GUEST POST: UMBANDA E MEDIUNIDADE
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GUEST POST: UMBANDA E MEDIUNIDADE


Como quase todo mundo que conhece este blog sabe, não sou uma pessoa religiosa. Não sou sequer espiritualizada. 
Talvez por isso não haja muitos posts sobre religião por aqui (na realidade, tem muito mais post anti-religioso). Mas respeito quem acredita, e acho que a religião (qualquer uma) pode trazer alento para algumas pessoas. 
Isso foi para introduzir o relato que a E. me enviou:

Oi Lola, já acompanho seu blog há um bom tempo, e adoro tanto os temas como as formas com que eles são abordados aqui. Por muitas vezes me identifico com algumas situações, enquanto outras me ensinam a ter tolerância e aprender a lidar com as diferenças, pois fica muito mais fácil quando entendemos como as pessoas que passam por elas se sentem. Contudo, um tema que nunca vi por aqui é ligado à mediunidade e religião, em especial a Umbanda, onde entra o meu caso.
Sempre fui espírita kardecista e desde os meus 5 anos frequentava um centro perto de casa, local inclusive onde meus pais trabalhavam como colaboradores.
Aos 13 anos eu comecei a ver vultos em casa e, um certo dia, acordei no meio da noite e havia um senhora em pé, ao lado da minha cama me olhando, que acabou sumindo logo após meus gritos e o pulo que dei para a cama do meu irmão ao lado. Com este episódio, me foi falado no centro espírita que eu era médium e que essa mediunidade se desenvolveria quando eu fosse mais velha.
Não vi mais nada depois desse dia, porém, com 17 para 18 anos, comecei a ter depressão. Terminei o ensino médio e ao contrário dos meus colegas que entraram na faculdade e arrumaram um emprego, eu passava os dias deitada no meu sofá, chorando e sentindo uma tristeza imensa, a qual eu não sabia, aliás, não existia nem causa nem origem, pois graças a Deus, sempre tive mais motivos para agradecer do que reclamar na minha vida.
Minha tia, irmã da minha mãe, é do Candomblé, e quando eu tinha uns 21 anos, em visitas às festas do terreiro onde ela frequentava, a mãe de santo da casa me disse que eu era médium (novamente esta informação), mas que eu não poderia trabalhar no kardecismo como sempre pensei e quis, pois eu era médium de terreiro, de incorporação. 
Não aceitei. Eu seria macumbeira. Faria parte de uma religião da qual por ignorância e falta de conhecimento, eu tinha preconceitos. Também não me adaptei. Acostumada à calma e serenidade do kardecismo, achei muito pesada a mudança e não concordava com tantas imposições e a rigidez que esta religião impõe (aqui falo da minha percepção com o que vivenciei). 
Mas eu fui ficando cada vez pior. Chorava quase sempre, sentia muita tontura e cansaço, mãos geladas, arrepios e tantos outros sintomas inerentes à mediunidade, e por conta disso tive que fazer uma escolha, eu iria aceitar minha mediunidade. Sou médium de incorporação, sensitiva e de transporte; por conta disso, consigo captar energias e sensações de ambientes e pessoas, o que me faz frequentemente ter dores de cabeças, ânsias de vômitos e simpatias/antipatias sem motivo aparente, além de não poder frequentar lugares como cemitérios e hospitais, pois eu sentiria rapidamente a energia de espíritos desencarnados que podem estar sofrendo ou sentindo alguma dor.
Aos 22 anos, através de uma amiga da minha mãe, conheci a Umbanda e me senti bem mais tranquila. Frequentei um, dois, três... acho que estou no meu quinto terreiro, mas posso dizer que estou bem melhor. Aprendi a controlar minha mediunidade e hoje recebo minhas entidades, as quais estão aos poucos sendo doutrinadas. Ainda passo mal em alguns lugares e tenho sempre que tomar cuidado com meus pensamentos e sentimentos, pois algo negativo pode atrair energia nessa sintonia e as consequências não são nada legais, mas minha vida está bem melhor. 
Tenho 26 anos, estou terminando a faculdade de Direito e já passei na OAB. Faço estágio em um excelente escritório e acredito que terei sucesso profissional, mas ninguém sabe desse meu lado, quem eu sou de verdade, e isso me chateia pois não tenho vergonha, pelo contrário, hoje eu entendo que foi uma missão para a qual eu nasci, e se eu fizer um bom trabalho baseado no amor e na caridade, poderei ajudar muitas pessoas que precisam de um carinho, uma palavra, uma direção. 
Mas as pessoas têm preconceitos, sempre fazem piada quando esse assunto vem à tona, então eu nunca falei nada, não comento e não converso sobre isso com quase ninguém, nem com muitos dos meus amigos. Isso é uma pena pois quanto mais for divulgado, talvez as pessoas, assim como eu que tinha preconceitos no passado, entenderiam o verdadeiro conceito do que é a Umbanda, do que é essa religião que não prega nada além do amor, caridade e tolerância.

Você sabia que, segundo o Censo 2010, o Rio Grande do Sul é o estado com maior porcentagem de pessoas que se autointitulam umbandistas? 34% dos umbandistas brasileiros vivem no RS




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