UMBANDA AGRADANDO
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UMBANDA AGRADANDO


Comentário anônimo no guest post sobre umbanda, que agradou a muita gente:

Conheço a umbanda há algum tempo (a maior parte dos meus 30 anos), e eu e minha familia (parte dela) nos encontramos por lá.
Há figuras femininas e masculinas, mulheres são atuantes e não somente submissas e contempladoras.
Sempre digo que não é uma religião mas sim um relacionamento, não tem como não incorporar a filosofia da umbanda na sua vida, não se tem tempo contado para os rituais, há todo um processo de desenvolvimento mediúnico etc.
O preconceito é um capitulo à parte, religião de pobre e preto (ouvi isso mil vezes), e se você é mulher é porque tá querendo amarrar alguém (como se precisassem disso).
Mas o ponto mais interessante é que é uma religião nascida em solo Brasileiro fruto da cultura e crenças do Brasil. Com todas as nuances da nossa cultura presentes.
Haha sou filha de Oxossi mas adoro as pombas Gira!

Comentário da Gle:

Uau! DEMAIS! Só consigo dizer isso! Demais por ver você postando isso Lola (obrigada!) e pelo depoimento lindo dessa pessoa.
Eu nasci em berço católico; fui criada em berço católico; crismada no catolicismo, mas isso não era o suficiente pra mim. Pra mim, a vida sempre foi mais que aquilo, e aquele deus da igreja católica não era o que eu sentia. Aquele senta/levanta/coloca as mãos pro alto etc era simplesmente vago. Nada me levava além do sentimento de "ai que saco isso aqui!". Sempre respeitei e respeito até hoje! Sou a ÚNICA espírita da minha família inteira.
Há quatro anos conheci o espiritismo Kardecista. E durante todo esse período eu aprendi muita coisa, mas principalmente, aprendi a não ter REJEIÇÕES de religiões. Um dia, uma pessoa próxima me convidou a ir até um Centro/casa de Umbanda. Eu, sinceramente, não gostei da energia que senti lá, não sei explicar o porquê. Talvez essa casa/centro não soube me receber e/ou acolher. 
A doutrina que a Umbanda prega é linda! De verdade! Eu acho linda. 
Pena que até hoje ainda não conheci um bom lugar para aprender sobre ela. Se puderes me indicar algum aqui em SC, próximo à região de Blumenau, agradeço.
Sobre o preconceito, é muito claro mesmo! Quando me perguntam minha religião e eu respondo "Sou Espírita", é como se as pessoas me vissem como um monstro na frente delas, e, assim como a E., muitas vezes prefiro omitir essa informação.
E., parabéns por ter seguido, por ter encontrado seu caminho e tê-lo aceitado! Muitas vezes a gente "foge" do que nos é imposto por medo/receio e isso só atrapalha a nossa evolução. Muita PAZ e LUZ pra você!

Comentário da Leila:

Esse é justamente o preconceito contra o qual eu tenho que trabalhar, não contra a Umbanda, mas religiões de um modo geral. Eu também acho que deve trazer alento a muita gente, por outro lado não consigo deixar de pensar no estrago que religião (sempre de um modo geral, mas no meu caso específico, o catolicismo) fez e ainda faz na minha vida, e o atraso que isso já trouxe para a humanidade. 

Comentário da Normalidaderealidade:

Adorei o post, Lolinha! Eu também sou umbandista, e fico feliz pelo relato -- é muito importante pra gente ter visibilidade. O preconceito é horrível. Eu já fiz parte de marchas pela liberdade religiosa, e elas foram meio vazias, embora eu conhecesse terreiros cheios de gente. Obrigada de novo.
Depois de um período católico meio obsessivo, conheci e me apaixonei pela umbanda. Ela é bem menos dogmática, e eu podia transportar minhas filosofias mais heterodoxas para as crenças de lá -- Deus como a totalidade ao invés de um homem barbudo, por exemplo. Enfim, me identifiquei, e olha que eu odeio superstição -- eu sempre vi tudo de lá como simbologia. Eu nem mesmo sou médium, acho... Quero dizer, talvez, por enquanto, não sei.
Uma coisa que adorei lá é que nem tudo é "demanda", "trabalho", obsessor, possessão. Às vezes os nossos problemas eram nossos mesmo. Essa racionalidade foi ótima pra mim, que passei muito tempo ouvindo da minha mãe que meus problemas eram "falta de Jesus", e que ouvi de colegas religiosos que meus remédios psiquiátricos eram "jogar minha encarnação fora". Não tem milagre, só auto-conhecimento.
Eu também me senti muito empoderada pelos arquétipos. Conhecer as mulheres guerreiras, sábias, livres, me fizeram ver que eu preciso ter em mim um pouco de cada uma delas. E isso foi lindo pra mim. Até hoje eu ouço os pontos cantados dos arquétipos femininos nos meus piores dias. Recomendo isso fortemente, até pra quem não acredita em nada. (Meus favoritos são de Maria Padilha, haha)

Comentário da Graciema: 


Eu tenho tentando ser menos preconceituosa com religiões no geral, embora confesse que tenha mais preconceitos com catolicismo, evangélicas e espíritas. O básico do respeito mesmo. Como nenhuma religião de matriz africana até hoje tentou me impor nada ou me incomodou de alguma forma, são as que tenho maior simpatia (ou menos antipatia).
Agora, a menos que você seja vegano e defensor dos direitos dos animais, achar horrendo o sacrifício de um bode num ritual de candomblé e comer frango e porco de criação industrial, e morto da mesma forma é só... preconceito.

Comentário anônimo:


Lolinha, tem que completar que no Candomblé [não na Umbanda] tem sacrifício animal, mas é sem dor (se ele sentir dor o Orixá recusa), todo o corpo do bicho é aproveitado, e ele vira comida. É mais ético e tem um propósito mais nobre que comer carne por comer carne. É mais correto que comer aquela carne de bandejinha comprada no Carrefour.

Comentário da Raven:

Ahn pera. Podemos matar frangos pra comer mas os religiosos de matriz africana não podem matar frangos pra ahn... Comer?

Comentário anônimo: 


Nossa, muito legal ver um post que assim no blog.
Eu tenho 27 anos, sou umbandista com muito orgulho, minha segunda família é onde eu me sinto acolhida, é onde sempre encontro uma palavra amiga, onde é meu refúgio. Eu sempre quis uma família grande, mas sendo filha única nunca tive, mas lá eu encontrei. É no meu barracão que eu encontro paz e serenidade.
Também sofri desde criança com depressão, me sentia sozinha, era triste, mas com ajuda de pessoas que eu realmente sei que sentem um carinho enorme por mim eu consegui começar a superar.
Para a pessoa que perguntou sobre o sacrifício: na Umbanda não existe sacrifício, somente no Candomblé que é feito sacrifícios de animais. A Umbanda prega a paz, o amor e a caridade, nunca tu vai chegar numa casa de Umbanda e pagar algo, por exemplo.
Acredito que todas as religiões quando fazem bem e nos tornam alguém melhor são lindas, o errado é o radicalismo e o ódio pregado por algumas pessoas.
No meu barracão temos sessões de Umbanda e de Candomblé Angola, minha família de santo é linda, unida e maravilhosa e todos são recebidos com muito amor, indiferente de orientações sexuais, raça ou condição social.
Salve a Umbanda.
Salve as religiões de matrizes africanas.
Muito axé para todos nós.




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