SOBRE AS PERSONAGENS FEMININAS QUE VOCÊS RECOMENDARAM
Geral

SOBRE AS PERSONAGENS FEMININAS QUE VOCÊS RECOMENDARAM


A personagem feminina marcante mais recente?

Gente boa, fico muito feliz que o post sobre personagens femininas marcantes no cinema tenha dado o que falar. Não deu pra responder cada um dos comentários individualmente, então aproveito agora pra tratar dos temas mais recorrentes e pra agradecer pelas sugestões.
Pra quem falou da Beatrix Kiddo de Kill Bill, eu concordo em parte. Ela é memorável, sem dúvida, mas acho seu personagem um pouco raso. A gente sabe pouco de suas origens, e a única coisa que a move é a vingança. Se bobear, a personagem da Daryl Hannah em Kill Bill não seria mais marcante, por ser uma psicopata pura? E a mafiosa interpretada pela Lucy Liu? Pelo menos vemos o seu passado em desenho animado. Não sei, apesar de eu ser fã no. 1 do Taranta, e do cara ser um dos diretores que mais criam personagens femininas fortes, tenho dúvidas até que ponto essas personagens são completas. Vejam o caso da Mia Wallace, mulher do chefão em Pulp Fiction, também interpretada pela Uma Thurman. Ela é uma personagem marcante, certo? Muitas coisas no encontro dela com o John Travolta são inesquecíveis. E no entanto sabemos pouquíssimo sobre ela. A Shosanna, a francesa que se vinga dos nazistas em Bastardos Inglórios, também é unicamente movida à vingança, mas creio que ela tenha mais nuances que Beatrix. A personagem do Taranta mais redonda (round), no sentido de completa, deve ser mesmo a Jackie Brown.
E o mesmo sobre Almodóvar, sem sombra de dúvida um cineasta que ama as mulheres e que quase sempre lhe dá papéis de destaque (como o Taranta, em toda sua obra após Cães de Aluguel. Não é necessariamente por esse motivo que eu ame de paixão tanto o Almodóvar quanto o Taranta, mas ajuda). A Raimunda de Volver é absolutamente marcante. Mas o Almodóvar tem um lado feminista incrível, e insiste sempre na união de suas personagens. Pra mim é difícil destacar uma só personagem marcante em Mulheres à Beira de um Ataque de Nervos e Tudo sobre minha Mãe. São todas. E é a interação entre elas, suas amizades, suas cumplicidades, suas disputas, que tornam esses filmes tão fascinantes.
Sobre a Sarah Connor, concordo totalmente. Não só é uma personagem feminina marcante, como também feminista. E quem insinuou que eu não aprecio esse tipo de filme? Adoro o Exterminador do Futuro 1 e 2. O dois tá até na minha lista das menções honrosas da década de 90 (fica aqui desde já o convite pra que vocês me ajudem a bolar uma lista dos melhores e piores desta primeira década do século 21. Vou precisar muito de ajuda!).
Já a Ripley de Aliens... Bom, ela está mais decidida no filme de 86 que no primeiro (que eu não gosto, sempre durmo no comecinho com todas aquelas naves e não acordo mais). Pelo seu heroísmo, não tem como ela não ser considerada uma personagem feminina marcante. E ninguém se lembra de outro James Cameron, O Segredo do Abismo? A personagem da Mary Elizabeth Mastrantonio é a manda-chuva, briga com todo mundo mas é competente. Quando ela morre, o Ed Harris a ressuscita chamando-a de bitch e dando-lhe um tabefe. Ou eu que estou confundindo as coisas? O Cameron sempre tem personagens femininas cheias de personalidade. Titanic não foge à regra.
Já a Trinity de Matrix eu acho passiva demais. Ela vive pros seus mestres, ambos homens. Não parece ter um pensamento próprio, só obedece. Não sei... Convençam-me que estou errada, please. Quem eu adoro no primeiro Matrix é a vidente, o Oráculo, que diz pro Keanu que ele é bonitinho, porém não muito inteligente.
Ah, Erin Brokovich. Revi o filme outro dia e gostei mais agora. Ok, uma personagem marcante.
Idem pra Amelie Poulain (prometi pra Mei falar mais sobre Amelie depois que o filme passou no ônibus de Joinville pra Floripa. Melhor filme a passar num ônibus ever!).
Das personagens do Woody Allen, é bem provável que a mais marcante seja a que leve seu nome no título original: Annie Hall (de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa). Também adoro a Mia Farrow em A Rosa Púrpura do Cairo. Mas, em Hannah e suas Irmãs, como determinar a irmã mais marcante? As três são!
A Kaká lembrou a Glenn Close em Atração Fatal, a Sharon Stone em Instinto Selvagem, a Kathy Bates em Louca Obsessão, e a Louise Fletcher em Estranho no Ninho. Nem discuto, são personagens inolvidáveis. Mas são todas vilãs, né? Todas elas entram fácil na lista dos maiores vilões (homens e mulheres) de todos os tempos. E não será que, a julgar por personagens em novelas da Globo, é mais fácil criar vilãs que mocinhas interessantes?
Sim, Fabiana, quem vê a Blanche DuBois em Um Bonde Chamado Desejo não a esquece jamais. Isso vale também pra quem vê a Elizabeth Taylor em Quem Tem Medo de Viriginia Wolf. E várias de vocês falaram das personagens de Casa dos Espíritos. Eu só vi o filme uma vez, faz tempo, e infelizmente lembro pouco dele.
Ahá, e ninguém mencionou as duas mulheres de Os Imorais (1990)! Tanto a Anjelica Huston, que faz a mãe do John Cusack, como a Annette Benning, estão fantásticas! Aliás, aquele filme é bárbaro. Agora fiquei com vontade de revê-lo. Por que me lembrei de Imorais? Provavelmente porque o Gustavo mencionou a Morticia Adams da Anjelica Huston. Não dá pra imaginar outra atriz no papel. Mas, em A Família Adams, pra mim quem ofusca todo mundo é a Christina Ricci criança.
Bom, gente, melhor eu parar por aqui. Às vezes parece menos difícil pensar em personagens femininas marcantes por diretor. Sabe, qual a personagem inesquecível do Spielberg? E do Kubrick, tem alguma? Por aí vai.




- Triste Jasmine - Luis Fernando Verissimo
O GLOBO - 24/11 A consagração é da atriz Cate Blanchard, que nos dá, sem exagero, uma das grandes interpretações da história do cinema. Demolição é o que sofre a sua personagem O filme ?Blue Jasmine?, de Woody Allen, é ao mesmo tempo uma consagração...

- CrÍtica: Os Oito Odiados / Ninguém é Mais Alvo Do ódio Que Uma Mulher
Vi Os 8 Odiados (trailer legendado) esses dias e não gostei nadinha. Sou grande fã do Tarantino, o que não quer dizer que meu amor seja incondicional. Seu oitavo filme (talvez o título seja uma alusão a esse número) tem quase três horas....

- Como Decidir Se Um Filme É Ou NÃo Feminista?
No começo do ano falei do Bechdel Test, um teste que não é bem um teste criado por uma cartunista americana lésbica para determinar se um filme vale a pena ser visto por ela. Para que ela se disponha a sair de casa e ir ao cinema, um filme deve cumprir...

- CrÍtica: Kill Bill Vol 1 / Sem Modéstia: Mais Uma Obra-prima De Um Gênio
Chega hoje à Santa Catarina o super esperado “Kill Bill – Volume I”. Se não estrear na sua cidade, esperneie. Afinal, o troço foi lançado na Argentina e no Uruguai faz quase meio ano, acredite se quiser. E o que esses países têm que o nosso...

- CrÍtica: Kill Bill Vol 1 / Tarantino é O Máximo
Morram de inveja. Assisti ao quarto e sen-sa-cio-nal filme do Tarantino,”Kill Bill – Volume I”, que só estréia no Brasil 19 de março, em Montevidéu. A má notícia é que até os uruguaios, seguramente o povo mais simpático da América do Sul,...



Geral








.