O último adeus ao ex-presidente sul-africano a tempo, Mandela
Imagem aérea mostra a enorme fila de pessoas que esperam o traslado até o Palácio do Governo da África do Sul, o Unions Buildings, em Pretória, para dar adeus a Nelson Mandela (Foto: EFE/Jacoline Prinsloo-GCIS)
Em três dias de velório, cerca de 60 mil pessoas se despediram do ex-presidente da África do Sul Nelson Mandela. Apesar do grande volume de visitantes, milhares de pessoas que aguardavam em fila não conseguiram dar o último adeus a Mandela a tempo. O velório público foi realizado entre quarta (11) e sexta-feira (13) na sede do Palácio do Governo da África do Sul, o Union Buildings, em Pretória.
O último dia de velório foi o mais movimentado e conturbado. Diante da última chance de se despedir do corpo de Madiba, como o líder sul-africano era carinhosamente chamado pela população, a multidão lotou as filas em torno do palácio. Houve tumulto e correria, e uma menina de sete anos quase foi esmagada. O incidente fez com que a polícia interrompesse o velório por algumas horas.
Finalmente, o velório foi encerrado por uma hora e meia antes do entardecer, seguindo o desejo da família de Mandela de que o cortejo fúnebre não viajasse após o pôr-do-sol. O corpo de Madiba passou a noite de sexta-feira (13) no Hospital Militar Um de Pretória e neste sábado (14) chegou à aldeia de Qunu, no sudeste do país, onde Mandela cresceu e será enterrado no domingo (15).
Ao longo do trajeto, o cortejo fúnebre foi saudado por milhares de pessoas. O caixão, ovacionado pela população na entrada de Qunu, foi escoltado por soldados motorizados, tanques do exército e dois helicópteros. A caminhonete preta que levava o caixão de Mandela envolvido em uma bandeira sul-africana se dirigiu depois com todo o séquito à casa do ex-presidente na cidade.
O governo da África do Sul recomendou aos chefes de Estado que estão no país para as cerimônias de despedida de Mandela e à população que não compareçam ao funeral de estado na pequena aldeia, em decorrência da falta de infraestrutura no local. Mesmo assim, o enterro deve ser acompanhado de perto por cerca de quatro mil pessoas.
A ex-mulher de Nelson Mandela, Winnie Mandela (à esq.) e sua viúva, Graça Macel, choram juntas durante cortejo fúnebre (Foto: AP Photo/Kopano_Tlape, CGIS)
Nelson Mandela morreu na última quinta-feira (5), aos 95 anos, em sua residência de Johannesburgo, após receber tratamento intensivo nos últimos meses devido a uma recaída de uma infecção pulmonar.