RETROSPECTIVA 2014 E TUDO QUE QUERO EM 2015
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RETROSPECTIVA 2014 E TUDO QUE QUERO EM 2015


Gente querida, com toda a confusão das ameaças no final do ano, nem deu pra fazer a retrospectiva pessoal de 2014. Fazer retrospectiva do ano passado já no ano novo tem um ar de atraso, né? Mas é bom pra eu me lembrar. 
Não vou falar muito do bloguinho porque costumo escrever sobre isso no aniversário do Escreva Lola Escreva, no final de janeiro. No fim do mês ele completa sete anos de vida, e aí eu dou uma recapitulada de tudo que aconteceu.
Vi um monte de gente implorando pra 2014 acabar logo, sugerindo que foi um ano péssimo. Mas pra mim não foi não. Todos os anos são bons. A vida é bela. 
Por mais rotineira e exaustiva que minha vidinha possa me parecer às vezes, eu a amo. É tudo que tenho e, se dependesse de mim, gostaria de viver mais mil anos exatamente como estou agora. Só queria que o mundo mudasse, se tornasse mais tolerante, menos preconceituoso.
Minha saúde não está grande coisa. Explico: não é que eu sinta qualquer tipo de dor ou cansaço, é só que, fazendo todos aqueles exames de rotina, eu noto que a idade vai chegando. Até os 45, por aí, tudo estava bem. Agora, pela primeira vez, a glicemia está acima do normal (122, enquanto deveria estar abaixo de 99). Continuo com esteatose (gordura no fígado), diagnosticada há quase três anos. A partir de agosto, comecei a tomar suco de frutas e verduras todas as manhãs, e diminuí muito o chocolate (até cheguei a parar totalmente com o vício durante um mês). Estou me sentindo melhor por causa do suco. Mas não cheguei a fazer exercícios físicos, como deveria ter feito. 
Eu espero que, no meu próximo exame de sangue (o último foi em junho), meus indicadores já estejam melhores. Sei que muitxs de vocês disseram que eu devo procurar uma nutricionista, e até concordo. Mas minha última consulta com uma nutricionista, em 2013, foi traumática. A mulher nem olhou pra minha cara e já foi me passando uma dieta, sem nem se preocupar com o que eu como ou deixo de comer. Eu interrompi, disse pra ela que não iria comer aquilo (banana e peixe, por exemplo, são coisas que eu detesto), que aquilo nunca daria certo pra mim, e ela não quis nem saber.
Eu tenho plano de saúde da Unimed, e se tem duas especialidades médicas que os planos de saúde praticamente não cobrem são nutricionista e endócrino. Isso porque esses são os "médicos de dieta", tão procurados que não compensa pra eles atenderem via convênio. E eu acho um absurdo pagar uma nota em plano de saúde (R$ 800 entre o maridão e eu, sendo que a faculdade colabora com menos de 200) e ainda ter que desembolsar 200 ou 300 reais para uma consulta particular. 
Só pra ter uma ideia, pra conseguir marcar com uma nutricionista pelo plano de saúde em 2013, as pacientes tinham que passar por uma triagem. Precisavam ir à sede da Unimed, serem entrevistadas por uma enfermeira, para só daí marcar uma consulta semanas depois. A primeira consulta foi com uma nutricionista bacana, mas a segunda (e última) foi com a médica totalmente impessoal. 
Acho que minha alimentação está entrando nos trinques por causa do suco verde. Antes eu não tomava nada de café da manhã, e hoje minha primeira refeição é este suco feito com couve, limão, maçã, gengibre e mamão, e às vezes cenoura, maracujá, abacaxi, espinafre, hortelã, e acelga. Sem açúcar nem adoçantes, sem coar, com um litro e meio d'água. Eu e o maridão tomamos o suco (dá uma jarra cheia no liquidificador), ele mais do que eu. Muitas vezes eu substituo a refeição da noite por um copo de suco. 
E estou gostando tanto que até levamos o liquidificador e alguns ingredientes pras nossas férias em dezembro, para que o suco não parasse. Portanto, há mais de quatro meses que faço e tomo suco todo dia. Isso tem que estar me fazendo muito bem, ou senão não há justiça: eu substituo um monte de chocolate por frutas e verduras, e não há diferença? Acho que vai dar. Vamos ver o próximo exame.
Um problema talvez mais sério e que preciso resolver logo é que estou com ovários gigantes, principalmente o direito. Minha ginecologista (eu gosto dela, embora prefira a gastro, que nunca me dá bronca) é a favor de tirar tudo, útero e ovários. Eu concordo, porque nunca usei nem usarei esses órgãos mesmo, e não terei a menor crise de me "sentir menos mulher" por removê-los, já que nunca quis ser mãe (sei que muitas mulheres têm essa crise, e respeito). 
Porém, numa pesquisada rápida na internet, constatei que tirar esses órgãos (principalmente sem haver um motivo certeiro pra isso) pode encurtar a expectativa de vida de uma mulher em vários anos. Claro, ainda precisarei pesquisar mais e conversar com ginecologistas e cirurgiões pra decidir o que fazer. Alguma de vocês já passou por isso? Meus ovários aumentaram muito de tamanho nos últimos tempos e, apesar dos exames, a gineco não sabe bem o que é, se são cistos ou o quê. E eu nem saberia que meus ovários estão enormes se não fossem os testes, porque isso não interfere na minha vida. 
Mãe, gata Isabel, maridón
Ah, outra coisa: meus dentes não estão bem. Comecei um tratamento em novembro. 
Eu preciso "consertar" tudo isso. Já que não vou viver mil anos, queria ao menos chegar aos 80. E chegar tão bem quanto minha mãe está chegando (em maio ela se torna octogenária, com ótima saúde. Eu, pelo jeito, puxei meu pai. Na questão dos dentes, certamente puxei meu pai, grrrr!). 
Além da questão da saúde: em 2014 eu queria ter publicado outro livro, mas não deu tempo nem de escrevê-lo. Vamos ver se dá este ano. Não será fácil, já que, neste primeiro semestre, pegarei quatro disciplinas, fora a disciplina de Estudos de Gênero em Literatura e Cinema (aberta a todxs vocês aqui do Ceará: começa em março, terças, no horário do almoço, na UFC, grátis; quem quiser se inscrever, envie um email pra mim: [email protected]). 
Consegui publicar alguns artigos acadêmicos, mas tenho que publicar mais, publish or perish. A UFC (e não sei se outras universidades federais também) está dificultando cada vez mais a progressão funcional dos docentes. Eu sou professora-adjunta 3 e creio que, com meu currículo, não terei grandes dificuldades para chegar a adjunto 4, em março de 2016. O problema será a progressão de adjunto para associado, em 2018. Falta bastante até lá, lógico, mas preciso me programar desde já. Eu queria muito fazer um pós-doutorado em gênero, talvez no exterior, ano que vem ou em 2017. Mas depende de conseguir licença, e estou num departamento com outros 45 professorxs que também têm seus projetos. 
Eu sabia que, em 2014, os convites para palestras iriam diminuir, por causa da Copa do Mundo e das eleições. E, de fato, diminuíram, mas nem tanto: em 2013 participei de 52 eventos, entre palestras, mesas-redondas, debates etc. Em 2014, foram 38 eventos, distribuídos entre onze cidades (Fortaleza, Florianópolis, Redenção, CE, Curitiba, Brasília, São Paulo, Londrina, Maringá, Araraquara, Bauru, Marabá, PA) e cinco estados. Também dei mais de 25 entrevistas para veículos de comunicação diversos. 
No ano que passou ganhei muito bem e guardei um montão, mas menos que em 2013. Os gastos foram maiores: fizemos uma reforma na casa (ainda precisamos fazer outra) e trocamos de carro. Na realidade, a troca foi no ano retrasado, mas como somos os piores vendedores do mundo, levamos meses pra vender nosso modelo 2007; assim, ficamos com dois carros durante os primeiros meses de 2014, e contabilizei a diferença do valor (oito mil reais; compramos um Uno 2012 com 7 mil km) este ano. 
Não posso reclamar nada da minha vida amorosa (eu e Silvinho caminhamos para um quarto de século juntos; bodas de sei-lá-o-quê em agosto) e nem financeira. Pra quem estava em dúvida (eu estava) se valia a pena se mudar de Joinville pra Fortaleza, agora em 2014 eu e maridão ganhamos o triplo que em 2009. 
Os primeiros planos são que a gente se aposente quando eu tiver 55 anos e ele, 65. Em 2022 ou 23, se der. Mas não sei, no fundo a gente gosta de trabalhar. 
Bom, vamos a mais um ano excelente! E vocês, pessoas queridas? Como foi seu 2014 e o que vocês exigem de 2015? Contem aí!




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