Vigilância democrática - EDITORIAL FOLHA DE SP
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Vigilância democrática - EDITORIAL FOLHA DE SP


FOLHA DE SP  - 03/09

Ainda não se tem notícia de projetos significativos aprovados em decorrência dos protestos de junho. A classe política foi incapaz, até agora, de dar uma resposta à altura do que pediam as centenas de milhares de manifestantes que tomaram as ruas de todo o país.

Durou pouco, além disso, a promessa, feita pelos congressistas, de trabalhar num ritmo mais forte. Já na metade de agosto eles haviam retomado a rotina velhaca de deixar o plenário do Legislativo vazio e realizar votações em somente dois dias da semana.

Nem tudo, porém, permanece inalterado na rotina de Brasília. O tradicional desfile de Sete de Setembro não será mais o mesmo. Por causa dos repetidos atos de vandalismo nas manifestações, a presidente Dilma Rousseff autorizou reforço na segurança do evento.

Haverá um aumento no número de agentes responsáveis pela proteção das autoridades. Além disso, as arquibancadas mais próximas do palanque de Dilma serão reservadas para convidados.

A principal mudança, entretanto, diz respeito à abordagem dos presentes. Aos costumeiros detectores de metais será acrescido novo procedimento: pela primeira vez, bolsas e mochilas serão revistadas.

A estratégia faz sentido. Tem sido frequente, nos protestos, o uso de bombas caseiras e coquetéis molotov em ataques contra policiais, ou para atingir o patrimônio público e privado.

Talvez pelo ineditismo desse comportamento mais agressivo, as forças de segurança, oscilando entre a repressão truculenta e a passividade inútil, ainda não souberam agir de forma preventiva.

Trata-se, contudo, de um imperativo. Não só porque atos de violência devam ser coibidos mas também porque eles impedem que outros exerçam o direito inalienável de se manifestar de forma pacífica. Melhorias na segurança durante protestos representam ampliação das garantias democráticas.

É um aprendizado, e os governos, aos poucos, dão sinais de que começam a adquirir traquejo para lidar com as manifestações. A resposta oficial, no entanto, não pode se limitar à manutenção da lei e da ordem. A sociedade aguarda providências substanciais em atendimento às suas demandas.




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