O chão
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O chão


Estou tendo problemas em escrever esse blog. Fico entre o narrar de forma estúpida minha estadia aqui na França e escrever minhas impressões sobre as coisas que vivencio. É, parece ser mais óbvio escolher a segunda opção, mas não é fácil escrever sobre as minhas impressões quando a "essência" se perdeu entre o momento em que as senti e àquele em que pude chegar ao computador. Tudo se perde.

Geralmente, quando eu estou andando pela cidade e pensando a respeito da minha vida, eu costumo formar as frases que serão dirigidas aos amigos, seja em blog, e-mail, telefone etc. Mas é quase sempre certo me imaginar falando com Fábio. Praticamente tudo o que sai da minha cabeça é dirigido a ele, mesmo que eu não esteja pensando em dizê-lo. A falta que ele faz (que você faz) é grande. E não há nada melhor na nossa amizade que a possibilidade que ela traz de conversarmos. As escadas do Caricé me acostumaram mal e, desde a separação, falo sozinha pra você.

Ontem, enquanto atravessava uma rua de bicicleta, vi uma velhinha encurvada parada na calçada. Fiquei me perguntando o que ela procurava no chão e a apontei pra Camilo. Ele disse que ela era assim mesmo. Fiquei observando e ela realmente não ficava ereta. Era sempre no ângulo de 90° graus, sustentada por uma bengala. O sinal abriu e ela começou a se mover: fez um esforço e levantou a cabeça minimamente (que estava, até então, virada pro chão), viu o caminho livre, baixou a cabeça e deu dois passos. Levantou a cabeça novamente e, devagar, avançou vagarosamente mais uns metros. Parou, levantou a cabeça de novo e andou mais. Assim, ia progredindo na travessia de uma avenida que, para ela, deveria significar uma pista de maratona.

Eu fiquei olhando tudo com uma pena que doía. Olhava e dizia "ooooww" e virava o rosto. Não resistia e olhava de novo pra velhinha, pra de novo fazer "oooow". E fiquei tão penalizada que os olhos começaram a se encher de lágrimas. Aquela velhinha era visivelmente mais independente do que eu dentro da cidade (era velhinha, mas estava sozinha, e eu, sempre acompanhada de Camilo). Mas não foi isso que me consolou. Foi pensar em Fábio dizendo "mas ela tá feliz, ela tem dificuldade, mas ela nem liga!" E daí eu esbocei um sorriso e esqueci da velhinha




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