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PRA COMEMORAR O DIA MUNDIAL DO BEIJO
Eu, sempre atrasada, descobri agora que ontem foi o Dia Mundial do Beijo. E, por total coincidência, encontrei uma crônica jurássica minha que foi publicada no jornal anos atrás. Deixo pra você calcular quantos anos tem o texto (há algumas pistas). Eu tava enrolando lendo umas crônicas antigas minhas e vi que seria legal colocar algumas por aqui, pro meu público novo ler, ou pro público que não se lembra de nada que escrevi (nem eu lembro, é compreensível). Como não tenho nada de muito novo pra falar de beijo, fique com este texto antigo, que de datado mesmo só tem o meu relacionamento com o maridão! CHAMA DA PAIXÃO FAZ ARDER NO INFERNO
Nunca passei por uma situação tão perturbadora quanto a vivida por um casal de amigos, que foram se beijar inocentemente num supermercado, quando uma senhora vociferou “Procurem um motel!”. Desnecessário dizer que quem tá de bem com a vida, quem recebe sua cota diária de afagos, jamais tomaria a atitude de se ofender com o amor alheio. Então, quando o maridão me visita na escola, e não há nenhum aluno por perto, vez por outra trocamos uns beijinhos. Em certas ocasiões, a secretária, que é um doce e tem idade pra ser minha filha, brinca que “aqui não é lugar pra essa pouca vergonha”. Da última vez, eu e o maridão estávamos com pressa, e nos despedimos com um rápido estalido de lábios. A secretária aproveitou o fato pra um novo puxão de orelhas: “Ih, depois de dez anos de casados, é só selinho?! Que sem graça!”. Na mesma noite, ao chegar em casa, comuniquei os acontecimentos ao maridão:
– O pessoal reclamou. Não é mais pra dar isso daqui, chuac, selinho.
– Não é bitoca?, quis saber meu pré-histórico amado.
– Não importa, selinho ou bitoca, não pode mais.
– Sem bitoca.
– Acho que é selinho, amor. Mas você entendeu.
Minha irmã mora nos EUA há quase uma década e conta que é terminantemente proibido qualquer contato físico nos escritórios, inclusive entre os casais. E ela não vive no Texas ou nos confins do conservadorismo, mas na liberal e ensolarada Califórnia. Não é bizarro? Ano retrasado, na escola, contratamos um casal de professores. Eram jovens, praticamente em lua de mel, e não conseguiam esconder que se amavam muito. Não faziam nada de escandaloso, mas sempre que podiam se abraçavam e se beijavam. Acredita que tinha gente que olhava feio pra eles? Ué, isso cheira à inveja pra mim. Eu olho feio é pra pessoas que advertem que tal comportamento é um mau exemplo pros adolescentes. Deixa ver se entendi: um casal apaixonado é um mau exemplo?
Infelizmente, vivemos numa época em que o amor livre escandaliza muito mais que as guerras.
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