Lula, o entreguista - EDITORIAL GAZETA DO POVO - PR
Geral

Lula, o entreguista - EDITORIAL GAZETA DO POVO - PR


GAZETA DO POVO - PR - 07/10

Ao confessar ter combinado antecipadamente com Evo Morales a expropriação de unidades da Petrobras na Bolívia, o ex-presidente mostra que ele vê o patrimônio estatal como se fosse propriedade pessoal

À medida que o tempo passa, mais se sabe quem é, de fato, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. O exemplo mais recente data da última segunda-feira, quando, em palestra em São Paulo para uma plateia formada por partidos de esquerda, ele abertamente confessou ter ?doado? para a Bolívia as instalações que a Petrobras mantinha naquele país para extração de gás. A camaradagem já havia sido combinada com o ainda então candidato à presidência boliviana, Evo Morales ? que, eleito, meses depois de sua posse pôs suas tropas para confiscar o patrimônio brasileiro, em maio de 2006.

Foi bem simples, segundo relato do próprio Lula: ?O Evo me perguntou: ?como vocês ficarão se nós nacionalizarmos a Petrobras?? Respondi: ?o gás é de vocês?. E foi assim que nos comportamos, respeitando a soberania da Bolívia?. O presente que Lula deu à Bolívia valia nada menos do que US$ 1,5 bilhão. E agora se sabe também que a ocupação militar das refinarias não passou de uma patética encenação para dar pretexto à colossal e despropositada oferenda.

É tosco o raciocínio de Lula para justificar a doação. Ele não tinha o direito, senão pisando sobre a soberania do país que governava, de alienar um bem do Estado. É de se perguntar: a seguir seu entendimento, bastaria deslocar nossos navios de guerra para tomar dos estrangeiros as plataformas instaladas para explorar o ?nosso? petróleo? Evidentemente, nenhuma das opções pode nem sequer ser aventada por um chefe de Estado. No mundo civilizado devem prevalecer regras contratuais de direitos e deveres que regulam as relações entre nações.

O ex-presidente foi além em suas tardias confissões ao falar para o Foro de São Paulo, organização que reúne representantes de esquerda da América Latina. Ele deixou patente que, ao colaborar com o arroubo de Morales, sua pretensão era a de fortalecer os regimes bolivarianos que floresciam no continente ? isto é, Lula foi movido por uma causa ideológica e, em nome dela, transferiu a outro país um patrimônio de que ele não podia dispor como se fosse sua propriedade particular.

Absolutamente nada autoriza um presidente da República a usar desta forma um patrimônio do Estado, dando sinal verde informal ? como Lula atesta com suas próprias palavras ? a um ato de expropriação por parte de um governo estrangeiro. Na verdade, ele confessou ter sido cúmplice de um atentado à soberania nacional, preferindo o interesse boliviano ao interesse brasileiro. A esquerda ? nela incluída o próprio Lula ? adora repetir que estatais são ?do povo brasileiro?. Segundo a lógica das esquerdas, então, a conclusão é evidente: Lula entregou à Bolívia algo que era ?do povo brasileiro?. Claro, sabemos que na realidade estatais pertencem ao?Estado, e não ao povo. Mesmo assim, isso não autoriza o mandatário de plantão a dispor dos bens do Estado como bem lhe aprouver, especialmente quando isso significa um ataque à soberania brasileira.

Não causa surpresa, porém, o desdém que Lula dedicou à Petrobras no caso boliviano. A estatal foi contínua e permanentemente pilhada ao longo de seu governo e do mandato da presidente Dilma Rousseff, como bem demonstra a Operação Lava Jato. Fez-se dela, durante esse período, um caixa livre para abastecer partidos e enriquecer políticos, diretores e operadores que se fartaram de propinas. A empresa também foi sangrada como instrumento de política econômica; represava-se sua rentabilidade para conter a pressão inflacionária, impunham-se à estatal prejuízos reais ou tolhia-se sua capacidade de investimentos.

A Petrobras encontra-se, na prática, privatizada:?foi transformada em propriedade do PT para fins partidários e eleitorais. E, agora, ficamos sabendo pela boca do próprio Lula que ela também foi usada para camaradagens ideológicas. Não por outras razões a empresa que já foi uma das maiores do mundo frequenta hoje posições muito mais modestas no ranking ? liderança global, agora, só em endividamento.

Analisando apenas os valores, a ?doação? de parte do seu patrimônio para o amigo Evo Morales poderia até ser considerada um ?mal menor? diante de tudo quanto se fez para levar a Petrobras ao triste estágio em que hoje se encontra. Mas o significado do episódio vai muito além das cifras. Ele mostra como, desmoralizada e desvalorizada, a Petrobras se tornou o retrato pronto e acabado da ideologização irresponsável da administração petista.




- A Ajuda Espantosa Da Petrobrás à Bolívia - Editorial O EstadÃo
O ESTADO DE S.PAULO - 12/10 Além dos empréstimos tomados pelo governo para socorrer as distribuidoras de energia elétrica, a um custo estimado pelo TCU em R$ 26 bilhões, os contribuintes terão de arcar com uma benesse internacional concedida pela...

- Diplomacia Inerte E Ação Humanitária - Editorial Gazeta Do Povo - Pr
GAZETA DO POVO - PR - 28/08 Ao organizar a fuga de Roger Pinto Molina, o diplomata Eduardo Saboia resolveu agir em defesa dos direitos do senador diante da inatividade dos governos de Brasil e Bolívia A fuga do senador boliviano Roger Pinto Molina,...

- Solidário Não é Subserviente - ClÓvis Rossi
FOLHA DE SP - 18/07 Está na hora de o Brasil deixar de confundir apoio aos vizinhos com aceitação de seguidos desaforos Se a ameaça de inspecionar o avião do presidente Evo Morales, quando pretendia voar de Moscou a La Paz, foi considerada um ato...

- Evo, O Travesso - Editorial O EstadÃo
O ESTADO DE S. PAULO - 18/07A diplomacia companheira trata a Bolívia como aquele irmão menor que, por mais inconveniente que seja, deve sempre ser perdoado por suas traquinagens. Resultado: Evo Morales, o menino travesso, sente-se cada vez mais à vontade...

- Morales Critica A Aliança Do Pacífico
Por Vitor Sion, no sítio Opera Mundi: No Brasil para participar do Foro de São Paulo, o presidente da Bolívia, Evo Morales, criticou neste domingo (04/08) a criação da Aliança do Pacífico e classificou o novo bloco como uma “tentativa dos Estados...



Geral








.