Geral
Fila que envergonha - LUIZ GARCIA
O GLOBO - 13/12
Como o nome indica, a Defensoria Pública da União existe para defender direitos e necessidades do respeitável público sempre que ele estiver ameaçado - frequentemente por departamentos e outros setores da acima citada União.
É uma missão de alta importância. Temos exemplo recente: um levantamento dos nossos defensores mostrou que, em seis hospitais federais do Rio, há mais de 12 mil pacientes, pacientemente esperando por atendimento. E haja paciência: alguns estão na fila há sete anos. E a incompetência hospitalar inclui todo tipo de procedimentos. Por exemplo, cirurgias vasculares, cardíacas, neurológicas, ortopédicas, urológicas etc.
Os defensores não se limitaram a constatar a situação - pode-se dizer, a crise - e pretendem processar, na Justiça Civil, o Ministério da Saúde. Vão exigir que o Ministério da Saúde apresente, dentro de dois meses, um cronograma completo das operações em atraso, cobrindo os próximos dois anos. O projeto deverá, como é óbvio, dar prioridade a crianças, adolescentes e idosos - assim como levar em conta a gravidade de cada caso.
Não será fácil. Só no Hospital de Bonsucesso, há exatamente 1.642 cidadãos esperando para serem operados, o que explica outra exigência: o ministério deverá realizar concurso para acabar com o déficit de profissionais nos hospitais públicos. No Hospital do Andaraí, segundo denúncia do Sindicato dos Médicos do Rio de Janeiro, doentes em macas são atendidos nos corredores, e cirurgias eletivas - ou seja, não urgentes - são simplesmente adiadas sem prazo marcado.
O Ministério da Saúde anuncia algumas providências. Por exemplo, a convocação de todos os pacientes pacientemente esperando a sua vez de serem atendidos, para uma avaliação dos casos que exijam cirurgia.
Num sistema mais bem organizado, isso seria feito no primeiro dia em que o cidadão batesse à porta do hospital.
O que mais assusta e preocupa o respeitável público é o fato de que os responsáveis pela saúde dos cidadãos não anunciaram medidas óbvias e importantes por sua própria iniciativa, e sim apenas quando a crise - não há outra palavra - foi denunciada pela Defensoria Pública. Os médicos não são culpados: a responsabilidade é, toda ela, do Estado.
E é bom não esquecer: essa crise - não há outra palavra para definir uma fila de mais de 12 mil doentes esperando cirurgia - acontece no Rio de Janeiro. Alguém se arrisca a imaginar a qualidade do atendimento médico nas regiões mais pobres do Brasil?
-
Mppa Ajuíza Ação Em Favor De Doentes Renais Crônicos
O Ministério Público de Santarém ajuizou ação civil pública contra o Estado do Pará, para a construção de um centro de Nefrologia no município, e para a implantação do quarto turno do serviço de hemodiálise no hospital regional do Baixo...
-
Justiça Determina Realização De Procedimentos Médicos Na Rede Pública
A Justiça concedeu liminar requerida pelo Ministério Público de Santarém em quatro ações civis públicas contra o Estado e o município, e determinou a realização de procedimentos cirúrgicos e tratamentos médicos a pacientes que não conseguiram...
-
O Custo Da Inépcia - JosÉ Casado
O GLOBO - 03/06 União gasta com seis hospitais e três institutos no Rio tanto quanto o estado com 60 unidades. Há espera de até dez anos por uma cirurgia. Alguns morrem na portaria Há mais de dois anos a população do Rio está praticamente sem...
-
Maior Hospital De Urgência Do Pi Tem 100 Pacientes Internados No Corredor
Vereadores flagraram pacientes internados em macas no HUT (Foto: Leo Torres / Ascom)A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Teresina constatou 100 macas com pacientes nos corredores do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) nesta sexta-feira (6)....
-
No País Da Copa: Maior Hospital De Urgência Do Pi Tem 100 Pacientes Internados No Corredor
A Comissão de Saúde da Câmara Municipal de Teresina constatou 100 macas com pacientes nos corredores do Hospital de Urgência de Teresina (HUT) nesta sexta-feira (6). Os vereadores verificaram que a maior unidade de pronto socorro do Piauí atende...
Geral