PIORES FILMES QUE VI EM DVD RECENTEMENTE
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PIORES FILMES QUE VI EM DVD RECENTEMENTE


Na Netflix pedem pra você avaliar um filme depois de vê-lo. Baseando-se no seu gosto, a locadora virtual pode indicar mais DVDs. Estes foram os filmes recentes que vi que receberam apenas uma estrelinha, a cotação mínima:

- À Beira do Abismo (The Big Sleep, 1946) – é até heresia desprezar tanto um clássico noir, e do Howard Hawks, ainda por cima. Mas o roteiro (do William Faulkner!) é uma confusão só. Até as pessoas que amam o filme reconhecem que não dá pra entender nada. Há um número excessivo de personagens e tramas paralelas. O Humphrey Bogart faz o cara de 38 anos mais velho que já vi, o que não impede que todo o elenco feminino, inclusive a Lauren Bacall, se jogue em cima dele. Parece o 007! O Falcão Maltês é muito melhor.

- Fat Girls (2006) – comédia independente de um tal de Ash Christian, que fez questão de estrelar, produzir, escrever e dirigir o troço. O resultado é uma das obras mais amadoras que vi nos últimos tempos. É sobre um rapaz gay na escola (o próprio Ash, que aparenta ter uns 30 anos) e sua melhor amiga. Ambos são “garotas gordas”, ou seja, desprezados pela sociedade. Sim, e? Nem com muito boa vontade dá pra aturar algo tão mal-feito.

- Ils (Eles, 2007) – terror que até começa com um clima legal, depois desanda totalmente e não vai a lugar nenhum. Strangers, que foi lançado recentemente nos cinemas americanos, tem uma trama muito parecida. Aliás, parece até um remake. Mas juram que não é. De todo modo, não é muito superior ao francês.

- Behind the Mask: The Rise of Leslie Vernon (2007) – desculpa, Pedrinho que amou o filme. Eu achei hiper previsível. E toda a parte documental sobre como serial killer e vítimas se comportam num slasher movie a gente tá cansada de saber. Mesmo quem não decifrou aquilo por conta própria ou não leu teoria feminista sobre o assunto foi apresentado(a) aos clichês do gênero pela franquia Pânico.

- Valley of the Dolls (1967) – um clássico camp que não tem mais o menor atrativo pro público de hoje.

- O Orfanato (2007) – tá sendo vendido como o “Labirinto do Fauno do ano passado”, só porque foi produzido pelo Guillermo del Toro. Como terror, não me assustou nem um pouco. Como historinha de fantasmas melodramática, me deu o maior sono. O filme tá repleto de cenas que não funcionam. Quer um exemplo? Tá, tem a cena em que a mãe se deita na cama, e vemos alguma coisa entrar por baixo dos lençóis. Dá pra ver claramente que não é o marido. Mas ela pensa que é, e desata a falar sobre o filhinho. É uma péssima hora pra um discurso sentimentalóide de três horas. Quer assustar ou quer comover? Difícil fazer os dois ao mesmo tempo. Resultado: eu não escutei uma só palavra do que a muié disse. E nem fiquei com medo. Eu só pensava: “Mas será que a tansa não nota que não é bem o marido quem tá abraçando ela?”.

- This is Nowhere (2006) – documentário sobre americanos que vivem em trailers de luxo, viajando pelo país, e estacionam sempre num Wal-Mart. Deveria render uma observação social instigante, mas a preguiça e falta de criatividade o transformam no pior documentário recente que vi. Não dava pra variar um pouquinho o esquema “alguém falando/paisagem de estrada/musiquinha”? Tédio.

- The Manson Family (2004) – um pouco de documentário e bastante nojeira, beirando o sexploitation puro. Não se tenta fazer um filme de terror em cima de uma história real absolutamente abominável.

- Pink Flamingos (1972) – já destilei meu ódio pelo filme do John Waters aqui.

- Nashville (1975) – não consegui ver o clássico inteiro! Achei tão, mas tão chato que tive que parar. Prefiro filme com história, sabe? Portanto, aquilo de que sempre desconfiei agora é definitivo: Robert Altman é o diretor mais superestimado de todos os tempos. Sinto muito.

- Swimming with Sharks (1994) - nunca tinha ouvido falar nesse drama com o Kevin Spacey (às vezes há bom motivos pra que filmes permaneçam no anonimato). Só o loquei porque uma blogueira americana disse que esse era o filme mais feminista já feito. Perdão? No final, dois homens que passam a trama toda brigando matam uma mulher que era mezzo poderosa, mas tava disposta a largar a carreira pelo seu amor. Isso é feminista em que planeta, exatamente?

Puxa, foram só esses que receberam meu total desprezo. Dei duas estrelinhas prum monte. Talvez depois eu fale deles. E você deve estar morrendo de curiosidade pra saber quais filmes mereceram a cotação máxima. Aguarde...





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