Agora, vamos comparar esquilos com um gato, tipo o Cal. Tá, pode ser a minha outra gata também, a Blanche. Mas ela é perigosa, tem garras, e às vezes parece muito mais concentrada em destruir uma caixa de papelão que em mim. Portanto, o Cal. Ele não vem pra cá pra comer (tem comida às pampas na casa da minha mãe), se bem que não dispensa uns quitutinhos que eu trouxe dos EUA (tudo marca que tem aqui, as mesmas). Vem pra cá pra dormir, pra ser admirado e acariciado, não sei em que ordem. É só olhar prum gato zen que eu sossego também. Poucas coisas são tão relaxantes na vida como um gato dormindo. Economizo horrores em spas e ioga.
Já falei pra vocês da Rum Rum Terapia? É mais uma idéia genial minha, mas algum empreendedor(a) pode adotar. É o seguinte: você vai a um lugar bem relax, com luz difusa, e deita numa caminha confortável. Um gato vai pra cima de você, e você fica acariciando-o, até ele fazer rum-rum. Juro que não existe nada mais zen. Uma vez, na sétima série, alguém foi fazer uma demonstração de uma aula de meditação na escola, e foi uma delícia. Eu peguei no sono na hora e sonhei com uma única imagem: um sorvete da cor do céu. Foi a imagem mais relaxante que eu já tive. Mas perde fácil pra imagens de gatinhos dormindo, e do barulhinho de rum-rum que eles fazem.
Outra grande idéia minha não tem tanto a ver com gatinhos. É pra academias de ginástica. Ao invés de aeróbica, lambaerótica e sei lá o quê, que tal exercícios de imitação a musicais? Você põe uns números de Grease e Cantando na Chuva num telão, e todo mundo tenta imitar o John Travolta e o Gene Kelly nos números acrobáticos. Eu já fiz isso aqui em casa com um menininho de nove anos e foi super divertido (sem falar que tanta ginástica quase me rendeu um ataque cardíaco). Dá pra fazer com gatos também. O gatinho que eu tinha antes, Freud (Fru pros íntimos), adorava acompanhar meus números de dança. Duvido que esquilinhos se sujeitem a isso. Ó, se alguém disser que alguma das minhas idéias hiper engenhosas já existe, fico de mal.
Mas olha só que esquisito: este post foi escrito há umas duas semanas, embora minhas idéias fantásticas tenham anos. Nos EUA, acabaram de inventar uma espécie de dança-ginástica. Mulheres se reúnem num salão e dançam, juntas, de qualquer jeito que quiserem, durante uma hora e meia. As regras são: homem não entra (pra que não fiquem julgando as participantes, e também pra não ficarem encostando), bebida é proibida, não se pode julgar e nem falar. É só pra dançar mesmo, e custa cinco dólares. Eu acho legal (se bem que permitiria a entrada de homens, pelo menos dos homens educados e inofensivos, tipo o maridão), mas eu fazia isso aqui em casa, de graça, com a companhia do meu gatinho Fru, há mais de dez anos.
Metade da minha gatinha Blanche no seu paraíso particular (destruindo caixa de papelão).