3) VIAGEM AO SUL DO SUL: FONDUE E PATOS
Geral

3) VIAGEM AO SUL DO SUL: FONDUE E PATOS


Nessa terceira parte da saga da nossa viagem ao sul do Sul, fui praticamente chamada de gentinha, pata e baleia de uma só vez. Sacanagem! (leia a primeira e a segunda partes antes). E tente não salivar em cima do teclado porque pode dar um curto-circuito no computador.

COMO DIZER FONDUE EM FRANCÊS


Numa das paradas da nossa viagem ao sul do Sul, eu e o maridão conversávamos sobre a célebre revista francesa "Cahiers du Cinèma", quando ele não gostou da minha pronúncia. Apesar dos meus quatro anos de francês na escola no século passado, falo "carriê" porque senão nem dá pra saber a que me refiro, mas o maridão queria que eu dissesse "caiê". E ele pediu isso de forma romântica: "Quequié?! Você pulou aquela aula?!". E acrescentou: "Já não bastou a humilhação do garçom corrigir o seu francês?!".
Meu francês é pífio, confesso, mas preciso explicar que garçom nenhum me corrigiu. O que aconteceu é que, em Gramado, fomos saborear uma seqüência de fondue num restaurante chamado Swiss Cottage (Chalé Suíço). É maravilhoso. Primeiro vem um fondue de queijo com pão e batatinha cozida, depois um fondue com quatro tipos de carne – frango, filé mignon, porco e peixe (sendo que quando o peixe chegou eu comecei a gritar: "Não! Não! Peixe não! Tira daqui!") e, como sobremesa, fondue de chocolate. Você está salivando? Pois é, este foi um dos pontos gastronômicos altos da viagem. Claro que o fondue de chocolate podia ser melhorado. Eles trazem um monte de fruta, e todos sabem que chocolate é bom sozinho, então eu pedi uma colher. Mas isso não vem ao caso. Comemos até estourar e nos arrastamos até o hotel, enquanto o maridão resmungava: "Não devia ter comido tanto... Estou de dieta a partir de hoje. Nunca mais como nada". No dia seguinte, tenho até vergonha de contar, fomos a uma outra seqüência de fondue, esta num lugar mais em conta, mas igualmente ótimo, em Canela. Conversa vai, conversa vem, descobrimos que o dono do restaurante havia trabalhado como garçom no Swiss Cottage. Como "swiss" está em inglês, pronunciei "cottage" também em inglês, ou seja, "cótaje". E, na hora, o garçom revidou: "côtáj". Não importa que eu estava certa. Assim que saímos, o maridão comentou: "Aposto como o garçom tá pensando, ainda barro essa gentinha do meu restaurante...".

O PATO E O MESTRE

Eu adoro São Lourenço do Sul, na Lagoa dos Patos. Não sei se já falei das vantagens da água doce sobre o mar, mas, pelo menos na Lagoa, não tem água viva, não tem aquele bicho pontudo, como que se chama mesmo? Ouriço? Chorizo? Não, isso é lingüiça em espanhol. Voltando, não tem tubarão e não tem onda de afogar Lolinhas. Torres, por exemplo, tem ondas de afogar Lolinhas, aquelas ondas imensas que vêm e me levam pras profundezas do oceano ou afundam o meu nariz na areia. Sem falar que a Lagoa dos Patos não fica no Oceano Ártico, como Torres e outras praias gaúchas. É mais quente. E tem muito menos argentino. Eu prefiro. Claro que tenho de agüentar certas piadinhas do maridão, como esta.
Eu: "Eu queria dizer pra Lagoa dos Patos..."
Ele: "Que você se sente um pato na água? Que você se sente em casa?"
Eu: "Antes de ser bruscamente interrompida, eu estava dizendo que..."
Ele: "Quá! Quá! Tradução simultânea."
Eu: "...Que gosto muito daqui e..."
Ele: "Quá!"
E depois eu recebo cartas de leitoras afirmando que adoram o maridão e perguntando se ele não vai se sentir muito sozinho quando eu estiver fazendo o mestrado em Floripa e colocando-se à disposição, ó almas gentis. Mas não quero entrar nesse assunto. Então, lá estava eu em São Lourenço, tentando caber no maiô – que eu não uso biquíni faz tempo, em respeito aos banhistas –, quando iniciei um monólogo em homenagem a minha fabulosa auto-estima. "Vão me ver de maiô e dizer que é raro uma baleia encalhar em água doce. Ainda por cima, meu maio é azul. Já tô até vendo engraçadinho gritando, Olha lá a baleia azul! E eu sou muito franca também. Vão dizer que nunca tinham visto uma baleia franca nesta região. Ah! E a gente não vai pra Imbituba depois, porque lá vão dizer que não sabiam que as baleias apareciam nessa época do ano".
Mas o maridão jurou que ninguém ousaria dizer nada disso. Por quê? Por causa da camiseta que ele vestia. Era alguma coisa envolvendo capoeira e Mestre Bigodinho. Seja lá o que for isso.

Nota: Minha autoestima está bem mais elevada hoje, obrigada.





- EnrolaÇÃo E Doce De Caju
Sábias palavras: "Não há limites para o que vc pode fazer quando vc deveria estar fazendo outra coisa". Eu explicando pro maridão como funciona minha enrolação: “É horrível. Não tem dia em que eu acorde e diga 'Hoje não vou fazer nada'....

- Um Dia Inteiro Com Amigas Na Prainha
Ju, eu e Manu fazendo pose (não tenho certeza o que tentávamos fazer) Antes da gente se mudar de Joinville pra Fortaleza (vai fazer dois anos no final de janeiro!), o maridão e minha mãe pensavam que iríamos morar em frente à praia, dormir numa...

- 8) Viagem Ao Sul Do Sul: Um ParaÍso Chamado Ibiraquera
Vista aérea de Ibiraquera, SC. À esquerda da faixa de areia a lagoa, à direita o mar. Um espetáculo. Esta é a última parte da minha saga de viagem ao sul do Sul, que eu e o maridão fizemos em 2003. Leia as outras partes antes: 1, 2, 3, 4, 5, 6...

- 4) Viagem Ao Sul Do Sul: Maratonistas E Salva-vidas
Minha figueira e minha Lagoa dos Patos em São Lourenço do Sul. A saga das minhas férias de 2003 continua. Leia as outras partes desta aventura: 1, 2, e 3. NÓS, MARATONISTAS... Lá em São Lourenço do Sul, fomos ver uma figueira amiga minha. A...

- FÉrias Pelo Sul Do Sul
Esta é uma crônica antiga, de 2001, que fala por si só, mas como estamos em época de férias, decidi colocar aqui pra vocês lerem. É bonitinha, e tudo 100% verdade. Já repetimos essa viagem algumas vezes, por caminhos diferentes. Espero que vocês...



Geral








.