GUEST POST: A MORTE DE UMA TRANSFEMINISTA
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GUEST POST: A MORTE DE UMA TRANSFEMINISTA


Ontem Ana Carolina Brumano, funcionária pública da UFV e feminista convicta, me enviou um link para uma triste notícia: 
o suicídio da travesti e ativista transfeminista Kayla Lucas França, que dias antes havia participado da Caminhada pela Paz "Sou trans e quero dignidade e respeito".
Eu não conhecia Kayla, mas lamento muito sua morte. Pedi a Ana Carolina que escrevesse um guest post:

"Como desistir de quem você é? Isso não significa a própria morte? E quantas vezes nós morremos esse mês?"
Essa é uma parte de um depoimento postado em uma rede social pela militante transfeminista Kayla Lucas França.
Kayla era estudante de Ciências Sociais na Universidade Federal de Viçosa. Na madrugada do dia 3 de fevereiro, Kayla se jogou do prédio onde morava em São Paulo, capital.
Apesar de não conhecer Kayla, que era colega de uma das minhas irmãs, fiquei bem comovida e triste por uma vida nova e atuante que perdemos. Estamos falando de uma vida perdida devido à pressão de uma sociedade machista, segregacionista, misógina, transfóbica, que não aceita as diferenças. Uma sociedade que julga e oprime, que não respeita e sufoca os sentimentos das pessoas. 
Uma homenagem de Vini a Kayla
Esse preconceito está ao nosso lado. Participei de muitas discussões a respeito dessa tragédia e de muitas pessoas ouvi que Kayla deveria ter algum problema, que só a questão de ser trans e negra não leva ninguém ao suicídio. Concordo que ser trans e negra realmente nunca deveria ser motivo para uma pessoa tirar a vida. As pessoas não entendem que o preconceito machuca e mata aos poucos. 
Eu nunca vou saber o que se passou na vida da Kayla, porque não sou trans ou negra. Nem vou passar pelas situações constrangedoras que ela deve ter passado por defender quem ela era. 
Sei que a morte da Kayla foi apenas mais uma. E pelo o que tenho pesquisado nem para estatística ela vai entrar, porque no Brasil não existe nenhum levantamento de suicídio de transexuais.
A morte dela não vai mudar a nossa sociedade. A morte de ninguém vai. É imaturo pensar o contrário.
Quando as pessoas vão entender sobre a efemeridade da vida? Tudo o que nós temos é esse instante e mais nada. Então, que diferença existe nas diferenças? Todos viraremos pó. E só.
Sugeri este post a Lola porque não podemos nos calar. Se nos calarmos, consentiremos com todo preconceito e marginalização que existe na sociedade. 





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