÍtica: Rambo 4 / Mesmo Vietnã, Orientais Diferentes
Não vale a pena discutir “Rambo 4” com o pessoal que adora o Stalla e vai ver qualquer filme com montes de explosões. Esses homens, se sabem ler, certamente não lêem o meu blog, então não preciso me preocupar com eles. Caso algum páraquedista...
-
A Conquista Da Honra / Anotações
Acabei não escrevendo uma crítica sobre o filme. Mas, se você quiser, pode acompanhar minhas anotações. Faço isso com quase todos os filmes, logo depois de vê-los, e só depois dou forma à crônica.O título em português não tem muito a ver....
-
CrÍtica: A Lenda Do Zorro / Heróis Mascarados
Sete anos depois de “A Máscara do Zorro”, chega agora “A Lenda do Mesmo Cara”. Apesar de “Máscara” ser bonitinho, eu não tava exatamente prendendo o fôlego enquanto aguardava a seqüência. Desta vez o Antonio Banderas, digo, o Zorro,...
-
CrÍtica: Van Helsing / Troque O Van Helsing Pelo Van Bora
Isso de juntar vampiros, lobisomens e a Kate Beckinsale num pacote só não é novidade. O tenebroso “Underworld” fez isso. Eu disse tenebroso? Comparado a “Van Helsing”, “Under” é uma obra-prima. “Van” ainda inclui a criatura do Frankenstein,...
Geral