ESQUEÇA LAS VEGAS
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ESQUEÇA LAS VEGAS


Pra mim isso parece um deserto no meio do deserto


Após ver Quebrando a Banca, tive uma luz. Agora é definitivo: o último lugar no mundo que eu gostaria de morar é Las Vegas. Lá não parece ter nada pra mim. Cassinos, strippers e casamentos. No meio de um deserto. Com montes de assassinatos pro CSI investigar. Tô fora.

Meu amado pai me ensinou a jogar pôquer na mais tenra infância, e a gente tinha uma mini-roleta em casa. Eu até achava aquilo perigoso, já que meu pai havia sido viciado em jogo – e se isso fosse hereditário? Mas não. O máximo que perdi no pôquer foi 18 reais. Meu pai perdeu alguns apartamentos, pelo que sei (não com pôquer, mas com cassinos de Mar del Plata e Punta del Este). Quase todas as vezes que eu e o maridão vamos a Montevidéu (que amamos), tentamos passar por uns cassinos no centro. Entramos, olhamos em volta, e não nos animamos a comprar a quantidade mínima de fichas (20 dólares). Portanto, nunca jogamos. Uma vez eu até questionei o maridão:

- Você conhece muita gente que vai a um cassino e não compra nem uma ficha? Só a gente!

- Conheço pelo menos duas pessoas. Da minha maior estima.

Caça-níqueis são insuportáveis, totalmente sem graça. Roleta é uma chatice. Pior que isso, só bingo. Havia uma casa de bingo em Joinville que eu e o maridão frequentávamos de vez em quando. A gente só ia lá pra comer, porque havia um bufê de pizzas bem barato. Mas não era um ambiente acolhedor. Quase todo mundo fumava e, se a gente quisesse trocar três palavrinhas, ouvia um “Shish!” logo de cara. Quando os bingos fecharam, o mais duro foi ler reportagens falando das velhinhas que, pobrezinhas, não tinham mais onde passar suas tardes – as chamadas “Viúvas do bingo”. Sério, por que essas criaturas não aprendem a jogar xadrez? Juro que é muito mais interessante que bingo. Até tem que ter alguma habilidade, fora fazer xis com caneta.

Eu nem tenho opinião muito formada sobre legalizar o jogo. A princípio, sou contra, porque as desvantagens parecem ser maiores. Mas se houvesse algum artifício que limitasse e fiscalizasse, sem corrupção, o lucro dos cassinos em, sei lá, 10%, e o resto seria investido em coisas importantes, talvez eu fosse a favor. No Uruguai, sempre falo com o pessoal sobre o que eles acham do jogo ser legal por lá. O jogo já existe faz tanto tempo, e eles já estão tão acostumados, que nem ligam, apesar de não verem benefícios sociais. Mas tem um detalhe: não conheci nenhum uruguaio que jogasse. É só pra turista.





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