CRÍTICA: DISTRITO 9 / Mistureba sul-africana
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CRÍTICA: DISTRITO 9 / Mistureba sul-africana


Preconceito contra os ETs: o ferro velho que veio do espaço.

Não vou escrever uma crítica inteirinha sobre Distrito 9 porque tenho preguiça, e também porque, mesmo que tenham passado apenas cinco horas entre ver o filme e escrever essas maltraçadas, confesso que minha memória seletiva se encarregou de apagar quase tudo sobre a bomba. Ok, não é uma bomba, estou sendo injusta. Já vi produções muito piores. Mas quer saber se eu veria o troço de novo? Jamais! E eles deixaram um gancho pra uma sequência, cruz credo.
A produção é sul-africana; portanto, não conheço nenhum ator. Mas o filme é “apresentado” (ou seja, produzido) pelo Peter Jackson. Mais um motivo pra minha coleção pra eu não gostar do Peter. Quer dizer, embora eu tenha odiado Senhor dos Anéis com todas as minhas forças (só o primeiro, porque depois das ameaças de morte que recebi, me poupei de ver a trilogia inteira), eu acho Almas Gêmeas (Heavenly Creatures) criativo, e fui a única, fora a mãe do Peter, que não detestou King Kong. Mas dá licença. O mundo precisa mesmo de Distrito 9, uma mistura de A Mosca (dentes e unhas caindo de um cara; o pênis fica), Robocop e Predador, com uma pitadinha de Jardineiro Fiel?
A trama até que podia ser interessante. Um programa de TV nos conta que, vinte anos atrás, uma nave espacial pousou em Joanesburgo. Os alienígenas lá dentro não eram seres hiper evoluídos, que é o mínimo que se espera de um ET, e sim bichos nojentões (a cara do Predador) e, blargh, pobres. Sem saber o que fazer com eles, o governo isola os alienígenas num bairro chamado Distrito 9, que logo se transforma num favelão. Infelizmente, o filme não tem vontade de explorar outros aspectos da chegada dos ETs, como a comunicação entre eles e os humanos, o que eles vieram fazer aqui, afinal, ou o que eles comem (comida de gato. Com lata). Só mostra o preconceito contra eles. Em pouco tempo a população local já odeia os ETs, os apelida de “camarões”, e quer mandá-los pra mais longe ainda. É triste ver do que o ser humano é capaz, lógico, mas o filminho é bastante racista, porque todas as pessoas em posição de comando pertencem à minoria branca da África do Sul, e aos negros sobram papéis muito, muito ruins. Pra piorar, os nigerianos exploram os alienígenas, acreditam em feitiçarias, e, aparentemente, são canibais (não pergunte). Pra ver uma análise um tiquinho mais avançada sobre o racismo do filme, clique aqui (em inglês).
Tem muita violência e carnificina, e a ação corre solta, mas o filminho parece se arrastar por umas cinco horas, embora não dure nem a metade. Tudo que eu podia pensar é que ao lado tava passando Bastardos Inglórios, que merece uma terceira visita. Carnificina por carnificina, fique com a tarantina. Tá, essa foi fraca. Culpe o Peter Jackson.




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