Sobressaltos no 7 de Setembro - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE
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Sobressaltos no 7 de Setembro - EDITORIAL CORREIO BRAZILIENSE


CORREIO BRAZILIENSE - 
O país amanhece sob tensão. Em pleno Sete de Setembro, quando famílias inteiras costumam ir às ruas para as comemorações da festa cívica da Independência, os órgãos de segurança se preparam para enfrentar confusões e violências. E as preocupações procedem. Muito embora as reiteradas manifestações de repúdio da sociedade ao vandalismo praticado por uma minoria nos justos protestos que tomaram conta do Brasil em junho, cresceu nos últimos dias o risco de novo ataque de grupos extremistas, agora na nossa mais importante data nacional.
De tão real a ameaça, o Palácio do Planalto e o Ministério da Defesa mudaram o roteiro do desfile na capital da República - que terá a presença da presidente Dilma Rousseff-, inclusive reduzindo o tempo da apresentação em cerca de uma hora. Contudo, o sinal de alerta emitido pelo governo não intimidou o mais notório dos grupos baderneiros que têm diminuído o brilho das manifestações por legítimas reivindicações populares. A dois dias do evento, duas dezenas deles (12 dos quais com máscaras e uma menor com estilingue e bolas de gude) foram identificados na Esplanada dos Ministérios como integrantes dos Black Blocs.

Atos estão programados hoje para mais de 170 cidades. É louvável ver o povo clamar por serviços públicos de qualidade e ética na política. Mas saques, depredação de bens públicos e particulares, desacato à autoridade constituída e agressão física às forças de segurança são desrespeito à cidadania. Cabe às lideranças responsáveis pela convocação, ainda que difusas, zelar pela manutenção do movimento dentro dos limites do Estado Democrático de Direito. Boa medida é afastar os comandados de manifestantes mascarados, em regra, agentes da balbúrdia infiltrados nos protestos.

O público deve igualmente ficar atento aos vândalos. Por sua vez, as forças policiais precisam agir com o necessário rigor para garantir a ordem e a paz públicas, mas também com o máximo de cuidado para evitar excessos. Mesmo que não sejam considerados letais, sprays de gás de pimenta, pistolas de choque elétrico, cassetetes, balas de borracha e até cães e cavalos tampouco são inofensivos e podem, ainda que excepcionalmente, ocasionar graves lesões e até levar à morte. Já às Forças Armadas, que estarão se apresentando, recomenda-se não se envolver, uma vez que segurança pública não é problema da sua alçada.

A festa da Independência somente será completa se o cidadão tiver assegurado o pleno direito de expressar livremente sua indignação, sem constrangimento de nenhuma espécie. Só com o predomínio da natureza pacífica e ordeira das manifestações, a opinião pública contribuirá para fazer evoluir a consciência civilizada do país. De resto, é as autoridades darem as respostas certas aos anseios populares. Se estivessem ouvindo com a devida atenção as vozes das ruas, este Sete de Setembro certamente estaria transcorrendo sem sobressaltos.




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